sábado, 28 de julho de 2018

Um dia vou sentir saudades

E é assim que eu me sinto, um misto de culpa e virar de olhos. Minha vo mandando bom dia todas as manhas (do Brasil) no whatsapp. Bom dia com florzinhas, bebes sorridentes e Deus patati patata. Aff... não gosto de receber mensagens que são enviadas para mil pessoas, mas respondo. Ela se sente feliz, quase como se fosse uma tarefa cumprida, porque segundo ela o bom dia ultrapassa Porto Alegre e vai da Irlanda a Portugal. Tadinha. Enquanto no mundo real só o filho lhe fala e troca umas palavrinhas antes de sair para o trabalho. E no facebook são seis, sete bom dias, boa tarde e boa noite, bom final de semana, bom feriado, bom começo de mês. E eu vou respondendo aleatoriamente, sempre com aquele peso na consciência de que um dia não vou vê-los mais. E de vez em quando ligo, eu sei que devia ligar mais... Sou a neta que ela mais fala, mesmo sendo a que esta mais longe. 

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Pro bonno

Desisti do instagram. Dói saber que não sou diferente das tantas pessoas ávidas por likes. Não que eu faça qualquer coisa para ser notada, mas também ser completamente ignorada é que não. E não consigo entender como fotos de uma composição de uma revista + óculos de sol + xícara de café podem ter mais likes que a foto de uma pessoa sorrindo, no caso eu. Gente, um copo de suco verde (e quem tomou sabe que o que aquilo tem de saudável tem de gosto ruim ) tem mais corações do que uma praia lindíssima da Côté d'Azur! Alguém me explica como foto de gente feia ou melhor, foto em que a pessoa que já é feia e sai em um mau ângulo tenha mais de 80 curtidas? 
Afinal a recompensa é porque a pessoa é gente fina ou porque ela só recebe de volta os trezentos mil likes que distribui desenfreadamente entre os seus seguidores? Fica ai o questionamento...

Sobre identidade e nacionalidade

A noticia é velha, a França ganhou a copa. Não foi a África, ou foi? Estava falando anda hoje sobre isso com o marido e a resposta dele era que estava quente demais para filosofar. Vou te contar, esse corta tesão é o pior de todos (ainda bem que tenho o blog). Para mim existe duas coisas distintas: uma se refere ao que esta na lei e a outra tem a ver com identidade, muito mais subjetiva e complexa. Ora bem, meu filho é português, nasceu em Portugal quando tanto eu como o marido tínhamos adquirido nacionalidade portuguesa. Perante à lei ele é tão português como qualquer cidadão que nunca tenha posto os pés fora de Portugal. Mas ele não é português de "verdade" embora o politicamente correto queira afirmar. Ele não tem sotaque português, ele é filho de brasileiros criado na França. Um filho de imigrante africano, árabe que seja, não é francês de verdade no quesito identidade, não há aqui paninhos quentes e isso se deve por uma porção de fatores, seja porque não é branco; porque em suas relações mais próximas só se comunicam na língua materna; seja por toda a diversidade cultural em que foi inserido desde que nasceu, a qual tem importância maior do que a francesa. A isso, no caso especifico francês, se soma ao limbo com que foram criados no qual filhos de estrangeiros, ainda que legalizados, só podem reivindicar a nacionalidade aos 18 anos, depois de terem passado por um período mínimo de cinco anos frequentando o ensino francês (contagem a partir dos treze anos e não dos primeiros anos escolares). Isto resulta que nem o filho de imigrante se sente francês, nem os franceses o classificam como tal. Ah mas dizer isso é ser racista, não existe mais essa historia de "francês verdadeiro". Não é bem isso, uma família que esteja há umas cinco gerações vivendo aqui veio se "afrancesando" pelo caminho, seus costumes foram se misturando aos franceses, afinal é isto que torna esse pais multicultural. Imigrantes que ganham a nacionalidade ou filhos diretos de imigrantes não se veem como franceses legitimos e não da para jogar a culpa somente na xenofobia e esquecer toda sua herança genética fortemente ligada ao legado cultural,  e que estas baseiam o sentimento de pertencença a um determinado grupo social. 
O Problema das pessoas é considerar os jogadores franceses quando ganham a copa, porém aqueles que na comemoração do titulo destruíram Paris, são por sua vez, imigrantes. Assim, a legitimação é sempre ligada à fatores externos: o que nos traz orgulho faz parte de nos, para todo o resto, ignoramos. Como aquela historia de que falamos "brasileiro", no entanto se o Brasil faz qualquer coisa para promover a língua portuguesa, ai já falamos português. 
Quem venceu a copa? So sei que não foi a Alemanha!

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Poxa que bosta.


Vencedores vencem dores.
Derrame: se der, ame.
Respira, inspira, não pira.
Sorria. Só ria.
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