terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Contar para todo mundo


Foi na quinta feira passada que quebramos finalmente o silêncio! Além da minha mãe e padastro ninguém mais sabia da chegada deste ser pequenino e tão desejado. Achamos melhor assim, não porque poderia ter algum probleminha, como já disse antes, isto não afeta nossa decisão. Mas sim pelo fato do risco que ainda corro, embora hoje seja bem menor...
Foi muito estranho porque em nenhum momento consegui dizer as palavras mágicas: estou grávidaaa!! Optei por dizer fulana, vais ser bisavó, vai ser titia de novo...etc. É tão estranho e muitas vezes parece irreal como se estivesse vendo outra pessoa no meu lugar e estivesse com medo de sair daquele papel coadjuvante. De certa forma pouco a pouco a gravidez está se tornando mais palpável e com isso o medo aumenta. Tenho medo do bebê um dia morrer e eu nem sequer notar. Mas me convenço que as coisas podem acontecer em qualquer altura, seja nos nove meses seja no nascimento e seja depois. Se tiver que acontecer, acontece e não está nas minhas mãos. Isto assusta e tranquiliza ao mesmo tempo. No entanto viver essa fase com medo é coisa que não quero de jeito nenhum!
Procuro sempre afastar esses pensamentos e geralmente me agarro à imagem de um pequeno Budah rechonchudo a rir enquanto lhe agarro os pés e beijo. Também funciona pensar na minha família à espera no aeroporto, todos ansiosos para conhecer meu bebê. Tenho muita esperança que este dia possa finalmente acontecer.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Quinta feira

Quinta feira fomos ao médico para a eco das 12 semanas, embora ainda não tenha, o bebê é grandinho e a médica achou que fosse a hora. Pois é, mas ele não! Estava numa boa, dormindo e não deixou que medisse a nuca. O nariz está presente e todas as medidas estão normais. Ficamos de voltar na próxima quinta as 21 hrs!!! Deste jeito ele vai dormir de novo...enfim. Mas para mim não importa, é claro que eu quero que esteja tudo bem, quem não quer? Mas depois de querer tanto engravidar, não abdico do meu filho de jeito nenhum! Não compreendo quem se encontra na mesma situação e fala com a maior das naturalidades que tiraria...fico pasma. E depois a famosa desculpa: ele vai sofrer! Não quero que sofra! Quando o que se esconde não é nada mais que comodismo e vaidade e vergonha de ter um filho especial. E o que me surpreende mais são os médicos, que quase empurram a mulher ao aborto...
Sinto muito de quem pensa diferente, aliás, parece que neste país a diferente sou eu! Já não digo a minha opinião em público porque fui quase apedrejada. Enfim...não me venham chorar depois...sinceramente não tenho nem pena de quem passa por isso e ainda pensa assim. E discussões virtuais...to fora!!! Por isso falo aqui para os meus botões, no meu cantinho!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

As birras


Li esta semana uma reportagem sobre birras de criança e deparei-me com uma poesia: o menino que chovia. Achei interessante e quando for ao Brasil vou comprar este livro, quem sabe até lá não ache assim tão engraçadinho! :0)

O menino chovia.
E não era chuva, chuvisco, chuvinha.
Era chuva, trovão, trovoada.
Por qualquer coisa, coisinha,o menino relampejava.
A casa toda tremia, o chão até balançava, raios por toda a cozinha sempre que tinha salada.
A empregada saía correndo, e a mãe também, chamuscada.
E o menino chovendo, chovendo, pedindo macarronada.
O pai imitava macaco, a mãe dançava na pia, tudo isso por medo da chuva, e pra ver se o menino comia.
E todo dia era assim, uma chuva sem fim, chuvarada.
Por qualquer coisa, coisinha...o menino relampejava.


Retirado do site: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI119053-10448,00-DEIXA+DE+BIRRA.html

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Ninguém está satisfeito


Quanto mais tempo temos, menos fazemos, é verdade. Faz horas que ia escrever, mas uma vozinha dizia: agora não, daqui a pouco...deixa para depois...
Na consulta graças a Deus está tudo certo, o bebê está ótimo, o descolamento quase lá para eu deixar esse repouso (\o/), mas aguardo até a eco desta quinta feira para saber se recebo a alforria.
Tenho aqui um bebezão que segundo as medidas do aparelho data de doze semanas tendo apenas 10 e 3 dias na altura.
Esse dia foi complicado porque fomos atendidos quase duas horas depois pela médica, fiz um exame que não era para ter feito e perdi a colheita e o jejum...Perdemos nosso carro e tivemos de ser rebocados...E o mecânico diz que não tem salvação. Justo agora que o dinheiro está tão apertado, não sei ainda como vamos fazer, porém sem carro não dá para ficar. Acho tão engraçado as pessoas dando conselhos, mas não ficam nem um dia sem!!!
Este ano vai ser mesmo o de grandes mudanças, digo até de provação, de tempestade e ano que vem sim com tudo em dia, vamos poder finalmente sonhar em ter a nossa casinha.
Quando pensava em ficar grávida, imaginava uma série de coisas. Não tinha paciência com algumas pessoas que viviam reclamando do seu estado, mesmo que tivessem esperado muito por ter um filho. Achava-as ingratas, não suportava mesmo. Dizia que no lugar delas faria isso e aquilo, me sentiria feliz com todos os desconfortos, com o peso a mais... Mas não foi assim. É certo que o momento em que fiquei sabendo foi mágico, de uma felicidade extrema, mas assim como o sabor daquele doce se esvai com a saliva, a vitória foi perdendo o gosto, se tornou banal. E ás vezes não me sinto grávida, nem feliz, só me vejo gorda no espelho e rezo para que possa voltar a caminhar e não virar nenhum bolo de noiva ambulante. E descobri que não é só comigo. Todo mundo acha que só vai ser feliz se tiver determinada coisa, se casar, se tiver aquele emprego, se ganhar mais, se viajar para as Maldivas... Só que por mais que tenhamos chegado "lá" aquela insatisfação não passa. Falta sempre alguma coisa...mas o que?
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