quinta-feira, 6 de outubro de 2011

E estamos nos últimos preparativos para a ida do marido e para a chegada da minha mãe, neste final de semana. Estou cansada e já sinto muitaaaaasss saudades do maridão!!!! Desde que ficamos juntos a separação esteve sempre nas nossas vidas. Primeiro um namoro à distância por trÊs anos, nos quais nos vimos apenas 4 vezes por algumas semanas. Depois no casamento, nas 2 vezes que fui ao Brasil, ficamos quase três meses separados de cada vez. E agora isto...bem, são só três semanas, mas o coração anda apertadinho. :/ São três semanas que não vou sentir o seu calor, seu abraço, a sua voz pertinho de mim. E que também não tenho o meu porto seguro que me guia tantas vezes quando estou nas minhas tempestades sentimentais. Ó, como sou dramática! E ele é um ótimo companheiro de cena...vou sentir falta. Vou sim.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Hoje estou assim

E porque hoje estou meio mesquinha, é assim. Tive um comentário apagado em um blog que costumava ir, isto porque não sei, não escrevi nada demais, até foram palavras de apoio, mas enfim. Isto é para dizer que esta pessoa nem sequer me lê e nunca me comenta e a partir de hoje, cancelei do meu mundo virtual. Porque a amizade é uma via de duas mãos e estou aprendendo a ser mais assertiva, quem quer quer e quem não quer não vou ficar ali forçando nada. E como é bom assumir isto!!!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

E desde o dia 15 o Fabian tem ido à creche, no entanto, como era de se esperar, a fase de adaptação está sendo bem complicada. Chora quando o deixamos e também quando nos vê à porta. Acho que deveria ter alguma preocupação por parte da creche, em estabelecer uma vinculação saudável entre uma das funcionárias. Ele precisa sentir-se seguro e na minha opinião, é fundamental que alguma das três se disponibilize para ser a funcionária que irá acompanhá-lo mais de perto. Não é isto que vejo. Quando chego lá, está sempre uma diferente para pegá-lo, elas fazem horários alternados, como já notei que a que chega mais cedo, sai mais cedo também. E quando ele precisa chegar antes das 8 horas, é recebido por uma das funcionárias das outras salas, o que para ele é como ir no colo de um completo estranho.
Minha mãe tem me incomodado muito com esta histórias de adaptação. Na cabeça dela, eu não devia estar desfrutando de momentos à sós, a escola do Fabian é apenas para quando estou na aula. O problema é que eu moro longe, como já disse: são 3 horas para ir e voltar e se eu for buscá-lo também, são mais 3 horas. Ou seja, passo 6 horas do meu dia só em um função de transporte público e não faço mais nada! Fora que é muito cansativo para mim. Estou precisando mesmo deste tempo, precisando ficar sozinha, precisando de silêncio. Afinal, ela também foi trabalhar quando eu tinha 6 meses e teve o seu momento, as suas amizades e vida "retomada". Já eu fiquei 1 ano com ele e em função dele. Mas a minha mãe fala e fala, tem horas que eu queria colocar o telefone sei lá onde... Ela precisa respeitar as minhas decisões e não ficar me coagindo a fazer o que quer. É por isto que ando assim, meio ansiosa porque ela vem no próximo domingo e já sei o que vai ser. Bla bla bla por três semanas até o marido voltar de Paris. Já não tinha dito? O marido vai fazer uma formação na França e volta no fim do mês. Lá vai ele dormir noites inteirinhas e eu fico morrendo de inveja e pensando: quando vai ser a minha vez?

domingo, 25 de setembro de 2011

O mito do filho único


É em todo lugar, há sempre alguém que diz: meu filho não pode ser filho único senão vai crescer egoísta, mimado, infeliz. Não vai ter com quem partilhar as coisas boas e ruins, se sentirá sozinho e não irá aprender desde cedo os valores de amizade e cumplicidade fraterna que por este nome já diz, só os irmãos podem ter.
Sinceramente, só quem teve irmãos pode saber como foi e só quem não tem pode dizer como é. O que eu sei sobre o outro lado é tudo o que me disseram, assim como o que os que tem irmãos sabem sobre ser filho único é apenas o que ouviram de alguém. Eu poderia desta forma, dizer o que me falaram por todos estes anos. De como me invejavam por ter os brinquedos incólumes, ter o meu próprio quarto, meu espaço, minhas roupas só para mim. Poder ter silêncio quando preciso, poder acordar a hora que quiser no fim de semana. E para mim foi realmente muito bom. Nunca me senti sozinha, aliás, a solidão nunca foi uma inimiga. Talvez por isto, ela me tenha passado ao lado, pois estar sozinho faz parte da vida. E ter irmãos não lhes tira isto.
Acho que as pessoas são muito dicotômicas: ser filho único é ruim. Ter irmãos é bom. Já pensei o contrário e já tive minha parte de dicotomia. Mas agora vejo que a vida é relativa. Nada garante que tendo 5 irmãos, não estarás sozinho na morte dos teus pais. Isto porque até hoje nunca vi uma família que não ruísse face a uma divisão de herança. Ter irmãos também não vai te garantir uma amizade profunda. Podes não ter nada em comum com ele(s) e assim que cada um fizer a sua vida, quem sabe, só se encontrem em ocasiões especiais. Ter irmãos não vai te fazer uma pessoa melhor. Pode contribuir, mas de maneira nenhuma, por seres obrigado quando pequeno a dividir as coisas, quer dizer que quando conseguires pelos próprios meios o teu sustento, vais agir assim com outras pessoas.
Acredito que há na humanidade um certo quê de se precaver no futuro. Algo como se eu tiver muitos filhos ou pelo menos mais que um, não corro o risco de ficar tão só na velhice. Pelo menos um deles deve ficar por perto (e cuidar de mim). Ou talvez, pensem inconscientemente no medo que é perder o único filho e, se de modo nenhum um filho substitui outro, no entanto, a dor seria mais tênue. Compreendo também aqueles que querem ter mais filhos, 2, 3 e até 4. É natural. Na época em que não havia anticoncepcionais era mesmo isto. Uma mãe nunca ficava muito tempo sem um filho nos seios. Acho que deve ser o nosso instinto falando. Pode ser. E para estas pessoas não soa bem quando alguém só quer um filho.
É verdade que hoje temos a escolha nas nossas mãos, se queremos um, muitos, ou nenhum descendente. Também é verdade que nestas horas é a mulher quem mais "puxa" o marido para esta decisão. A ex-mulher do meu marido quis ter 5 (e teve). E ele tratou de fazer vasectomia (graças a Deus) e é pai apenas de 2 filhos dela. E também é verdade que esta mesma decisão envolve nossa percepção de como foi a infância com ou sem irmãos. E como ninguém quer o pior para o seu filho, creio que seja este fator que mais pesa, ao invés do financeiro.
Antigamente, tudo se criava. Meu marido tem 3 irmãos e se criou muito bem, com muitas dificuldades financeiras no início. Porém naquela época não existia cursinho de inglês, video-game, celulares, tênis nike e todas estas baboseiras inúteis ou não, que mais cedo ou mais tarde acabam fazendo parte do orçamento familiar. Hoje em dia, o "tudo se cria" não é mais realidade. Ainda mais se os pais querem dar um bom suporte educacional e cultural para esta criança e prepará-la para ser um adulto com as competências que o mercado de trabalho exige. Pois o que se cria, dificilmente terá as mesmas chances de fazer um curso de inglês no exterior, ter acesso a livros, professores particulares (se preciso), viagens, etc. E o mais provável é o que se cria ficar na casa dos pais até os 30, vivendo de um sub-emprego. De maneira nenhuma quero ser preconceituosa, porém quem lê e está informado da atual situação econômica, sabe do que falo. Hoje isto é cada vez mais comum, o que não quer dizer que não haja exceções.
Voltando ao assunto do filho único, respeito a forma das pessoas de imaginarem uma novela das 8 para os seus filhos, com direito a brigas e reconciliações, pois o que vale é o amor, não é mesmo? Que direito tenho eu de criticar? Ou de não deixar que sonhem com isto? Sonho é para isto mesmo, neste caso, fantasiar o melhor para ele (s). Agora, só não me venham dizer que a vida de filho único é um pesadelo, porque não é. É apenas uma história em que o escritor tem que ter um pouquinho mais de imaginação.


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