quarta-feira, 2 de maio de 2012

Primeira festinha

E ontem o Fabian teve seu primeiro compromisso social lol! Foi a uma festa de aniversário de um amiguinho, na mesma escola onde eles "estudam" :)
Porta-se muito bem quando os pais não estão, depois é só choramingos e empurrões nos outros meninos. E claro, fitas para não ir embora.


segunda-feira, 23 de abril de 2012

Acho interessante as pessoas que dizem que gostam de mudar, ou que nos desafiam a ser pessoas mais maleáveis. Mudar não é fácil. Seja de país, seja de estado de espírito. Seja de manequim, seja de idade. Seja para casar, seja para ser pai. Quem diz que mudança é fácil deve ser algum mentiroso compulsivo ou coisa assim. A verdade é que o ser humano é uma espécie de hábitos, que gosta de uma certa rotina, que se acostuma, é verdade, com quase tudo, mas que leva imenso tempo para tal. Antes de aceitar, fica geralmente a bater com a cabeça, a dar murro em ponta de faca e a desejar ardorosamente que as coisas voltem a ser como eram. Que a realidade se adapte a si. Sim, é claro que o passado é que era bom. Parecemos crianças birrentas a lutar contra a maré. E aí...cansamos...nos adaptamos. 
Demorei cinco anos para me adaptar em Portugal. Lembro-me das brigas que tinha o o marido porque queria voltar. Porque não suportava o sotaque português. Não queria ligar a tv, não queria sair à rua. Aquilo incomodava-me. Aqueles erres, aqueles eles, aqueles tês e o som anasalado da pronúncia me feriam, agrediam-me de um modo que não consigo explicar. Era como se me lembrassem o tempo inteiro que era uma intrusa, que não pertencia aqui.
Não fiz esforço algum para gostar de Portugal. E na minha cabeça nem havia espaço para isto. Simplesmente um dia acordei e dei por mim a achar normal ouvir este sotaque em toda a parte, já não prestava mais atenção em como chegava a mensagem, mas na mensagem em si. Deixou de ser importante os acentos, as diferenças de cultura, o meu sentido de preservação finalmente relaxou. Tinha conquistado meu espaço.
Tudo isto para dizer que, embora varie o tempo de adaptação, mudança é sempre trágica, no sentido em que é uma morte. Uma parte de nós morre naquele momento, mas não morre fácil, agoniza, clama atenção, ao mesmo tempo em que se inicia um parto difícil. Morre e nasce algo diferente e geralmente o processo é tão lento que não sabemos ao certo o momento em que deu-se a ruptura entre o velho e o novo. Daí não fazer qualquer sentido uma pessoa que queira mudar. Porque? Porque quando se quer mudar a qualquer custo, cria-se uma resistência, porque a vida tem o seu tempo para acontecer. Por isto a frase que li no Livro do Perdão, fazer muito sentido: mudança não é uma coisa que se faz, mas uma coisa que se permite. Ou seja, não é um processo ativo, mas pelo contrário. Então não me venham dizer que é fácil, viu mensagens de facebook?
Conversa de sexta à noite, antes de dormir.
Marido: Te amo muito, muito obrigado por fazer parte da minha vida. - Suspiro. Beijo.
Eu: Amor...
Marido: Hum?
Eu: To com medo.
Marido: Eu também...eu também.  - Abraços.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Estamos muito embaixo aqui em casa. O marido tem até o meio do mês para sair do trabalho e sequer deram um mês de aviso. Isto de ser recibos verde tem destas. Estamos à procura de emprego e a procura de bom humor, esperança, já agora.
É difícil sentirmo-nos inseguros. Talvez esta decisão nos leve para fora, quem sabe? Eu que não sou muito adepta das mudanças, eu que tenho os pés com raízes nas pontas...queria ser mais daquelas pessoas que veem tudo com um desafio. Daquelas que leem  "O Segredo" e fazem mural de visualizações. Ao invés disto fico ansiosa, com medo, muito medo do futuro.
Web Statistics