domingo, 10 de junho de 2012

Perguntam-me se já arrumei as malas, se já estou com tudo pronto, como se eu quisesse desesperadamente voltar para o Brasil. Não, estou mais para uma barata tonta que anda às voltas sem saber por onde começar... 
Dá-me pena olhar para os espaços vazios que tem ficado na casa, das coisas que foram e que tinham uma história e alguma pitada de esforço nosso para adquiri-las. Tenho raiva de pensar que está tudo acontecendo desse jeito, meio aos tropeções e que parece que não é a minha vida, parece que estou ali a observar o que vai na casa de outra pessoa... São só coisas, eu sei! O importante é o amor e bla bla bla. Não é a mudança em si que me deixa mais passada, é mudar sem dinheiro. É ter de depender dos outros para conseguir as coisas e isto é muito mal para o meu orgulhinho. Passo os dias irritada porque simplesmente não consigo ter controle sobre as coisas. Já perguntei tantas vezes para o marido onde vai ficar, se já falou com alguém. E ele responde que não e que tem tempo. E eu piro mais ainda porque não consigo lidar com esta insegurança, com esta pressão para as provas (sim estou em período de provas e não entra-me nada pela cabeça), da família... 
Já to cansada de gente mexeriqueira que não faz nada para ajudar e só quer saber da vida dos outros. To com muita vontade de mandar à merda que é o melhor que faço ou de vender informação do tipo: pagas-me a luz que te conto isto, vagas-me o gás que te conto aquilo. Por favor! Já não ouviram dizer aquele ditado que quem não ajuda não atrapalha??!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Carniceiros

Há coisa que eu detesto são urubus que ficam ali pairando e querendo tirar vantagem de tudo. Estamos vendendo as coisas e como sou uma pessoa de bom senso obviamente coloco um preço justo, muitas vezes até de um terço do que o bem custou quando novo. Agora tem gente que é sem noção mesmo!! Por exemplo, to vendendo uma esteira por 220 euros que custou-me 1000 euros. Tem uma figura que me aparece com uma proposta de 120 euros :O  Por este preço prefiro dar para alguém que eu conheço do que vender a preço de banana. Tenho dito.

domingo, 3 de junho de 2012

Cansada...triste...com raiva, muita raiva...com inveja de quem anda por aí incólume à crise com seus carros importados a planejar a viagem de férias...com vontade de chorar e acordar deste pesadelo. Não é nada fácil. Não é. Como dizia o bem educado do meu falecido vô: "não é no teu cu!" . Pois...to com raiva até de quem diz que vai melhorar, que é bom, que é isto e aquilo. Oh vô estás certíssimo. Quando não é no nosso cu é melhor nem falar nada. 
Deixo aqui uma música que é ótima para o momento e diz tudo que não consigo dizer...

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Masturbação infantil

Lembrei-me deste assunto ao ler o Livro da Criança, uma sessão que mostrava aparelhos do século 19 que impediam a masturbação de crianças. Eu imagino porque não vemos este tipo de assunto nos fóruns. Se as pessoas já se envergonham quando se fala em sexo entre adultos, imagina sexualidade infantil... Mas é um tema que me interessa, não fosse eu um dia tornar-me psicóloga, interessa-me também como mãe. O meu filhote ainda é muito pequeno e nem sabe (tanto) estas coisas. Mas isto é instintivo. Quando é que as pessoas vão se dar conta que é impossível separar o sexo da vida? 
Hoje tá na moda a preocupação dos pais em serem mais acessíveis a estes temas e muitos só acham bom preocupar-se quando tiverem filhos adolescentes. Eu sou da opinião que a sexualidade está presente desde que nascemos, está em estado latente. O Fabian por exemplo, já sabe que se mexer no "pirulito" dá prazer, e fica duro. Ainda esta semana estávamos vendo desenho e ele mexia, como se tivesse coceira. Aí eu fui ver porque pensei que a fralda estava machucando as bolinhas. Mas não, foi a primeira vez que insistiu em mexer ali. Não dei muita importância e depois ele distraiu-se com um carrinho.
Falar de sexo não é tão difícil, para mim o mais complicado é desmistificar na minha cabeça a ideia de vergonha que a sociedade/religião/família nos impõe. Eu quando criança lembro-me das sensações boas que isto causava, mas tinha vergonha, tinha medo. Porque falavam que aquilo não se fazia.
Ora não se faz sexo? Nem consigo próprio?! Quero ter a maturidade de não passar esta coisa horrenda que é o sexo para muita gente, que é natural, que o papai e mamãe fazem, que as pessoas normais fazem (tá bem, há quem não faça, mas enfim, não interessa agora). E que é natural ele aprender a explorar o seu corpo, embora seja uma coisa privada, porque ainda não é grande o suficiente para outros envolvimentos. 
As pessoas confundem-se ao explicar e dar a conhecer o sexo para uma criança porque acham que estará mais sujeita a ser alvo de abuso. Acho que o contrário é mais verdadeiro. Quando não se tem noção nenhuma, o primeiro que tentar pode dizer que aquilo está certo.
Ainda falta-me estrada pela frente, mas por enquanto vou lendo sobre o assunto. E seria muito bom que o sexo que já está presente na tv, na novela das nove, estivesse também nas conversas entre pais. 
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