Há coisa que eu detesto são urubus que ficam ali pairando e querendo tirar vantagem de tudo. Estamos vendendo as coisas e como sou uma pessoa de bom senso obviamente coloco um preço justo, muitas vezes até de um terço do que o bem custou quando novo. Agora tem gente que é sem noção mesmo!! Por exemplo, to vendendo uma esteira por 220 euros que custou-me 1000 euros. Tem uma figura que me aparece com uma proposta de 120 euros :O Por este preço prefiro dar para alguém que eu conheço do que vender a preço de banana. Tenho dito.
terça-feira, 5 de junho de 2012
domingo, 3 de junho de 2012
Cansada...triste...com raiva, muita raiva...com inveja de quem anda por aí incólume à crise com seus carros importados a planejar a viagem de férias...com vontade de chorar e acordar deste pesadelo. Não é nada fácil. Não é. Como dizia o bem educado do meu falecido vô: "não é no teu cu!" . Pois...to com raiva até de quem diz que vai melhorar, que é bom, que é isto e aquilo. Oh vô estás certíssimo. Quando não é no nosso cu é melhor nem falar nada.
Deixo aqui uma música que é ótima para o momento e diz tudo que não consigo dizer...
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Masturbação infantil
Lembrei-me deste assunto ao ler o Livro da Criança, uma sessão que mostrava aparelhos do século 19 que impediam a masturbação de crianças. Eu imagino porque não vemos este tipo de assunto nos fóruns. Se as pessoas já se envergonham quando se fala em sexo entre adultos, imagina sexualidade infantil... Mas é um tema que me interessa, não fosse eu um dia tornar-me psicóloga, interessa-me também como mãe. O meu filhote ainda é muito pequeno e nem sabe (tanto) estas coisas. Mas isto é instintivo. Quando é que as pessoas vão se dar conta que é impossível separar o sexo da vida?
Hoje tá na moda a preocupação dos pais em serem mais acessíveis a estes temas e muitos só acham bom preocupar-se quando tiverem filhos adolescentes. Eu sou da opinião que a sexualidade está presente desde que nascemos, está em estado latente. O Fabian por exemplo, já sabe que se mexer no "pirulito" dá prazer, e fica duro. Ainda esta semana estávamos vendo desenho e ele mexia, como se tivesse coceira. Aí eu fui ver porque pensei que a fralda estava machucando as bolinhas. Mas não, foi a primeira vez que insistiu em mexer ali. Não dei muita importância e depois ele distraiu-se com um carrinho.
Falar de sexo não é tão difícil, para mim o mais complicado é desmistificar na minha cabeça a ideia de vergonha que a sociedade/religião/família nos impõe. Eu quando criança lembro-me das sensações boas que isto causava, mas tinha vergonha, tinha medo. Porque falavam que aquilo não se fazia.
Ora não se faz sexo? Nem consigo próprio?! Quero ter a maturidade de não passar esta coisa horrenda que é o sexo para muita gente, que é natural, que o papai e mamãe fazem, que as pessoas normais fazem (tá bem, há quem não faça, mas enfim, não interessa agora). E que é natural ele aprender a explorar o seu corpo, embora seja uma coisa privada, porque ainda não é grande o suficiente para outros envolvimentos.
As pessoas confundem-se ao explicar e dar a conhecer o sexo para uma criança porque acham que estará mais sujeita a ser alvo de abuso. Acho que o contrário é mais verdadeiro. Quando não se tem noção nenhuma, o primeiro que tentar pode dizer que aquilo está certo.
Ainda falta-me estrada pela frente, mas por enquanto vou lendo sobre o assunto. E seria muito bom que o sexo que já está presente na tv, na novela das nove, estivesse também nas conversas entre pais.
E quem conta um conto aumenta mais que um ponto
E a estudar acabei por entender aquilo que sempre soube. A nossa memória é uma reconstrução da realidade, cada um guarda o que acha melhor (ou pior conforme), e assim molda-se com base nas nossas emoções e personalidade. Cada vez que reavivamos uma lembrança, ela retorna e "volta a ser guardada" de outra forma. Ou seja, nem mesmo a lembrança volta igual, estamos constantemente manipulando o nosso passado. Isto é fundamental para entender como as pessoas veem as coisas diferentes de nós e ninguém está em certa medida "errado", isto porque nós não temos acesso a realidade, mas a representação da mesma.
Agora fica fácil entender porque discordamos quando falamos em tal acontecimento. Por exemplo, a minha mãe tem um trauma de ficar em casa, já disse por aqui. Ela achava que a minha vó deixava tudo nas mãos dela: a casa, os três irmãos, a mais nova ainda bebê... A minha madrinha, que é tia da minha mãe, diz que a vó sempre teve empregada, e quando não tinha, pedia para ela vir passar uns tempos em Santa Maria. Ou seja, se a mãe ficava o tempo todo como cuidadora, isto aconteceu apenas na cabeça dela, que reforçou as poucas vezes que isto aconteceu como um fato recorrente. Isto é como tudo, as lembranças vem carregadas de emoções do passado e tendemos a revivê-las no presente. Quando adio as aulas de condução, imagino que vou passar por todo aquele stress de novo, a tensão de ter a direção nas mãos suadas, os espelhos que tenho que cuidar ao mesmo tempo que mudo a marcha, os pedestres (peões), os outros motoristas impacientes com a minha lerdeza. Tudo isto somado a uma voz que não se cala e me diz que não sou capaz. Mas isto aconteceu há quase dez anos, hoje sou outra pessoa. Mas para o inconsciente que é atemporal, isto não importa, importa é a lembrança que acionei, de pânico, de desespero. Quero fugir. Não. Quero mudar, quero ultrapassar este medo. Não sou capaz. Tudo de novo. Suspiro... Tempo, tenho que me dar um tempo.
O mais complicado é reprogramar o cérebro, condicionar este estímulo a uma outra resposta, uma que não seja de abrir a porta e sair correndo. Quem disse que crescer é fácil?
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