sexta-feira, 6 de julho de 2012

À deriva

Quando penso sobre minha vida, a sensação que me vem à cabeça é que estou no olho de um furacão e vejo todas as coisas girarem a minha volta, os resquícios de uma vida que não volta mais. São como ecos, vozes, pensamentos, pessoas a falarem nos meus ouvidos antes de adormecer. É uma luta, mas lá pelo cansaço durmo. Não choro, mas meu coração está apertado, ainda sinto raiva desta vida que me tira as coisas e não me dá nada em troca. Quando tenho uma notícia boa, logo vem duas ruins ou mesmo a boa se desfaz, assim como os castelos que tinha construído para ela. Tenho aprendido muito nestes últimos meses, tenho aprendido que continuo a não gostar de mudança, de surpresas, que sou muito apegada as coisas materiais, que me custa viver à deriva. E por enquanto não tenho solução para os meus problemas. A ordem do dia é esperar e esperar. E quando se tem um filho custa muito. Vejo as pessoas minimizarem e até pode parecer que estou me afogando em um copo d'água. Por isto não falo, não vale a pena... Mas nunca compreendi tão bem aquele ditado indígena sobre calçar as minhas sandálias. Quer dar conselho? Quer criticar? Ótimo, mas calça antes as minhas sandálias e depois vem dizer o que devo fazer. 

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Hoje o meu maior sonho é ter a minha casa. E tem se tornado urgente porque a cada minuto lembro-me da importância que é ter o nosso canto, onde só a gente manda e quem quiser estar lá que obedeça. Pois eu acho engraçado dizerem que dinheiro não traz felicidade, ora se ele não traz me diz como pago a conta da luz com abraços, como eu encho a barriga com amor. Please, é muito bonito ser romântico quando se está sentada no sofá de couro e se tem dinheirinho na conta. Quero ver andar sem um centavo no bolso e sorrir à toa. 
Pois e a história da casa fica a dever. Cada vez que penso nisto tenho a sincera vontade de esgoelar meu marido, creio que em pensamento ele já deve ter morrido um tantão de vezes assim, num piscar de olhos. Não é que o anta me deixa passar não uma nem duas, mas um punhado de oportunidades de adquirir um imóvel em Portugal, que naquela época financiavam a 100%? Pois é...isto nunca me entrou na cabeça como é que alguém atira dinheiro para o lixo, sim por que pagar aluguel é como se fosse mesmo... e depois ele tinha aquela casa com a ex que ele deixou a parte dele para os filhos e eu que estive do lado dele todos estes momentos difíceis to aqui. Não, marido só te perdoo o dia que tiver aqui na minha mão as chaves de um belo apartamento. Até lá, vê se tenta pagar as contas aí com muitos beijinhos e cafunés, quem sabe cola né?
Bom bom mesmo é ver a cara do Cristiano Ronaldo depois do jogo. Não sou baba ovo de pessoas que se intitulam as melhores (por mais que sejam bons profissionais), penso que é sempre bom um pouco de humildade e bom senso. Não gosto do Mourinho, do Romário, do Zagallo e por aí vai. Uma coisa é eu olhar para o espelho e dar aquele papo de auto-estima, outra é sair por aí falando que sou gostosa e tals. Os outros não tem que aturar isto, por favor! Esta história de melhor jogador do mundo, melhor mãe, melhor isto, melhor aquilo, cheira-me a auto-publicidade desesperada e por consequência, a que nem mesmo o próprio acredita...

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Se tem uma coisa boa em voltar para o Brasil, é voltar a ter a pele de bumbum de bebê e os cabelos macios, soltinhos...nossa já nem lembrava como era bom! Xô água ruim de Portugal, cheia de calcário, que deixava minha pele parecendo uma vovó!
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