terça-feira, 7 de agosto de 2012

Não tenho paciência para ver olimpíadas. Primeiro porque tem tanta coisa monótona que é considerado esporte, tais como aqueles gordos atirando uma rodinha, ou os saltos que duram 1 segundo, ou aqueles caras que ficam nas argolas para lá e para cá. Ainda não entendi se a pontuação vai de 0 a 20 ou a 16 porque parece ótimo uma nota 15,900... Faz me lembrar os professores da UL ao dar uma nota de 14,79 em uma apresentação oral. Será que não falei bem uma sílaba?!
 Depois porque aquilo parece divertido só para a pessoa que pratica ou para as mães dos atletas em uma versão tenho-o-melhor-filho-do-mundo aprimorada. Fala sério para quê duas semanas dessa porcaria? dois dias já tá de bom tamanho, enfim...
Agora andamos com as falas do Ratatouille na ponta da língua. Começou cedo...o Fabian só que saber de "Ratatá", vai até o computador e nos puxa até ligarmos e passar o filme. Além do ratinho, gosta do Bob e do Monstros S.A.. aos poucos vamos tentar variar o repertório porque senão ninguém merece! :/

Parece que em breve teremos novidades. Será?

domingo, 5 de agosto de 2012

Vida leva eu

Certa vez quando ainda cursava História, li que os gregos costumavam dizer: "quer uma maneira de fazer os deuses felizes? Faça planos." É verdade. Sou uma pessoa de planos...que gosta de controlar o destino e nesta fase, a vida tem me mostrado muitas coisas. Não adianta conselho de ninguém, tem ensinamentos que só dependem da nossa experiência e de uns quantos galos na cabeça de tanto bater na parede.
 Lembro-me do quanto sofri ou me alegrei antecipadamente tomando em conta a vida que eu levava como se ela não sofresse nenhum acidente de percurso e tudo aquilo que imaginei não desse uma guinada de 180°. Sofri porque não sabia quanto tempo ia conseguir ter um filho...imaginei uma casa vazia e eu velha sentada no sofá com um marido mais velho ainda que eu. Sofri por ter de fazer 5 anos em uma faculdade onde cada cadeira tinha trabalhos em grupo. Sofri por não ter a minha casa. Sofri por ser gorda e não ter força de vontade para emagrecer. Sofri por imaginar que passaria o resto da vida em Portugal e sofri porque achava que iria odiar para sempre aquele país. Sofri porque não me sentia capaz de dirigir. Sofri e sofri. Chorei. Ainda lido mal com mudanças, apesar de reconhecer que tudo na vida resume-se a isto. A esta altura estaria licenciada em Psicologia se não fosse a gravidez. E mesmo com ela, com 31 anos estaria então com mestrado concluído. E hoje estou aqui sem saber ao certo quando e se um dia vou conseguir retomar este curso. Lembro que a cada proposta que fizeram ao Fernando, íamos vendo a cidade, o custo de vida e imaginando como seria morar lá, até que as propostas não avançavam e ficávamos mais uma vez a ver navios. 
Hoje a minha resolução de meio de ano é não fazer planos. Os budistas dizem que todo sofrimento vem do desejo. Não é questão de baixar os braços, mas é de não criar imensas expectativas pelo caminho, fazer novelas e sonhos em cima de um vislumbre de oportunidade. Deus sabe que a coisa que mais prezo nesta vida é segurança. Mas nunca se está seguro se vive-se com medo de que as coisas fujam do nosso controle.      Acho muito interessante o modo popular do brasileiro que diz "deixa a vida me levar" e é feliz apesar de tudo. Tenho muito que aprender com o meu país. Deixar meu fado de lado e cantar um samba.
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