segunda-feira, 20 de agosto de 2012
sábado, 18 de agosto de 2012
Dois anos
Pareceu-me bem dedicar um post só para ti. Não sei como começar porque a mãe tá tentando estar feliz, mas não consegue. Não consigo por nada. Parece que tenho um amargo na garganta, um nó que não desce por mais que eu tente. Quando ficava a te imaginar e quando tu não vinhas, pensei que quando fosse mãe por pior que fosse a situação, eu segurava as pontas, ficaria feliz por ti, porque tu eras o meu sonho realizado. Mas não, hoje vi que desejei em vão, sofro e talvez mais porque me sinto incapacitada de te dar o mínimo para tua sobrevivência, sinto-me culpada e sem amor. Muitas vezes pensei que não fizera a decisão certa, muitas vezes pensei em voltar atrás. Muitas vezes pensei em ti como u mestorvo e hoje me sinto triste por isto. Gosto de ti, muito! Queria gostar mais, queria ser mais altruísta e te proporcionar o colo de mãe que tu tanto mereces.
Feliz aniversário meu amor, parabéns pelos teus dois aninhos. Prometo que a cada dia vou esforçar-me para ser uma pessoa melhor e prometo não desistir...por ti...Fabian.
Beijinhos
mãe
Fechado para balanço
Mais uma porta se fechou. A vaga que estava praticamente certa para o Fernando entrar, cuja seleção já havia encaixado no perfil dele, deixou de existir. Simplesmente após todo este tempo de espera, da liberação de verba da matriz, decidiram que vão continuar com os recursos que tem e nós...bem nós ficamos com um punhado de nada na mão. Estou muito triste. Ninguém lhe tira da cabeça voltar para a França e por um lado fico a pensar se ele não tem mesmo razão porque a situação aqui está muito complicada. Veem-me à cabeça tantas coisas, lembranças de minha vida passada em Portugal, e só me pergunto porquê? Porque tudo tá acontecendo deste jeito...eu sou uma pessoa que acho que devemos fazer a nossa parte, recomeçar, dar a volta por cima, mas sem ferramentas é como tentar esculpir mármore com as mãos. De que jeito meu Deus? Porque eu??
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Umas verdades
Cada vez que eu vejo alguém reclamar da sua vida, tenho vontade de dar um soco. Pronto, falei. E comigo não tem esta de dizer que não desejo isto nem ao pior inimigo porque eu desejo, mas é em dobro. Eu já perdi as contas de quanto falei sobre esta situação, mas é que tem dias que é barra de aguentar. Vamos combinar que o que faz girar o mundo é dinheiro, não tem casinha e uma cabana, o que põe comida na mesa é o dinheiro. O que paga um belo banho é o dinheiro, o que paga esta roupa bonita é o dinheiro e o que cala a boca de um filho muitas vezes é o produto do dinheiro. E só nos damos conta disto mais seriamente quando ele falta, mas não é assim faltar um pouquinho como vejo gente reclamando que ganha pouco ou que não ganha subsídio disto e daquilo, a merda é quando ele não vem sequer. Meu marido tá a mais de três meses desempregado e isto dói no bolso e na auto estima. Sem dinheiro é como se fossemos seres à parte da vida, como mendigos só que na casa de familiares. É como voltar a adolescência, ou antes, à infância. Não somos mais donos do nosso nariz e é impossível negar que seja diferente porque quem tem o dinheiro de uma forma ou de outra, tem o poder.
Hoje rolou um estresse aqui, aliás só não rola todo o dia porque temos que respirar fundo e fazer cara de paisagem. Se o trabalho do Fernando não engrenar até o fim do mês possivelmente ele vai para a França... e aí pronto vida, seja o que tu quiser porque por mais que eu peça tu é quem tem a faca e o queijo na mão. E eu tenho medo de enlouquecer aqui sozinha, tenho medo de ficar sei lá quanto tempo longe deste homem que é o meu pilar, tenho medo de que depois seja tarde demais para tentar um emprego aqui pela idade avançada dele... mas o que eu posso fazer é tentar acalmá-lo quando tenho eu vontade de chorar como uma madalena arrependida.
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