Demos um tempo da minha mãe e viemos para a casa da minha sogra numa cidade próxima. A casa é boa, grande, e a sogra é surda, portanto ao menos temos um pouco de privacidade e dormimos em uma cama de casal. Mas a casa estava tão, mas tão suja e cheia de aranhas que a mamãe aqui anda para lá e para cá com uma vassoura na mão, escovinha e pano de limpeza. Acho que domingo juntamos as tralhas e voltamos para Porto Alegre. Ao menos ainda aproveitamos este verão fora de época, o Fabian gosta muito de brincar no pátio da vó e de caminhar aqui em volta deste lugar que mais parece uma cidadezinha de interior. Se o Fernando conseguisse um emprego por aqui que nos permitisse viver com conforto, eu seria capaz de me acostumar com esta vida calma.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
sábado, 18 de agosto de 2012
Dois anos
Pareceu-me bem dedicar um post só para ti. Não sei como começar porque a mãe tá tentando estar feliz, mas não consegue. Não consigo por nada. Parece que tenho um amargo na garganta, um nó que não desce por mais que eu tente. Quando ficava a te imaginar e quando tu não vinhas, pensei que quando fosse mãe por pior que fosse a situação, eu segurava as pontas, ficaria feliz por ti, porque tu eras o meu sonho realizado. Mas não, hoje vi que desejei em vão, sofro e talvez mais porque me sinto incapacitada de te dar o mínimo para tua sobrevivência, sinto-me culpada e sem amor. Muitas vezes pensei que não fizera a decisão certa, muitas vezes pensei em voltar atrás. Muitas vezes pensei em ti como u mestorvo e hoje me sinto triste por isto. Gosto de ti, muito! Queria gostar mais, queria ser mais altruísta e te proporcionar o colo de mãe que tu tanto mereces.
Feliz aniversário meu amor, parabéns pelos teus dois aninhos. Prometo que a cada dia vou esforçar-me para ser uma pessoa melhor e prometo não desistir...por ti...Fabian.
Beijinhos
mãe
Fechado para balanço
Mais uma porta se fechou. A vaga que estava praticamente certa para o Fernando entrar, cuja seleção já havia encaixado no perfil dele, deixou de existir. Simplesmente após todo este tempo de espera, da liberação de verba da matriz, decidiram que vão continuar com os recursos que tem e nós...bem nós ficamos com um punhado de nada na mão. Estou muito triste. Ninguém lhe tira da cabeça voltar para a França e por um lado fico a pensar se ele não tem mesmo razão porque a situação aqui está muito complicada. Veem-me à cabeça tantas coisas, lembranças de minha vida passada em Portugal, e só me pergunto porquê? Porque tudo tá acontecendo deste jeito...eu sou uma pessoa que acho que devemos fazer a nossa parte, recomeçar, dar a volta por cima, mas sem ferramentas é como tentar esculpir mármore com as mãos. De que jeito meu Deus? Porque eu??
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