domingo, 2 de setembro de 2012

Os sustos

O Fabian anda assustado. Eu acho que ele vê coisas porque semana passada foi duas vezes ao quarto que estamos ocupando e voltou correndo e chorando. Tentei acalmá-lo e perguntei porque tinha medo, que não há nada de mal no quarto que estava em penumbra. Ele limpou o ranho e disse: mamãe, mamãe, medo...titio... Ele chama todo mundo de titio e titia como é costume aqui no Brasil ao invés de senhor e senhora, as crianças quando pequenas são ensinadas a tratar os outros assim. Provavelmente viu alguém no nosso quarto. Como já tinha dito anteriormente, eu não costumo falar dessas coisas a não ser com o meu marido porque geralmente as pessoas são céticas e me deixam irritada com aqueles comentários: mas tu tem certeza que viu mesmo? Não foi um sonho, uma sombra, um gato de botas a equilibrar-se num guardachuva?? Dã! Se eu disse que vi, foi porque vi. Não bebo nem nada. E acho que se alguém visse o que vi não teria outra escolha senão acreditar, mas pronto. As pessoas são assim... inconstantes...porque não acreditam em espíritos, mas acreditam em azar ou sorte por exemplo. E pior: acreditam em acaso. Só digo isto: quando morrerem não venham me incomodar e dizer que afinal de contas estava certa...eheheheh!
                Segunda temos novidades e coincidentemente esta noite sonhei que me mudava

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

E se fosse há 30 anos atrás?

Hoje o marido foi a uma entrevista em São Paulo que fica a kms daqui. Espero que traga boas notícias, quer dizer, não sabemos na hora, mas talvez daqui uns dias se foi ou não aprovado para a vaga. Quero ter esperança, mas ao mesmo tempo procuro me conter. Meu problema sempre foi achar o equilíbrio entre estar motivada demais e desistir de tudo. Como já disse tantas vezes, eu amo tanto meu marido, as nossas brincadeiras e até as nossas brigas que são muitas vezes extensão das mesmas brincadeiras... Queria tanto que não houvesse este prazo limite entre nós, esta diferença de idade e devaneio que talvez as coisas pudessem ser diferentes e houvesse tempo para um final feliz. 
Adivinhem quem era?

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Deixar ir...

É como estou hoje, já sinto-me cansada de segurar as pontas, meus dedos estão cansados, minha mente está cansada, meu coração está cansado. Voltamos ontem da temporada na sogra e o Fernando continua irritadíssimo de estar aqui na minha mãe. Já lhe sugeri (como quem diz faz isto senão manto-te eu mesma) que fizesse o que tem que fazer hoje e voltasse para a casa da mãe dele antes que exploda de vez. Não aguento mais suspiros e reviradas de olhos, e gritos e palavrões abafados. Ele já disse que volta na quarta e já tem a vida decidida. Bem eu já sei o que é...vai pedir para a mãe tirar um empréstimo e se vai para a França. Pois que vá. Eu cansei. Vá e me mande um dinheiro para guardar. E tenho pensado que ultimamente mudei de ideia. Se antes era impensável ficar sem ele, hoje pondero que o melhor será ficar. Porque não quero mais esta segurança temporária, caramba já tenho quase 30 e ainda dá para recomeçar, mas e daqui a 10 ou 15 anos? Por quanto tempo ele conseguirá emprego como temporário ganhando o suficiente? Eu acho sinceramente que é o fim da linha para nós. Isto porque a vida é 70% dinheiro e 30% amor. Sou grata por ter tido o meu quinhão e até muito mais que isto por estes 9 anos. Mas de que adianta o amor se vivemos a custas dos outros? Que amor não sufoca e murcha assim? Acho que amadureci muito nestes últimos meses do que nos últimos anos. E por incrível que pareça não foi a infertilidade que nos separou, mas o dinheiro. E sofri muito mais por isto do que por querer um filho. 
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