segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Rugas

Rugas são a estrada percorrida pelas emoções. 
São o riso, o choro. 
São a raiva, a surpresa. 
São fotografias amargamente impressas
 mais que tatuagem 
mais que um sinal de que já se viveu dias mais felizes, 
que  antecipam o outono da vida.
Quiçá no inverno
a volta dos rios desprendidos
façam renascer as lembranças
nos sulcos 
e nas rugas. 

domingo, 2 de setembro de 2012

Os sustos

O Fabian anda assustado. Eu acho que ele vê coisas porque semana passada foi duas vezes ao quarto que estamos ocupando e voltou correndo e chorando. Tentei acalmá-lo e perguntei porque tinha medo, que não há nada de mal no quarto que estava em penumbra. Ele limpou o ranho e disse: mamãe, mamãe, medo...titio... Ele chama todo mundo de titio e titia como é costume aqui no Brasil ao invés de senhor e senhora, as crianças quando pequenas são ensinadas a tratar os outros assim. Provavelmente viu alguém no nosso quarto. Como já tinha dito anteriormente, eu não costumo falar dessas coisas a não ser com o meu marido porque geralmente as pessoas são céticas e me deixam irritada com aqueles comentários: mas tu tem certeza que viu mesmo? Não foi um sonho, uma sombra, um gato de botas a equilibrar-se num guardachuva?? Dã! Se eu disse que vi, foi porque vi. Não bebo nem nada. E acho que se alguém visse o que vi não teria outra escolha senão acreditar, mas pronto. As pessoas são assim... inconstantes...porque não acreditam em espíritos, mas acreditam em azar ou sorte por exemplo. E pior: acreditam em acaso. Só digo isto: quando morrerem não venham me incomodar e dizer que afinal de contas estava certa...eheheheh!
                Segunda temos novidades e coincidentemente esta noite sonhei que me mudava

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

E se fosse há 30 anos atrás?

Hoje o marido foi a uma entrevista em São Paulo que fica a kms daqui. Espero que traga boas notícias, quer dizer, não sabemos na hora, mas talvez daqui uns dias se foi ou não aprovado para a vaga. Quero ter esperança, mas ao mesmo tempo procuro me conter. Meu problema sempre foi achar o equilíbrio entre estar motivada demais e desistir de tudo. Como já disse tantas vezes, eu amo tanto meu marido, as nossas brincadeiras e até as nossas brigas que são muitas vezes extensão das mesmas brincadeiras... Queria tanto que não houvesse este prazo limite entre nós, esta diferença de idade e devaneio que talvez as coisas pudessem ser diferentes e houvesse tempo para um final feliz. 
Adivinhem quem era?

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