sábado, 8 de setembro de 2012

Assim como são as pessoas, são as criaturas

Tenho pensado ultimamente que quanto mais o tempo passa, mais compreendo aqueles malucos americanos  que saem por aí aos tiros. Não, continuo achando uma péssima ideia passar o resto da vida atrás das grades, no entanto fico imaginando que se a vida destas pessoas está um inferno completo, tanto faz onde se vai passar o resto dela. Desde que passe.
Provavelmente já viram aquele filme "Um dia de fúria" com o Michael Douglas. É bem isto. O problema é que de fato a maioria destes indivíduos eram considerados "normais", mas um belo dia...pum pum pum. Cada cabeça, um alvo e pronto. O problema é que as pessoas não sabem que o copo está transbordando. Elas a cada sapo que tem de engolir, vão enchendo mais e mais e às vezes por um motivo bobo, uma frase no meio assim de uma conversa acaba por se tornar a última gota. 
Já falei para o marido que se ele for para Paris, talvez um dia abra o site de notícias aqui do rio Grande do Sul e dê com a manchete: mulher mata mãe, padastro, seis cachorros e duas gatas. Já começo a pensar que não vale a pena ficar aqui por mais cinco anos nas casa deles. Eu vou pirar antes disto com certeza. 
Hoje fui fazer um arroz à carreteiro que o Fernando gosta muito, me passei um pouco no extrato de tomate, mas nada que ficasse ruim. E chega meu padastro sem ao menos ter comido e fala: tá boa esta massa de tomate né? Porra. Foi a última gota. O copo transbordou e felizmente não tinha nenhuma arma por perto porque ia ser uma dia de fúria. Uma coisa boba destas que me chateou principalmente porque ele cozinha mal para caramba e eu era incapaz de dizer isto. Porque procuro fazer as coisas que quero que façam comigo e as pessoas não estão nem aí. Isto só me faz ter mais afeição pelos psicopatas. But, lá vamos nós...ainda temos mais uma semana de espera. Já to achando que até São Paulo é perto de mais. Com licença, vou ali aprender mandarim e já volto.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Das madrugadas

A minha mãe mora num condomínio de seis casas, uma colada na outra. Pois de uns tempos para cá uma mulher e duas adolescentes estão tornando nossas noites um inferno. Ou melhor, pelo menos as minhas porque a mãe e surda que e uma porta. Eu acho que as pessoas tem o direito de se divertir e fazer o que quiserem com as suas vidas, mas bom senso e bom e eu gosto. Muito. Resultado disto e que cada vez que dão uma festinha, meu padrasto chama a policia para acabar com a bagunça. E eles vêm sempre porque ele e coronel aposentado. Alias, expliquem-me uma coisa:porque gente jovem gosta tanto de gritar uhuuuuuu? E que e ridículo, irritante e a certo ponto eu começo a ter vergonha alheia. E porque sentem uma estranha atracão pela buzina a altas horas da madrugada?
Ontem estive a espiar de camisola no portão o bate boca. Se tem coisa que gosto, e ver o circo pegar fogo lol. Para o meu espanto, a tal mãe das meninas estava junto e compactuava com aquela falta de respeito. Imagina se eu faço isto com o Fabian, mas e nunca. Porque uma das coisas que já nasci sabendo e respeitar os outros e outra que aprendi nestes anos, e exigir respeito em troca. Afinal somos sozinhos neste mundo?!
Ps : teclado fora de formatação...

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Os gostos mudam...

Já gostei mais de cachorro. Alías, já gostei mais de bichos. Hoje não, não é que vá sair por aí maltratando, mas já não me dói quando vejo algum animal perambulando ou quando escuto os gemidos da cachorra velha aqui da mãe. Fiquei mais dura sim, sem paciência. Às vezes tenho até raiva de tanto bicho. Não sei como a mãe vive com estes cachorros todos e as duas gatas, é um cheiro terrível, mesmo que a empregada limpe, logo vai um ali e faz um chichi ou um coco... Bicho para mim agora é como filho: um só e já tá sobrando. Eca, vou eu querer uma casa cheirando a merda...

terça-feira, 4 de setembro de 2012

então é isto.

Sabem aquela sensação de quando se vê novela em que começa-se a estressar quando a mocinha só sofre, só sofre, quando acontecem mais e mais imprevistos e o final feliz não chega e apercebe-se que ainda tem mais um mês pela frente? É pior. Porque a vida imita a arte, mas infelizmente não no final feliz. 
Sexta ligaram para o marido para saber se ele ainda estava interessado no emprego e ele disse que sim, mas perguntou se dava para conseguir um aumento, visto que o salário seria o mesmo que ele ganhava em Portugal, só que em reais, sem fazer conversão. Eu já disse que aqui o custo de vida é muito alto e ficaria beem apertado para nós. A mulher com quem ele falou ficou de retornar segunda com uma resposta e na mesma sexta ele ligou para a empresa de São Paulo para saber se poderiam dar um retorno sobre a entrevista. Moral da história, estávamos confiantes, pelo menos um deles iria sair. Fizemos as contas, vimos preços de aluguel, de restaurantes, de escolas para saber o mínimo possível para se viver em São Paulo. Tinhamos preferência por este, pois seria direto com o banco, com possibilidades de crescimento ao invés daqui de Poa que seria um emprego terceirizado e com salário fixo. Agora ficou sabendo que lhe retiraram do processo de seleção sem ao menos lhe dar o retorno e disseram para a pessoa que fez esforço para contratá-lo que ele não estava interessado. Meu coração anda apertadinho, miudinho. Já disse que é a última esperança aqui no Brasil, se não der ele vai para a França. E já conversamos sobre isto. Nos abraçamos e choramos. Esta é a terceira vez que o vejo chorar nestes 9 anos. Não quer ficar longe de nós e principalmente do Fabian. Não quer repetir a sina de não ver os filhos crescerem. E eu não sei de mais nada. Quero o tiro de misericórdia porque to muito, mas muito cansada disto tudo. 
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