Aqui se colocasse o nome da tua filha de Vanessa não ia causar espanto algum, muito menos um cabeleireiro iria ver aí inspiração para música. São tantos Robertsons, Kimberleys, Willians e Michaels (às vezes escrito como se diz "Maincon") que uma Vanessa ia ser do mais comum que há lol.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Emigrar para o Brasil
Ora vejamos bem...se eu tivesse algum amigo que esteja pensando em emigrar para o Brasil que dicas daria? Primeiro lugar, deve-se se possível ter um pé de meia, passagem não é de graça, dinheiro para os primeiros meses, é fundamental. Apesar de se falar que o Brasil anda possante, muito crescimento, muitos empregos, não é bem assim. Quem acompanha a minha história por aqui vê que nem sempre é falta de vontade. E depois, há empregos e empregos. Se há empregos para trabalhar em shopping e restaurante? E empregada doméstica e entregador de jornal? Há muito. Resta saber até que ponto você vai querer começar do zero, até onde se sujeitaria a ir para pagar as contas. E depois, começo é difícil em qualquer lugar. Levará pelo menos uns dois meses para arrumar emprego e talvez um ano para que a vida corra novamente sobre rodas.
Segundo: não faça contas. Não faça conversões. Se eu digo por exemplo que aqui uma secretária ganha em média 1500 a 2500 reais (esta última se for bilíngue), não vá pegando a calculadora para transformar em euros. Isto porque aqui se vive e come em reais, conversão é coisa de turista. O custo de vida varia de acordo com a região, sendo que as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, apesar de terem maior percentagem de empregos, são as mais caras para viver. As regiões do nordeste são mais baratas, as do sul, como onde vivo, são caras, mas a qualidade de vida e serviços é melhor.
Terceiro: você vai precisar de paciência. Paciência para se adaptar à língua, à cultura, ao ritmo de trabalho (que é bem mais exigente). Vai enfrentar preconceito, vai ter saudade. Vai querer desistir... É mais fácil quando não se vai sozinho, quando se tem alguém do lado para partilhar as derrotas, um ombro para chorar e outro para dar ânimo. E quando se é apenas um casal, também é diferente de quando já se tem filhos. Tem que procurar escola, dependendo da idade existe um período de adaptação maior. Mas acredito que as crianças neste sentido, saem-se melhor que os pais.
Quarto: você vai ter que conviver com a sensação "não-pertencimento", cada coisa diferente vai fazer você lembrar de que aquela não é sua terra e isto às vezes parece desesperante. No entanto, para alívio geral o povo brasileiro é acolhedor, não é tão difícil fazer amizades. Mas você vai comparar tudo, desde o primeiro dia. É normal. "Lá" vai ser sempre melhor do que "aqui". Depois passa... e inverte-se a situação. Acredita em mim.
De qualquer forma, além de coragem, é bom levar na mala, um pouco de esperança e boa vontade. Ninguém é tão duro que não consiga mudar e se adaptar. E é por isto que estamos aqui até hoje não é?
Países irmãos
Tenho visto um monte de imagens de ódio ao primeiro ministro português Pedro Passos Coelho, algumas até beiram a completa falta de senso e educação. As pessoas esquecem-se de que o homem não é o responsável pela crise e digo até mesmo, pelas medidas de austeridade que anunciou. Qualquer um que estivesse no lugar dele, seja de que partido for, teria de mais cedo ou mais tarde tomar estas decisões. Isto porque vamos ser sinceros, Portugal não tem de onde tirar dinheiro a não ser de aumentos sucessivos de impostos. Portugal não produz em grande escala, não tem grande mercado interno, não tem quase indústrias, as poucas que tinha terminaram por falir ou mudaram-se. Além de por muito tempo ter oferecido um sistema de políticas de beneficio social a que não podia suportar. Tá certo, se eu acho que é justo ir sempre ao bolso dos mesmos? Não, não é. Se eu acho que poderiam estender estes cortes aos grandes, que ganham para além de cem mil euros por ano? Sim. Mas não sejamos ingênuos, Portugal é um país de meia dúzia de famílias e que como é obvio não querem ter prejuízo sob nenhuma circunstância. Portugal assim como o Brasil é um país corrupto, onde muitos mamam e tem um povo que prefere discutir futebol do que política e partilhar sua indignação no facebook ao invés de protestar como fazem os franceses. Portugal é o país do deixa estar, do reclamar enquanto beberica cerveja, dos que querem a mudança, mas que sejam os outros a se mexer. Portugal tem os governantes que merecem, assim como o Brasil, é tão fácil bradar aos ventos o quanto se odeia políticos, que são todos uns ladrões etc etc, mas não importam-se de endividarem-se sem condições de pagarem, de passarem-se nas contas do irs ou mesmo no troco no mercado que receberam a mais. Enquanto ainda for normal e bem aceito a política de levar vantagem em tudo, vão seguir-se Pedros, Joãos, e aumentos de impostos, diminuição do poder de compra e crise. Não acredito que vá melhorar nas próximas décadas, e sinto muito, mas não concordo em colocar a culpa em Pedro Passos Coelho, mas se isto os fazem sentir melhor...
sábado, 8 de setembro de 2012
Assim como são as pessoas, são as criaturas
Tenho pensado ultimamente que quanto mais o tempo passa, mais compreendo aqueles malucos americanos que saem por aí aos tiros. Não, continuo achando uma péssima ideia passar o resto da vida atrás das grades, no entanto fico imaginando que se a vida destas pessoas está um inferno completo, tanto faz onde se vai passar o resto dela. Desde que passe.
Provavelmente já viram aquele filme "Um dia de fúria" com o Michael Douglas. É bem isto. O problema é que de fato a maioria destes indivíduos eram considerados "normais", mas um belo dia...pum pum pum. Cada cabeça, um alvo e pronto. O problema é que as pessoas não sabem que o copo está transbordando. Elas a cada sapo que tem de engolir, vão enchendo mais e mais e às vezes por um motivo bobo, uma frase no meio assim de uma conversa acaba por se tornar a última gota.
Já falei para o marido que se ele for para Paris, talvez um dia abra o site de notícias aqui do rio Grande do Sul e dê com a manchete: mulher mata mãe, padastro, seis cachorros e duas gatas. Já começo a pensar que não vale a pena ficar aqui por mais cinco anos nas casa deles. Eu vou pirar antes disto com certeza.
Hoje fui fazer um arroz à carreteiro que o Fernando gosta muito, me passei um pouco no extrato de tomate, mas nada que ficasse ruim. E chega meu padastro sem ao menos ter comido e fala: tá boa esta massa de tomate né? Porra. Foi a última gota. O copo transbordou e felizmente não tinha nenhuma arma por perto porque ia ser uma dia de fúria. Uma coisa boba destas que me chateou principalmente porque ele cozinha mal para caramba e eu era incapaz de dizer isto. Porque procuro fazer as coisas que quero que façam comigo e as pessoas não estão nem aí. Isto só me faz ter mais afeição pelos psicopatas. But, lá vamos nós...ainda temos mais uma semana de espera. Já to achando que até São Paulo é perto de mais. Com licença, vou ali aprender mandarim e já volto.
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