terça-feira, 25 de setembro de 2012

No divã

Olho para o espelho e constato: minha pança aumentou. Minha cara voltou a parecer-se com uma bolacha Maria. Oh céus, que raiva! Mas sei que isto tudo se deve ao fato de eu ser tão ansiosa e tão pessimista ao mesmo tempo que acho quase imprescindível adoçar um pouco a minha vida. E como e como. Às vezes fico pensando...quando temos certeza de que estamos fazendo a coisa certa, de que estamos sendo pacientes, dando um tempo para a vida? É uma linha tênue que separa a persistência da teimosia. E eu não sei até que ponto estamos sendo mulas a insistir e se iludir com a cenoura que nunca alcançaremos. Passou segunda e ainda não obtivemos resposta de São Paulo. Provavelmente a resposta é o silêncio. Exaspera-me não conseguir escutar meu coração ou fingir que não consigo porque dói demais saber que daqui uns dias o marido se vai. Tenho medo. Tenho medo de que não consiga um emprego fixo, que ganhe para trazer nós dois até ele. Tenho medo que isto leve a uma separação. E to muito chateada com isto tudo. Tenho raiva e não consigo deixar de sentir raiva desta vida. 
Um dia minha vó disse uma coisa que concordo plenamente... "não adianta, todo mundo pode dizer que entende, ou mesmo tentar entender, mas só aquele que tá ali com o sapato apertado é que sabe como dói."  Se tem uma coisa de bom nisto, é que estou aprendendo que não sei nada sobre empatia. E que por outro lado os outros também não sabem nada. E que nestas horas quando não se tem nada melhor para se dizer, o melhor é ficar quieto.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Keep calm and go to the playroom

Cinquenta Tons de Cinza

Aí vai o link direto para download. E para quem quer se aventurar na leitura, recomendo o blog www.baixarbonslivros.blogspot.com

Boas leituras!

Um tapinha não dói

Tenho lido muito ultimamente. Descobri um site de downloads de livros e agora tem sido uma festa! E claro, fui até ele à procura do famoso "Cinquenta tons de cinza". Ainda estou no meio do livro e o que posso dizer? Que dou a um livro uma chance de vinte páginas...se ainda não me agradou, sinto muito, mas não consigo ficar remoendo uma coisa que não gosto. Este foi especial...isto porque detesto livros narrados em primeira pessoa, dá uma impressão de que falta algo, somos obrigados a nos identificarmos com o personagem principal. Além de que quando ouvimos alguém contar uma história, sabemos na maioria das vezes que esperamos um enviesamento natural, ninguém gosta de contar sua participação no lado implicante do outro.
 Sinto-me incomodada ao ler tantos eu isto, eu aquilo. Enfim, o que me prendeu foi nada menos que sexo. Do início ao meio (até agora). É um livro erótico, um tanto maniqueísta, mas quem disse que as fantasias tem de fazer sentido? Parece isto mesmo, alguma coisa saída de uma fantasia no meio de uma transa... mas quem disse que precisa de grandes floreios para se chegar ao principal? E quem disse que não precisa? Afinal bem sei que se fosse só olhar para o homem lá não me traria o ápice. E quantas vezes não amaldiçoei este aparelho que deixa muito a desejar comparado com o tão anatômico e sensível pênis? Vá lá meninas, alguma coisa neles é sensível...
E deve ser por isto mesmo, quem faz sexo é o cérebro, pelo menos no que diz respeito à ala feminina. Não há exercício melhor do que imaginação, a grande aliada do botãozinho lá de baixo. E sim, este livro fez o clic. E fez pensar que preciso ter uma conversa com o marido, ou melhor...chega de conversa. Ação!

Ai...

Paulo Rocha e Ricardo Pereira...duas aquisições lusas que o Brasil não vai devolver tão cedo (ou pelo menos espero que não).

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