sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Existe gordo feliz?

Geralmente o que noto são aqueles chavões: ah eu sou gordo, mas sou feliz! A gente tem que se amar do jeito que é! A minha madrinha sempre empunhou a frase "sou assim, este é o meu modelinho". Mas  com muito quilos a mais ela vive resignada a uma poltrona o dia todo. Não vejo nenhum amor ao seu corpo, apenas preguiça, resignação e tristeza. 
As pessoas tem muito não me toques hoje em dia porque gordura virou doença, virou compulsão alimentar, virou genética. Virou desculpa. A maioria é gorda porque come. Ninguém pega calorias do ar que respira nem da água que bebe. Eu sou gordita porque como doce, porque muitas vezes tenho que preencher meu vazio com comida e por uns instantes fico bem, mas logo a ansiedade volta e começa tudo de novo.  Gordura devia ser tratada tanto com dieta (odeio esta palavra), como com exercício, como em um psicólogo. Porque a gordura é só consequência de uma situação que não conseguimos resolver sendo honestos conosco. É quando desistimos de nós, deixamo-nos vencer pelos problemas. Deixamos que o estômago passe a decidir o que antes o coração desertou. 
Não existe felicidade onde há desequilíbrio. E não venham com aquela história de diversidade e blablabla porque todo mundo sabe que a máquina que é o nosso corpo foi feita para estar em movimento. E quando movimento se carregamos 20, 30, 40 quilos a mais?  
Lembro de ouvir a palavra dieta quando tinha a volta do onze anos e era magra. Bem magra. Mas a minha mãe achava que eu tinha que me cuidar e vigiava muito minha alimentação. Depois resolveu fazer uma dieta vegetariana e todos os dias por alguns meses íamos em um restaurante macrobiótico. Se ela soubesse o impacto que teve esta modinha dela na minha vida, talvez não tivesse feito isto. Hoje sou uma pessoa que simplesmente odeia verduras, qualquer tipo de alimentação saudável, legumes e frutas, algumas como muito de vez em quando. E doces que eram proibidos e algumas raras vezes tínhamos em casa, passaram a ser o meu consolo nas horas difíceis. Desde que fui morar com o marido, abusava deles, no entanto mantinha a forma malhando 5 vezes na semana durante duas horas. Depois da gravidez não pude mais manter esta ritmo e o resultado tem sido uma barriga terrível, pernas flácidas e pipocada de celulite. Sou tão nova para me sentir assim, para entregar os pontos deste jeito. Admito, sou gorda mas apesar de comer quase tudo que quero, não sou feliz. Claro que o meu corpo não é o único motivo, mas ajudaria olhar para ele de manhã e voltar a sorrir.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

No divã

Olho para o espelho e constato: minha pança aumentou. Minha cara voltou a parecer-se com uma bolacha Maria. Oh céus, que raiva! Mas sei que isto tudo se deve ao fato de eu ser tão ansiosa e tão pessimista ao mesmo tempo que acho quase imprescindível adoçar um pouco a minha vida. E como e como. Às vezes fico pensando...quando temos certeza de que estamos fazendo a coisa certa, de que estamos sendo pacientes, dando um tempo para a vida? É uma linha tênue que separa a persistência da teimosia. E eu não sei até que ponto estamos sendo mulas a insistir e se iludir com a cenoura que nunca alcançaremos. Passou segunda e ainda não obtivemos resposta de São Paulo. Provavelmente a resposta é o silêncio. Exaspera-me não conseguir escutar meu coração ou fingir que não consigo porque dói demais saber que daqui uns dias o marido se vai. Tenho medo. Tenho medo de que não consiga um emprego fixo, que ganhe para trazer nós dois até ele. Tenho medo que isto leve a uma separação. E to muito chateada com isto tudo. Tenho raiva e não consigo deixar de sentir raiva desta vida. 
Um dia minha vó disse uma coisa que concordo plenamente... "não adianta, todo mundo pode dizer que entende, ou mesmo tentar entender, mas só aquele que tá ali com o sapato apertado é que sabe como dói."  Se tem uma coisa de bom nisto, é que estou aprendendo que não sei nada sobre empatia. E que por outro lado os outros também não sabem nada. E que nestas horas quando não se tem nada melhor para se dizer, o melhor é ficar quieto.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Keep calm and go to the playroom

Cinquenta Tons de Cinza

Aí vai o link direto para download. E para quem quer se aventurar na leitura, recomendo o blog www.baixarbonslivros.blogspot.com

Boas leituras!

Um tapinha não dói

Tenho lido muito ultimamente. Descobri um site de downloads de livros e agora tem sido uma festa! E claro, fui até ele à procura do famoso "Cinquenta tons de cinza". Ainda estou no meio do livro e o que posso dizer? Que dou a um livro uma chance de vinte páginas...se ainda não me agradou, sinto muito, mas não consigo ficar remoendo uma coisa que não gosto. Este foi especial...isto porque detesto livros narrados em primeira pessoa, dá uma impressão de que falta algo, somos obrigados a nos identificarmos com o personagem principal. Além de que quando ouvimos alguém contar uma história, sabemos na maioria das vezes que esperamos um enviesamento natural, ninguém gosta de contar sua participação no lado implicante do outro.
 Sinto-me incomodada ao ler tantos eu isto, eu aquilo. Enfim, o que me prendeu foi nada menos que sexo. Do início ao meio (até agora). É um livro erótico, um tanto maniqueísta, mas quem disse que as fantasias tem de fazer sentido? Parece isto mesmo, alguma coisa saída de uma fantasia no meio de uma transa... mas quem disse que precisa de grandes floreios para se chegar ao principal? E quem disse que não precisa? Afinal bem sei que se fosse só olhar para o homem lá não me traria o ápice. E quantas vezes não amaldiçoei este aparelho que deixa muito a desejar comparado com o tão anatômico e sensível pênis? Vá lá meninas, alguma coisa neles é sensível...
E deve ser por isto mesmo, quem faz sexo é o cérebro, pelo menos no que diz respeito à ala feminina. Não há exercício melhor do que imaginação, a grande aliada do botãozinho lá de baixo. E sim, este livro fez o clic. E fez pensar que preciso ter uma conversa com o marido, ou melhor...chega de conversa. Ação!
Web Statistics