domingo, 7 de outubro de 2012
Segunda
Nesta segunda começamos os dois a trabalhar. Ah pois é, finalmente as coisas entram nos eixos ou pelo menos é o começo para entrarem. Agradeço o conselho querida Flora (pseudônimo?), mas ultimamente não tenho sido uma pessoa de seguir conselhos de ninguém.
A proposta que recebi nesta sexta foi muito melhor que a primeira, salário bem mais alto e ainda com possibilidades de ganhar mais dependendo do desempenho. A idéia é avaliarmos em janeiro como estará o nosso pé de meia e aguardar alguma proposta para o marido. Fazer planos ao invés de me deixar mais tensa, desta vez deu-me um certo alívio. Qualquer coisa como a ilusão de que controlamos algo, que a vida depende de nós também, não sei, pelo menos tenho menos tempo para ficar me martirizando com a minha má sorte.
Não escondo a minha vontade de ser dondoca, queria mesmo ter uma vida tranqüila, ser dona de casa, cuidar da minha família e tals. Não tenho ambições de provar para alguém que sou uma profissional de topo, compreendo quem ache necessário, mas simplesmente não é a minha. Mas reconheço que na posição que estou no momento, é o que há para fazer, que remédio...
Agora se fosse para sentar e escrever isto não seria trabalho, afinal é a coisa que me dá mais prazer. Alguém disse uma vez que quem trabalha no que gosta não terá nunca trabalho. É esta a idéia, a de que fazemo-nos tão leves que o fardo de cumprir obrigações se dilui nas horas em que passamos entretidos conosco mesmos. Quem sabe, acho que não é impossível se nos dedicarmos de corpo e alma para aquilo que desejamos. Dei anteriormente o exemplo do Paulo Coelho porque além de ser um escritor que não tem lá um talento especial, inclusive com muitas reclamações de plágio nas costas, colocou isto na cabeça aos trinta e hoje é reconhecido mundialmente. Eu já nem tenho esta posição, para mim ter um livro só meu e que venda qualquer coisa que dê para o gasto tá bom. Mentira hehehe! Alguém sabe porque a escrita de tantos medíocres ou no mínimo autores para além de esforçados fez sucesso? A célebre saga de Harry Potter, o Crepúsculo, Os cinqüenta tons...? É porque eles sentaram em algum momento a bunda para escrever e pensaram que algum dia alguém leria aquilo e claro, sorte. Mas sorte muda e como sabemos, pode calhar a qualquer um. Inclusive a mim.
Não escondo a minha vontade de ser dondoca, queria mesmo ter uma vida tranqüila, ser dona de casa, cuidar da minha família e tals. Não tenho ambições de provar para alguém que sou uma profissional de topo, compreendo quem ache necessário, mas simplesmente não é a minha. Mas reconheço que na posição que estou no momento, é o que há para fazer, que remédio...
Agora se fosse para sentar e escrever isto não seria trabalho, afinal é a coisa que me dá mais prazer. Alguém disse uma vez que quem trabalha no que gosta não terá nunca trabalho. É esta a idéia, a de que fazemo-nos tão leves que o fardo de cumprir obrigações se dilui nas horas em que passamos entretidos conosco mesmos. Quem sabe, acho que não é impossível se nos dedicarmos de corpo e alma para aquilo que desejamos. Dei anteriormente o exemplo do Paulo Coelho porque além de ser um escritor que não tem lá um talento especial, inclusive com muitas reclamações de plágio nas costas, colocou isto na cabeça aos trinta e hoje é reconhecido mundialmente. Eu já nem tenho esta posição, para mim ter um livro só meu e que venda qualquer coisa que dê para o gasto tá bom. Mentira hehehe! Alguém sabe porque a escrita de tantos medíocres ou no mínimo autores para além de esforçados fez sucesso? A célebre saga de Harry Potter, o Crepúsculo, Os cinqüenta tons...? É porque eles sentaram em algum momento a bunda para escrever e pensaram que algum dia alguém leria aquilo e claro, sorte. Mas sorte muda e como sabemos, pode calhar a qualquer um. Inclusive a mim.
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Assumir o leme
Se um barco não sabe a que Porto dirige-se nenhum vento lhe será favorável.
Os planos hoje foram traçados enquanto o marido cozinhava. A minha vontade era que ele fosse trabalhar para um banco em São Paulo, ou para a IBM ou para a SAP e que eu com o tempo voltasse a faculdade, me formasse e dali uns anos tivesse meu consultório decorado ao estilo provençal, cortinas brancas, o divã azul celeste, enfim. Puff Jeanyne, planeta Terra chamando. Acontece que se ficarmos aqui a esperar e esperar, já vimos que as coisas não acontecem só de rezarmos para Santo Expedito. Estamos de acordo que ficar aqui na mãe não dá e morar na mesma cidade também não dá. Em nome da nossa sanidade mental...
O Fernando vai tentar o ramo imobiliário, oportunidade que foi oferecida a ambos, no entanto não há vínculos com a empresa, só ganha se vender. O mercado no Brasil está extremamente aquecido, mas creio que não por muitos anos...mas isto é coisa para ganhar dinheiro rápido e este é o plano um. O dois, é juntar grana e emigrarmos para França. Enquanto estivermos aqui, o marido vai fazer um curso da oracle que vai abrir mais chance de emprego e com um salário melhor. E eu quero poder finalmente dedicar-me a escrita. Se Paulo Coelho conseguiu porque não eu? Mas quero fazer as coisas direitinho, estudar, pesquisar bastante para escrever um romance histórico. Geralmente isto é coisa que não se diz, mas é o que sempre fiz desde a infância, tenho jeito para a coisa, milhares de histórias na cabeça, uma imaginação inesgotável. Preciso é acreditar em mim e neste dom que esteve a minha frente durante todo este tempo e eu não percebi. E depois de traçarmos nosso plano de fuga, nunca nos sentimos tão felizes desde que naufragamos pela primeira vez.
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