Sabe tem dias que a gente está muito para baixo. Tem dias que pensamos afinal de contas porque estou fazendo isto? Porque parece que temos um barro colado nos sapatos, que nos impede de ir à frente, que faz-nos patinar e patinar enquanto ficamos cada vez mais cansados das mesmas coisas e das mesmas pessoas. Dos mesmos sermões e pensamos que afinal temos muita saudade da vida que levávamos antes. Porque depender dos outros mesmo que do próprio sangue, é duro. Não temos uns sapos na garganta, certo dia nos damos conta de que temos é um brejo.
E para mim família resume-se a mim ao marido e ao meu filho, o resto é bobagem. Porque só nós temos planos e vamos seguir juntos e no fim podemos contar um com o outro, porque o que há entre nós é troca e naão favor. Estou realmente cansada das cobranças porque o que fazemos nunca é suficiente e porque acham que devemos fazer assado ou frito e nós sabemos que quem tem o dinheiro não somos nós e que este teto também não é nosso. E que suplicamos a vida por uma oportunidade daquelas com O, porque merecemos. Porque revolta ver os outros viajando, comprando carro, apartamento e sabe...70% do meu salário vai para a creche do meu filho e o meu padrasto não quer ficar com o neto e a minha mãe deu-me mais um mês para ficar com ele. O que não me adianta porque tenho este emprego garantido até final de dezembro, quando passarei do período de experiência ou não e temos despesas de matrícula, material, uniforme e clar, a mensalidade. Então decidimos que vamos por o Fabian na próxima semana apesar de tudo, porque estamos cansados, estamos cansados, estamos cansados. E tem horas que a única coisa que queremos é deitar a cabeça no travesseiro e só acordar quando tudo tiver passado.