sábado, 20 de outubro de 2012

Os filhos dos outros

Sinceramente não tenho lá paciência para aturar crianças. Uma coisa é o meu filho, que junto não sei de onde um pingo de fôlego, mas com os outros não funciona. Vamos combinar que crianças de comercial de margarina, aquelas educadas que se sentam à mesa sem derrubar comida e esperam até o fim da refeição, as que não mexem em nada na casa quando vão de visita, só existem na cabeça daquelas velhas que insistem em dizer que os filhos/netos daquela época eram assim. As crianças são como feijão que azeda caso não seja fervido uma vez ao dia. Criança sem corretivo dos pais, azedam a paciência. E lá ficamos com um sorriso amarelo e pensamentos homicidas escondidos entre um "deixa estar a pobrezinha", "não foi nada, é só um porta retrato que comprei em Paris, mas não faz mal, vou lá todos os anos não é mesmo?". 
Mas confesso, nestas horas eu fico aliviada por não ter uma menina. Isto porque reconheço que meu filho é um pé no saco, tem tanta energia que deixaria o Denis o pimentinha parecer o menino mais comportado de um colégio de padres. Mas não consigo aturar a tagarelice das meninas, principalmente naquela fase que vai dos 3 aos 20... E quando vê, com aquelas perguntas meio a apontar que fazemos algo errado que devia ser assim, isto no alto dos seus seis anos. E quando dizem aquelas invenções de que os pais dela tem um computador melhor, que o irmão faz isto ou aquilo, que costura com dois anos, que sabe inglês, francês e espanhol. Ta bem, uma hora passamos de olhar complacente a pensar em responder com requintes de maldade. Ora, mas que feia que sou. Mas confesso, crianças depois de uma hora de visita são letais ao bom humor. Que bem faziam os pais a se restringirem a visitas de médico, ou então um shot de maracujá com camomila e quem sabe um rivotril? Ou quem sabe o que seria mais prático, darem um pouquinho de limites a seus queridos monstrinhos?

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Como cresceu

Eu achava um saco ouvir o tempo todo que eles crescem rápido e tals, na verdade para mim o tempo se arrastava dolorosamente. Parecia-me que inclusive os segundos eram lentos. A fase de bebê pouco aproveitei, vivia tão desiludida e triste com não ter voltado a forma, por não ter tempo para namorar e até para eu fazer as coisas mais básicas e necessárias da vida que tantas vezes pensei que não havia nascido para ser mãe. Hoje não sei se sinto saudade, é que só de pensar no que passei me dá arrepios... Mas sinto uma saudade de fotografia, como se fosse possível reviver aqueles pequenos momentos dentro de um quadro e puff, saltar dali antes que o bicho pegue. Hoje eu sinto que está passando rápido, deve ser porque hoje gosto de ser mãe. Hoje gosto de sua independência relativa, de sua comunicação, de se fazer entender e sermos (às vezes) entendidos. Hoje olho para ele e vejo que os traços de bebê estão se desvanecendo, que o rosto se alonga, que as pernas perdem as gordurinhas e que se não fossem as fraldas, pode-se dizer que já é praticamente um menino, pois tem altura de uma criança de três anos. Hoje queria que passasse mais devagar... mas é assim o tempo, fugidio sempre que buscamos e irremediavelmente teimoso quando o queremos longe.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Não sou nenhuma carola, mas já fiz comunhão e crisma porque a minha mãe encheu os meus ouvidos que quando eu casasse ia precisar. Hahá, o Fernando já casou na igreja e por isto eu não posso, quem dera ter bola de cristal, já poupava a chatice. Não acredito que se olhar para uma imagem ou ir em uma missa vá ser uma pessoa melhor e tals. Acho que a fé não tem nada a ver com religião. Não acredito em intermediários para falar com Deus, aliás nem acredito em um velhinho de barbas brancas que vê tudo lá de cima. Para mim Deus está em todas as coisas, é uma energia, a vitalidade de tudo que existe no mundo e principalmente, está em nós.
Quando adolescente frequentei alguns centros espíritas e confesso que é a doutrina que mais dá sentido a vida na minha opinião. Em primeiro lugar porque diz que ninguém precisa acreditar em Deus para ser uma boa pessoa: mais vale um homem de bem ateu do que um carola mesquinho. E hoje nos momentos menos bons é o que me faz levantar a cabeça e tentar encontrar uma explicação para o que tá acontecendo comigo, para acreditar que uma hora as coisas devem melhorar e possamos seguir nosso rumo. Porque se não tivesse esta certeza comigo eu não estava mais aqui. Porque é tão fácil ser infeliz e reclamar dos subsídios disto e daquilo quando se tem ao menos o ordenado do mês...Porque seria aparentemente mais fácil fugir dos problemas, da vida, enfim... As pessoas adoram fugir. Eu adoro fugir, mas acontece que na fuga esquecemos que, aos tropeços, os problemas nos perseguem. E de tal maneira que nos deixam os pés iliados e a cabeça na ilusão de que ao mudar o cenário as coisas ruins se foram.
A fé que eu tenho (que não sou lá uma pessoa otimista e confiante) tem dado motivo para refletir, porque eu acho que ninguém vem ao mundo a passeio, que não existe acaso. Que temos um propósito para estar aqui e estar na situação que estamos. Será mesmo que 2012 é um ano de grande mudança global? Não tenho dúvidas... Pessoal? Também não. Nunca imaginei estar nesta situação, voltar para o Brasil assim. E tenho aprendido muito. Relativizado as posses...não que não tenha vontade de ter o meu canto, as minhas coisas. Mas tenho sido "feliz" mesmo com aquilo que me resta. Tenho tido mais paciência com o meu filho e tenho amado cada vez mais este marido que faz de tudo para nos ver bem. A crise é momento de sofrimento, mas também nos leva além, testa nossas forças, nossa fé. Não há mal que sempre dure, ainda mais para quem luta e não fica de joelhos só rezando. E é isto que me faz seguir em frente. A certeza de que embora não entenda bem para onde me levam estas adversidades da vida, mais adiante tudo fará sentido. Isto é fé. Pelo menos para mim.      

Sonho em branco

Perfeito
Estilo Barbie, este ia ser uma ótima motivação para perder estes kilitos a mais
Adoro!
Não sei qual escolheria, este vestido é onírico, sentiría-me alguma criatura  mitológica , uma deusa até!
Este seria para um casamento na praia (Caribe?)
Esta é daquelas coisas que dificilmente acho que vai se realizar, mas que não custa sonhar. Não pensava em padre e madrinhas, só mesmo o juiz ou alguém muito inspirado com um lindo discurso, até porque já somos casados. Mas o que me encanta mesmo é o vestido branco, é ver ele de smoking uma vez na vida, são a mesa farta e o bolo com os bonequinhos no topo e ver o Fabian de terno e gravata em miniatura. Sou um pouquinho brega, admito, mas é um sonho de menina, daqueles que é difícil de esquecer com o tempo...
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