segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O que há com as revistas femininas?

Alguma coisa acontece quando se chega quase aos trinta. Quanto a mim, deixei de acreditar em revistas femininas. A começar pela capa, eles photoshopam tanto a atriz/modelo/filha-do-editor-da-revista que deixam a criatura com cara de museu de cera. Lá pelas tantas um braço ou um umbigo é esquecido, mas ninguém nota não é mesmo? Todas querem aquela cintura de "quebrei algumas costelas por isto".
Madonna é você??
Depois há aquela sessão básica de "faça 20 looks diferentes usando alparcatas com um paletó rosa do seu marido". Depois tem a parte de artesanato ultra chic que os preços estão sempre acima de três dígitos antes do zero (dica importante: não tente fazer isto em casa...ficará ridículo, acredite). E tem também aquela parte das perguntas da leitora: se eu fizer sexo oral quando ele estiver com diarreia corro algum risco?
Como posso esquecer o carro chefe que é a dieta?? A dieta da vez não tem nada que não se saiba. Comer bem (pouco), se matar na academia fazer exercício e muita água. 
E você esperando o que? Algum chocolate que emagreça?
Há alguma coisa estranha com a entrevista da modelo de capa: tem sempre um corpo invejável que conquistaram com... não comer depois das 18 horas? Sério que alguém faz isto? São todas naturais, são contra botox e cirurgia porque querem envelhecer bem. É que a natureza foi muito generosa com elas, só isto. Que maldade ficar procurando as cicatrizes da lipo meninas!
Confessa que você não faria tudo pelo telefone do cirurgião dela?

É bizarro, muito bizarro constatar que estas revistas são supostamente direcionadas para mulheres maduras, não para adolescentes. No entanto o que vendem é tão batido, sempre as mesmas coisas e as mesmas ilusões que até duvido se secretamente elas não sejam mesmo feitas para as meninas que já tem vergonha de ler a Capricho. Mas o pior de tudo, o que me fez aos poucos desconfiar deste jornalismo cor-de-rosa, foram aquela parte das "histórias reais", contos eróticos, como diz o meu marido, mela-cueca, em que a mulher conta (absolutamente tudo) sobre o seu encontro para lá de hot e perfeito com o cara mais gato do café cubano que encontrou enquanto ia acompanhada com as amigas em uma despedida de solteira . A ladainha é sempre a mesma, muda-se o local e o nome fictício, mas de alguma maneira surpreendente sempre consegue-se chegar a múltiplos orgasmos com um desconhecido e que garantem elas, nunca mais querem vê-lo. Jura? Se um cara conseguisse isto comigo seria o David Copperfield. E eu não largava do pé dele até ele revelar a mágica para o meu marido. Ops, não, mas este seria o Mister M. Mágico errado, mas também tava valendo...                       

Resumo da história guarde os tostões para um cachorro-quente, porque a gente já sabe que a dieta começa segunda. E a gente sabe que não vamos passar da primeira semana sem querer cometer um homicídio. Vamos ser feliz com o que temos, que na minha opinião modesta, homens devem preferir fazer amor com mulher de verdade, mesmo com celulite e estria, do que ficar batendo para uma de papel. 

domingo, 11 de novembro de 2012

das coisas que gosto no verão 2


Buffet de sorvete! Foi o que senti mais falta em Portugal... Apesar de descobrir aquele orgasmo gelado que é o doce de leite da Häagen Daaz, faltava alguma coisa. Esta coisa seria ter à minha escolha mais de vinte sabores, mais de cinco coberturas, mais de dez tralhas para se por ao cume da montanha calórica. Isto para depois acabar por sempre escolher os sabores chocolate, coco, doce de leite, leite condensado e chiclete. Vá entender!

sábado, 10 de novembro de 2012

Dividir um quilo de sal

Quem é casado sabe provavelmente o quanto é difícil conviver com outra pessoa, não refiro-me naqueles dias em que acordamos de mau humor, nos de TPM, pois estes dias passam e a normalidade dos sorrisos e do amor volta a pairar na casa. Afinal este foi O cara que escolhemos para viver e se com ele já há dias assim , imagina morar com quem não se faz a mínima, digo bem minúscula vontade? Aqui há dias e dias. Eu passei pela fase da simpatia e gratidão genuína, já passei pela fase de relevar o que escuto, já passei pela fase fuck you old bitch em que imaginei várias formas de matar a dona da casa. Já passei pela fase de aparentemente estar em nirvana e queimar de raiva por dentro, peraí, ainda estou nesta fase. Como disse, morar com quem se ama, tem lá os seus momentos bons, mas os dias na casa da sogra não. Ultimamente tenho entendido todas aquelas piadas de sogra. Acho que as pessoas que as inventaram devem ter passado um tempo beeem juntinho com a dita. 
Não me interprete mal consciência, todas as pessoas se tornam chatas quando dividimos um quilo de sal. Todas as pessoas ficam mais implicantes com a convivência. É como aqueles realit shows. Não, é pior, é como feijão na panela de pressão, feito no calor de trinta graus, que deixa a casa cheirando a pum e todas as pessoas olhando umas para as outras. 
Eu até acho lá no fundo que queres que eu seja paciente, agradecida, e todas aquelas tretas de querer que eu seja a boa moça que deveria ser. Só que não. Eu acho extremamente chato ter uma pessoa querendo que eu faça isto ou aquilo, tudo que eu e o marido fazemos é errado, tem que ser assim ou assado, pois que moda é esta de que quando viram sogras passam a sócias majoritárias na empresa da verdade? Eu já vi esta novela antes. 
Minha sogra tem quase oitenta anos, tenho que dar um desconto e eu juro que dou. Mas a velha já mudou de idéia mais de vinte vezes sobre fazer o aniversário dela aqui, lá na praia, na casa do outro filho, aqui de novo, mas aqui não dá porque a sala está em obras e o pedreiro é um vagal que não vem terminar isto. Mas afinal ele é um coitado que não deve estar bem de saúde. Mas mesmo assim ele deveria já ter terminado isto. Como pode demorar tanto tempo?! Mas eu posso esperar porque quero tudo arrumadinho e bem feito. Mas que coisa que não aguento mais esta imundice, eu já disse, não vou receber ninguém aqui para o aniversário. Vou já encomendar duas tortas e fazer uma de bolacha e uns salgados. Uff, sério acho que minha sogra é bipolar. Ou ela faz um esforço muito grande para testar minha paciência.
Enfim, ainda nem dividi um quilo de sal, mas as agulhadas começam a perder a graça. Espero de coração que das duas uma: ou o marido arrume emprego antes do fim de janeiro ou me leve na mala para Paris, mesmo que para isto tenhamos que eu e o Fabian andar a tocar violão no metrô.

Diferenças entre homens e mulheres (no bar)

Elas comem batata frita, arroz, bife, ovo frito, lasanha e não sei o que mais e pedem um refri light. Eles bebem mais de dez latas de cerveja e comem apenas meia porção de fritas para não criar barriga.
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