sábado, 17 de novembro de 2012

10 coisas inúteis musthave# para pais de primeira viagem

Quando estamos esperando o primeiro (e às vezes último) rebento temos a impressão de que de repente caímos em um mundo estranho. E entre fraldas e mamadeiras, de repente há uma série de pessoas, inclusive desconhecidas, que tem sempre um palpite a dar. E claro, como se não bastasse a confusão toda, a felicidade e/ou surpresa da notícia, as tias e futuras avós com os seus chás e conselhos, temos a mídia, esta malvada insaciável. E então, eis que muitos pré-papais são bombardeados com emails e propagandas nas revistas e sites com uma série de itens totalmente indispensáveis para esta aventura que é criar outro ser humano. Tenho a noção de que comprei algumas coisas inúteis e sei também que cada bebê é diferente, o que funciona com um, pode nem fazer coçar o outro. É por isto que esta lista tem como base a minha experiência (e também a de algumas pessoas que conheço).




Espreguiçadeiras hig tech#
Quanto mais sem noção melhor, com luzes, com músicas, com programa para girar e tremer. Coitada da criança, deve parecer que esta em um liquidificador. Não sei quanto a vocês, mas as pesquisas recentes apontam para que bebês gostam mesmo é de colo e aconchego. O meu então ficava o tempo todo ao meu lado sem descanso. Tive uma espreguiçadeira emprestada daquelas bem simples e ele sentou ali duas vezes e nunca mais. Média de preço: de 200 a 400 reais.




Esquentador de mamadeira# 
Sério que alguém compra uma coisa destas? Tá bem, é elétrico e tals, mas se você não costuma acampar e carregar junto um minigerador, é uma tralha. É caro e não é lá muito útil para quem tem um microondas em casa, são só 20 segundos e já está, enquanto o aparelho demora mais que o triplo do tempo. E quando se tem um bebê desesperado gritando no seu ouvido de madrugada, meu filho, tempo é muito importante.



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Tapete de atividades#
Ou deveria chamar de tapete do grito? Esta eu marchei. Admito que comprei um, mas foi no minipreço, dos males o menor. Como eu já disse, o Fabian foi daqueles bebês que queriam sempre estar no colo ou no mínimo encostado em alguém. Ele olhou para aqueles bonecos pouquíssimas vezes, olhou para o espelho, mas depois de ver que aquilo não saía, irritou-se e toda vez que tentava pô-lo era um berreiro só. ps: eu acho que estes bebês de anúncio são montagem. Quer um substituto? Põe ele embaixo de um varal olhando para as ceroulas da vovó. Dá no mesmo.

Babá eletrônica#
Se você não mora em uma casa de mais de quinze quartos, então provavelmente é frescura. Isto porque ouve-se um bebê chorar pelo menos num raio de um km, ainda mais quando estão esfomeados. Imagina que tem gente que escuta os vizinhos transando e acham que não vão escutar os decibéis do anjinho ali ao lado. Só para terem a ideia de quanto custa uma brincadeira destas: entre 500 e 700 reais.




Coleira para crianças#
Esta foi uma indicação de uma amiga que se arrependeu de não ter comprado. Fora o fato de ser no mínimo esquisito e parecer que se está passeando um cachorro, só me vem à cabeça o personagem dos Simpsons e os seus óctuplus, o que este produto oferece é a ideia de poupar um pouco nossas pernas quando os pequenos entram na fase de fugir de nós (ou seja dos 2 aos 20 anos). Porque é inútil? Porque apesar de tentador isto não resolve o estresse de ter de arrastá-los porque a birra vai ser grande. Imagine assim: tentamos conter um potro com uma cerca de papelão. Até pode iludi-los por algum tempo, mas depois vamos ter de dar aqueles berros. Conselho: deixemo-nos de esquisitices e toca a correr atrás das pestinhas. É mais saudável e ainda queimamos aqueles pneus da gravidez.





Chupetas termômetro#
Eu sei que a tentação é grande, mas contém-te mãe neurótica que habita em cada uma de nós. E isto aproveito para dizer, chupetas, roupas indicadoras de febre, colheres que mudam de cor se a comida está quente, etc.  É fácil perceber estas coisas...e o bom e velho modo de medir a febre dá para o gasto, até aqueles mais modernos que podemos verificar pela testa ou ouvido são bons.

Rede para comer frutas#
Em que mundo estamos? Realmente não sei como nossos pais conseguiram nos criar sem toda esta segurança que é oferecida hoje para nossas crianças. Sério que precisam disto para comer fruta ou qualquer outro alimento sólido? Não basta por nas mãos em pedacinhos e ficarmos por perto? Se pode se engasgar? Pode, mas nada de um tapinha nas costas não resolva. Aliás, estamos vivos para contar não é?

Sapatos de bebê#
Tá certo, eles são fofos, muitoooo fofos. E se tiver esperando uma menina as chances de ir a loucura com a variedade são o dobro do que uma pré-mamãe de menino. Porque é inútil? Porque se não for aqueles de tricô oferecido pelas avós e se não morarmos em um lugar frio, há grande probabilidade de serem usados uma única vez se muito. Porque nos primeiros tempos o melhor e mais confortável para os bebês são mesmo os tiptops (babygrows) e sendo assim, quando for a hora de tirar aquela foto é possível que o pezinho já nem entre nos tênis adidas tamanho XS. Sugestão: deixe para as tias e madrinhas e guarde dinheiro para as fraldas. Você não tem ideia de como vai precisar.
Quarto temático#
Em Portugal não é tão comum, mas no Brasil há uma necessidade de reproduzir aqueles quartos de revista, com direito a papel de parede, pinturas, quadros, cadeira de amamentação (bonita porém desconfortável), lustres, etc. O problema é que se investe muito dinheiro e o quarto fica obsoleto antes mesmo de terminar as prestações do cartão de crédito.
Almofada de amamentação#
Qualquer apoio serve! O braço do sofá, a barriga do marido, até (pasmem) as almofadas comuns que já temos. Não precisa sair comprando e fazendo coleção das mais compridas, das mais fofas, das mais coloridas. Tem mães que nem chegam a amamentar mais de dois meses... E estes foram o que me vieram à cabeça porque podia ficar o dia inteiro falando sobre isto. Hoje há tantas, mas tantas coisas inúteis que nos convenceram de que são indispensáveis para o nosso conforto e dos nossos filhos, que se não mantivermos o bom senso a vinda do bebê abre uma cratera no orçamento. Mas lá está, às vezes  tem coisas que só aprendemos com a experiência. E vocês o que compraram que acham que não valeu a pena?

Who wears shorts short?

É... agora calor chegou mesmo para ficar e com ele a vontade inevitável de mostrar as carnes. Não sou daquelas que olham feio para meninas de roupa curta, como já disse aqui, eu olho e admiro (e às vezes me entristeço porque as minhas pernas já conheceram melhor forma). No entanto, também não vamos ser hipócritas pois que as roupas curtas exigem corpo em dia, não há a menor dúvida. Mas para mim o grande teste da boa forma é o famoso shortinho. Até eu ficava com receio de usar mesmo quando estava nos meus 58 kgs. Implicava com as gordurinhas e culotes que imaginava sempre maiores do na realidade e aquela bolsinha chata no meio das pernas era o que mais me incomodava. 
Conjunto completo: putamodeon#
Mas o shortinho exige além daquele corpinho sarado, elegância, muita elegância. Se você não possui pernas de garça como aquelas modelos, o melhor é ter cuidado porque do contrário corre-se o risco de ser confundida com aquelas meninas de vida fácil. Vocês sabem, as putas. E a forma principal para este feito nem fica pelo comprimento, é mesmo o conjunto. Acho terrível quem usa com botas, brincos enormes e batom forte, é quase um letreiro neon de estar ali, pronta para o trabalho. 
Aquilo é vulgar, isto é sexy.
Aí vai uma foto de uma garota normal, já que a outra parecia  ter perna de garça.
Para não ter erro, uma sandália rasteira, uma blusa que cubra a barriga, não necessariamente um casaco por cima como tenho reparado pelas fotos do google. E isto que nem sou lá grande entendedora de moda, além disto são conselhos tão simples de seguir que hoje em dia só é vulgar quem quer. Sinceramente não sei porque tem gente que gosta tanto de chamar atenção pela negativa. Usando roupas assim estas mulheres só vão atrair operários, bêbados e aqueles velhos tarados. Se seguirem a regra básica do tapa aqui esconde ali, talvez comecem a atrair a atenção daqueles de quem realmente valha a pena escutar cantada. 
Aí ele olha para você e diz: preciso voltar a estudar mitologia grega. Esta deusa eu  não conhecia!

Penteado para o aniversário

Infelizmente não pegou direito as mini piranhas...mas tá valendo.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Os chatos

Não sei o que há com as pessoas chatas que não consigo deixar de lê-las/vê-las. É quase como a minha auto punição ou um vício, talvez porque tem alguma coisa nelas que atrai. A sua chatice/ignorância/pedância me dá vontade de saber se a cada vez elas vão superar o feito anterior. E há chatos de todos os tipos, daqueles adultos que falam tal e coisa como criancinhas cheia de gírias, há aqueles que querem ter sempre razão, há os cheios de mania, os que não nos deixam falar, há os que adoram atirar sua raiva ao mundo e segure-se a quem serviu o chapéu. 
Mas lamento dizer que o mundo não sobrevive sem os chatos. As fofocas não sobrevivem sem os chatos. O mundo dos blogues também não. É claro que em algum momento nós mesmos somos chatos para alguém, mas isto é normal, os de que falo são aqueles que em mais da metade do tempo realmente se esforçam para tal. Porque afinal de contas, o que todo o chato gosta é de atenção. Os chatos devem ter tido uma infancia insossa quanto a isto. Lembro de uma vez sentar na frente de um ex colega de faculdade do marido e ele passou o tempo todo dizendo os feitos de sua vida. Este chato era do tipo eu sou mais eu. Ele tinha cozinhado em um aniversário para mais de duzentas pessoas sem ajuda, ele tinha sido chef de cozinha em um hotel cinco estrelas, ele tinha os piores e mais arteiros filhos do mundo, ele era presidente da associação dos ciclistas da Bahia. Ufa, até eu que sou uma burrinha inocente que acredita em tudo comecei a encher o saco.
Às vezes penso que há, como na atração sexual, uma espécie de feromonas a pairar em volta dos chatos, senão como explicar esta relação amor e ódio que temos com estes indivíduos?  Como explicar que ao mesmo tempo que queremos fugir, há uma vontade tremenda de ficar? Será a humanidade contraditória ou vendo por outro lado, o mundo está dividido entre chatos e implicantes? Não sei, mas confesso que se tiver, sou uma implicante nata.  
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