terça-feira, 20 de novembro de 2012

Para o Natal...

Se eu tivesse minha casa, a árvore já estaria montada desde o início do mês, porque isso de datas certinhas não é lá comigo, já repararam que a minha casa virtual está equipada né? Agora quanto ao Natal vamos passar na praia, os três. Depois daquela discussão peguei no Fabian e nas nossas malas e vim para a minha mãe. Hoje o marido tem entrevista em outro estado, vamos ver se não é finalmente o nosso presente de Natal. Já nem sei, nem quero saber porque as tantas começo a desanimar se faço planos e depois nada se realiza. Então temos levado a vida assim um dia após o outro... E este período a sós vai fazer-nos muito bem. E assim aproveito e deixo a casa limpa para quando a sogra for lá pelo fim do ano, e aí nós voltamos para são Leopoldo. Porque agora preciso de paz, não quero me estressar com ninguém. Eu percebo que sou uma pessoa que guarda muita mágoa, mas que depois de explodir sou difícil de voltar atras. Imagino que deveria deixar saltar a tampa aos pouquinhos assim a sujeira não seria tão grande. Mas paciência, acho eu que para conviver é preciso troca e cedência de ambos os lados. Estou cansada de segurar sozinha a corda. Então é assim, Natal em família, a família que realmente importa. Espero que o bom velhinho não se esqueça de nós. Eu juro que tenho me comportado este ano!!

domingo, 18 de novembro de 2012

Ninguém é dono da verdade

Quando escuto alguém dizer, "daí eu disse umas verdades para ela", ou qualquer variante disto, a primeira coisa que me vem à cabeça é: que verdade? Verdade para quem? O que conhecemos por verdade não passa do nosso ponto de vista sobre alguma coisa ou alguém. E o outro também tem lá o seu ponto de vista, a sua visão de mundo, só aí juntando dois mais dois, chega-se a conclusão de que a verdade não existe. É simples e óbvio não? Então porque as pessoas insistem em acreditar-se donas da verdade? Em acreditar que estão sempre certas e o resto errado. Ah é importante, quando dizemos isto a elas podemos ver as emoções irem a outro polo. Sai o rosto de quem é o proprietário orgulhoso da razão e entra o sentimental beicinho e a frase: tá bem, é sempre assim, eu sou a errada, vocês estão sempre certos. 
E porque isto hoje? Porque tcham tcham tcham... tambores...não sou o Dalai Lama! Suspeitaram desde o princípio? É porque eu acho que tem gente que pensa que sou. E não, não é porque uso roupas compridas (ahahah nunca usei). Hoje me saltou a tampa, fiquei com a macaca, mas nem sequer posso por a culpa na tpm porque já estou no fim disto. Conhecem a minha querida sogra, já apresentei ela por aqui? É uma velha carola, daquelas que acorda as 5 da manhã para rezar o terço e canta o dia inteiro músicas de igreja. Acho que não tinha dito ainda que ela é surda, embora aprecie a surdez para dizer bem alto coisas do tipo para implicar e quem pegar aquilo para si começa já uma discussão em que ela tem de sempre sair vitoriosa, ao menos na sua cabeça, porque as tantas desistimos e a velha continua a falar sozinha. 
Já repararam que as discussões sempre começam pelo motivo mais bobo? E que dentro delas vai crescendo uma onda gigante de indignação e mágoa, onda esta que se escondia durante todo o período que tentamos bravamente manter a calma? Comigo é assim. Estou a mais ou menos mês e meio ininterruptos a ouvir bocas. Todo dia é uma novidade, pergunto-me se vai ser de manhã, à tarde ou à noite. Tenho tentado mesmo, mas muito mesmo manter a calma, ficar em silêncio, contar até mil, sair de perto, desabafar para o marido, enfim...são muitas táticas que uso. Mas não adianta. O problema é que o problema em si não muda. Eu acho que é o meu carma. Não quero ser a coitada que só sofre,eu sei que tenho meus defeitos e tenho um gênio difícil que só o meu amor para me aguentar. Porém quando estou na casa dos outros tento sempre me segurar, tento respeitar a forma da dona da casa de ser e levar a sua vida, mesmo que a forma de levar a sua vida seja ficar resmungando o dia todo coisas sobre mim e o meu marido e o pedreiro e sei lá mais quem. É que machuca. É que irrita. É que estamos numa puta duma situação de merda e paciência é o que menos sobra. É que sabemos que não é nosso canto e que não mandamos nada.   
Hoje a discussão foi por que ela queria que lavasse e guardasse a louça. Até aí tudo bem, concordo, porém a louça já estava lavada e não tinha sido guardada porque o marido e ela estavam ocupando a cozinha e a cozinha é onde era a área de serviço, ou seja, tem só um metro quadrado mais ou menos (porque ela o quis). Eu disse então o porque de não ter guardado a louça e ela então começou a ironizar que quando eu viesse da outra vez tinhade fazer uma cozinha maior só para mim. E que eu ainda estava de camisola e que não suportava me ver assim em pleno domingo (?!) deste jeito, e que eu não sou uma boa mãe, uma boa dona de casa, que onde já se viu. Onde já se viu o que? A casa não é minha, ela quer que eu levante com paninho na mão e vá dormir de vassoura? Não basta o que fiz no aniversário dela? Que nenhuma das noras e netas fez na vida? Mas ela disse com todas as letras que não bastava, que preciso fazer mais. Mais…mais… as pessoas sempre querem que a gente faça mais, que a gente mude mais. E nunca é o bastante. O nosso mais é pouco para elas. Porque elas não conseguem ver a luta interior que é para ser mais. E melhor.
Hoje me saltou a tampa. Não sou o Dalai Lama. Disse algumas coisas que estavam presas, mas queria dizer muito mais. Às vezes penso o que a vida quer me mostrar pondo pessoas assim no meu caminho? Eu tenho mesmo feito uma análise dos meus pensamentos, das minhas ações, mas não consigo mudar para o jeito que elas querem, e também nem sei ao certo o que elas querem de fato.
Quer saber, hoje vou aproveitar que estou bem doida. Vão mais é se fuder as duas sogras da nossa vida. Vão mais é a merda!!! 

sábado, 17 de novembro de 2012

10 coisas inúteis musthave# para pais de primeira viagem

Quando estamos esperando o primeiro (e às vezes último) rebento temos a impressão de que de repente caímos em um mundo estranho. E entre fraldas e mamadeiras, de repente há uma série de pessoas, inclusive desconhecidas, que tem sempre um palpite a dar. E claro, como se não bastasse a confusão toda, a felicidade e/ou surpresa da notícia, as tias e futuras avós com os seus chás e conselhos, temos a mídia, esta malvada insaciável. E então, eis que muitos pré-papais são bombardeados com emails e propagandas nas revistas e sites com uma série de itens totalmente indispensáveis para esta aventura que é criar outro ser humano. Tenho a noção de que comprei algumas coisas inúteis e sei também que cada bebê é diferente, o que funciona com um, pode nem fazer coçar o outro. É por isto que esta lista tem como base a minha experiência (e também a de algumas pessoas que conheço).




Espreguiçadeiras hig tech#
Quanto mais sem noção melhor, com luzes, com músicas, com programa para girar e tremer. Coitada da criança, deve parecer que esta em um liquidificador. Não sei quanto a vocês, mas as pesquisas recentes apontam para que bebês gostam mesmo é de colo e aconchego. O meu então ficava o tempo todo ao meu lado sem descanso. Tive uma espreguiçadeira emprestada daquelas bem simples e ele sentou ali duas vezes e nunca mais. Média de preço: de 200 a 400 reais.




Esquentador de mamadeira# 
Sério que alguém compra uma coisa destas? Tá bem, é elétrico e tals, mas se você não costuma acampar e carregar junto um minigerador, é uma tralha. É caro e não é lá muito útil para quem tem um microondas em casa, são só 20 segundos e já está, enquanto o aparelho demora mais que o triplo do tempo. E quando se tem um bebê desesperado gritando no seu ouvido de madrugada, meu filho, tempo é muito importante.



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Tapete de atividades#
Ou deveria chamar de tapete do grito? Esta eu marchei. Admito que comprei um, mas foi no minipreço, dos males o menor. Como eu já disse, o Fabian foi daqueles bebês que queriam sempre estar no colo ou no mínimo encostado em alguém. Ele olhou para aqueles bonecos pouquíssimas vezes, olhou para o espelho, mas depois de ver que aquilo não saía, irritou-se e toda vez que tentava pô-lo era um berreiro só. ps: eu acho que estes bebês de anúncio são montagem. Quer um substituto? Põe ele embaixo de um varal olhando para as ceroulas da vovó. Dá no mesmo.

Babá eletrônica#
Se você não mora em uma casa de mais de quinze quartos, então provavelmente é frescura. Isto porque ouve-se um bebê chorar pelo menos num raio de um km, ainda mais quando estão esfomeados. Imagina que tem gente que escuta os vizinhos transando e acham que não vão escutar os decibéis do anjinho ali ao lado. Só para terem a ideia de quanto custa uma brincadeira destas: entre 500 e 700 reais.




Coleira para crianças#
Esta foi uma indicação de uma amiga que se arrependeu de não ter comprado. Fora o fato de ser no mínimo esquisito e parecer que se está passeando um cachorro, só me vem à cabeça o personagem dos Simpsons e os seus óctuplus, o que este produto oferece é a ideia de poupar um pouco nossas pernas quando os pequenos entram na fase de fugir de nós (ou seja dos 2 aos 20 anos). Porque é inútil? Porque apesar de tentador isto não resolve o estresse de ter de arrastá-los porque a birra vai ser grande. Imagine assim: tentamos conter um potro com uma cerca de papelão. Até pode iludi-los por algum tempo, mas depois vamos ter de dar aqueles berros. Conselho: deixemo-nos de esquisitices e toca a correr atrás das pestinhas. É mais saudável e ainda queimamos aqueles pneus da gravidez.





Chupetas termômetro#
Eu sei que a tentação é grande, mas contém-te mãe neurótica que habita em cada uma de nós. E isto aproveito para dizer, chupetas, roupas indicadoras de febre, colheres que mudam de cor se a comida está quente, etc.  É fácil perceber estas coisas...e o bom e velho modo de medir a febre dá para o gasto, até aqueles mais modernos que podemos verificar pela testa ou ouvido são bons.

Rede para comer frutas#
Em que mundo estamos? Realmente não sei como nossos pais conseguiram nos criar sem toda esta segurança que é oferecida hoje para nossas crianças. Sério que precisam disto para comer fruta ou qualquer outro alimento sólido? Não basta por nas mãos em pedacinhos e ficarmos por perto? Se pode se engasgar? Pode, mas nada de um tapinha nas costas não resolva. Aliás, estamos vivos para contar não é?

Sapatos de bebê#
Tá certo, eles são fofos, muitoooo fofos. E se tiver esperando uma menina as chances de ir a loucura com a variedade são o dobro do que uma pré-mamãe de menino. Porque é inútil? Porque se não for aqueles de tricô oferecido pelas avós e se não morarmos em um lugar frio, há grande probabilidade de serem usados uma única vez se muito. Porque nos primeiros tempos o melhor e mais confortável para os bebês são mesmo os tiptops (babygrows) e sendo assim, quando for a hora de tirar aquela foto é possível que o pezinho já nem entre nos tênis adidas tamanho XS. Sugestão: deixe para as tias e madrinhas e guarde dinheiro para as fraldas. Você não tem ideia de como vai precisar.
Quarto temático#
Em Portugal não é tão comum, mas no Brasil há uma necessidade de reproduzir aqueles quartos de revista, com direito a papel de parede, pinturas, quadros, cadeira de amamentação (bonita porém desconfortável), lustres, etc. O problema é que se investe muito dinheiro e o quarto fica obsoleto antes mesmo de terminar as prestações do cartão de crédito.
Almofada de amamentação#
Qualquer apoio serve! O braço do sofá, a barriga do marido, até (pasmem) as almofadas comuns que já temos. Não precisa sair comprando e fazendo coleção das mais compridas, das mais fofas, das mais coloridas. Tem mães que nem chegam a amamentar mais de dois meses... E estes foram o que me vieram à cabeça porque podia ficar o dia inteiro falando sobre isto. Hoje há tantas, mas tantas coisas inúteis que nos convenceram de que são indispensáveis para o nosso conforto e dos nossos filhos, que se não mantivermos o bom senso a vinda do bebê abre uma cratera no orçamento. Mas lá está, às vezes  tem coisas que só aprendemos com a experiência. E vocês o que compraram que acham que não valeu a pena?

Who wears shorts short?

É... agora calor chegou mesmo para ficar e com ele a vontade inevitável de mostrar as carnes. Não sou daquelas que olham feio para meninas de roupa curta, como já disse aqui, eu olho e admiro (e às vezes me entristeço porque as minhas pernas já conheceram melhor forma). No entanto, também não vamos ser hipócritas pois que as roupas curtas exigem corpo em dia, não há a menor dúvida. Mas para mim o grande teste da boa forma é o famoso shortinho. Até eu ficava com receio de usar mesmo quando estava nos meus 58 kgs. Implicava com as gordurinhas e culotes que imaginava sempre maiores do na realidade e aquela bolsinha chata no meio das pernas era o que mais me incomodava. 
Conjunto completo: putamodeon#
Mas o shortinho exige além daquele corpinho sarado, elegância, muita elegância. Se você não possui pernas de garça como aquelas modelos, o melhor é ter cuidado porque do contrário corre-se o risco de ser confundida com aquelas meninas de vida fácil. Vocês sabem, as putas. E a forma principal para este feito nem fica pelo comprimento, é mesmo o conjunto. Acho terrível quem usa com botas, brincos enormes e batom forte, é quase um letreiro neon de estar ali, pronta para o trabalho. 
Aquilo é vulgar, isto é sexy.
Aí vai uma foto de uma garota normal, já que a outra parecia  ter perna de garça.
Para não ter erro, uma sandália rasteira, uma blusa que cubra a barriga, não necessariamente um casaco por cima como tenho reparado pelas fotos do google. E isto que nem sou lá grande entendedora de moda, além disto são conselhos tão simples de seguir que hoje em dia só é vulgar quem quer. Sinceramente não sei porque tem gente que gosta tanto de chamar atenção pela negativa. Usando roupas assim estas mulheres só vão atrair operários, bêbados e aqueles velhos tarados. Se seguirem a regra básica do tapa aqui esconde ali, talvez comecem a atrair a atenção daqueles de quem realmente valha a pena escutar cantada. 
Aí ele olha para você e diz: preciso voltar a estudar mitologia grega. Esta deusa eu  não conhecia!
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