sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O que me inspira

Paciência

Eu não me basto

Eu sei que já vi por aí naquelas pílulas de sabedoria do facebook, algumas frases do gênero "a felicidade não depende de ninguém além de nós mesmos", "não devemos transferir para os outros as nossas expectativas", entre outras que muda-se as palavras, mas a essência é sempre a mesma. Pois concordo em tese com isto, ainda mais agora que há cada vez mais gente armada em psicóloga da internet e que todos tem a chave da felicidade em suas mãos, a mim nunca me pareceu tão difícil ser feliz.  Isto porque infelizmente eu não me basto. Preciso de alguém para me ajudar a ser feliz, para dividir minhas angústias que ultimamente tem sido muitas, para me dar um abraço e um cafuné. Eu preciso do meu marido para me sentir bem. Sem ele fico meio à deriva, perdida com o Fabian, porque ele tem uma paciência de Jó e eu, bem eu tento muito me controlar e às vezes consigo, às vezes não. Hoje por exemplo, tive vontade de largar ele no mercado. Virar o carrinho e sair assoviando a olhar para outro lado, porque esta peste só fez de tudo desde a hora que levantou. Só birras e mais birras.
Sei bem lá no fundo que deveria ser mais autónoma emocionalmente, que deveria ser mais forte, não parecer, mas ser mais forte. Mas não sou. Por vezes venço meus medos, outras deixo-me ser engolida por eles, por vezes sorrio e aguento o peso do mundo e por vezes eu quebro, eu choro, eu destruo tudo. Tive uma vez um professor que dizia que nós temos de ter menos expectativas conosco, temos de aceitar que não conseguimos chegar lá, que estamos a todo momento fazendo o melhor que podemos. E será que não há uma supervalorização da felicidade? De que temos de ser felizes todos os dias, de que temos de ser felizes com o que temos, de que temos de nos bastar? Mas e quem é que se basta?
Acredito que a felicidade é confundida com euforia. Ninguém pode ter um orgasmo que dure mais que meia hora (dizem que os porcos...que inveja dos porcos...), niguém fica feliz com uma notícia depois de uma hora. Nem se ganhar na loteria. Quando fiquei grávida por mais ou menos quinze minutos fui a pessoa mais feliz do mundo (acho eu), senti uma sensação de explosão, de preenchimento e de repente eu não cabia no meu corpo sentada, eu queria sorrir, sorrir e gritar. Mas passou. Com o tempo passou, diminuiu e voltei a mim, acostumei-me com a ideia. E de cada vez que lembrava nunca mais foi com a mesma sensação como da primeira vez. Felicidade como usualmente a entendemos assemelha-se muito ao efeito de uma droga. E dizem as pesquisas que para o cérebro não há mesmo distinção. Agora felicidade como eu entendo hoje tem mais a ver com paz. E com momentos. Ninguém é feliz um dia inteiro. Uma semana inteira. Mas alguém pode ser feliz por quinze minutos. Alguém pode ser feliz em um jantar, jogando bola, fazendo amor. Alguém pode ser feliz escrevendo, vendo o filho dormir quietinho, sentindo o cheiro da casa recém limpa. Alguém pode ser feliz nos minutos que acaricia o cachorro. Ou quando recebe um telefonema. Um abraço. Alguém pode ser feliz quando não está infeliz. Isto porque a felicidade não é cocaína, a felicidade é paz, é ausência de sofrimento. Então posso dizer que em muitos momentos sou uma mulher feliz. Completa. E mesmo não me bastando, sou feliz. Tenho alguém que me ama e respeita e que por minha vez também amo e respeito. Isto é felicidade. E isto basta.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Os nomes de antigamente

Os brasileiros são conhecidos pelos nomes estranhos e estrangeirados é verdade. Só acho um pouco injusto pois que em outros países também é assim, inclusive nos EUA, ou não se lembram dos filhos das celebridades do tipo a Apple filha da atriz Gwyneth Paltrow? Aqui há outros exemplos.
E no meio de tantos Cleversons, Braian, Uilhans (willian), Béberlis, esquecemos que antigamente não havia somente Antônios e Joãos. Eis aqui alguns nomes da época que chic mesmo era falar francês.
Meu marido uma vez contou que quando era jovem tinham uma empregada que se chamava Edone, que era casada com o seu Mirtírio. Só depois de um longo tempo descobriram nos documentos dela que o nome era Idônia e o marido se chamava Martírio.
Gilete era o nome de uma velhinha na praia que eu costumava ir todos os anos.
Percílio é o nome do meu falecido sogro.
Maturino é o pai do meu padrasto.
Lothário é o avô do meu marido.
Inocência é uma amiga da minha sogra.
Emerenciana é o nome do meio da minha avó.
Haidé é o nome do meio da minha madrinha.
As tias do meu marido também tem lá uns nomes esquisitos: Diná e Dedite.
A minha dinda teve uma vez uma vizinha que se chamava Bélgica. E por aí vai...

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Para o Natal...

Se eu tivesse minha casa, a árvore já estaria montada desde o início do mês, porque isso de datas certinhas não é lá comigo, já repararam que a minha casa virtual está equipada né? Agora quanto ao Natal vamos passar na praia, os três. Depois daquela discussão peguei no Fabian e nas nossas malas e vim para a minha mãe. Hoje o marido tem entrevista em outro estado, vamos ver se não é finalmente o nosso presente de Natal. Já nem sei, nem quero saber porque as tantas começo a desanimar se faço planos e depois nada se realiza. Então temos levado a vida assim um dia após o outro... E este período a sós vai fazer-nos muito bem. E assim aproveito e deixo a casa limpa para quando a sogra for lá pelo fim do ano, e aí nós voltamos para são Leopoldo. Porque agora preciso de paz, não quero me estressar com ninguém. Eu percebo que sou uma pessoa que guarda muita mágoa, mas que depois de explodir sou difícil de voltar atras. Imagino que deveria deixar saltar a tampa aos pouquinhos assim a sujeira não seria tão grande. Mas paciência, acho eu que para conviver é preciso troca e cedência de ambos os lados. Estou cansada de segurar sozinha a corda. Então é assim, Natal em família, a família que realmente importa. Espero que o bom velhinho não se esqueça de nós. Eu juro que tenho me comportado este ano!!
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