terça-feira, 27 de novembro de 2012

O mar

Hoje fomos à praia duas vezes. Não levei cadeira nem guarda-sol nem nada, só um balde e toalha, afinal eu sou mãe de um menino de dois anos, que que eu espero? Ler de bunda para cima durante duas horas?? Nãooo, acho que devo ter feito uns tantos boios de calate (chocolate) e turugas e pão de queju. Depois umas tantas puladas e fugidas de ondas naquele mar castanho que mais parece um Nescau. Mas estava bom, apesar de não ter o esmeralda de Cascais, a temperatura compensa. Se a mamãe aqui não estivesse um boto rosa tinha entrado um pouco mais. Enfim!
Quanto ao desfralde, decidi adiar. Pelo menos até termos a nossa casa ou quando ele mesmo comece a querer o penico. Não sei o que vai ser o primeiro hehehe! 
Como é bom estar perto do mar!! Esta era uma das coisas que senti falta ao voltar para o Brasil. Gosto do cheiro, gosto de caminhar ou correr a olhar o mar. Gosto de não ir, mas saber que está lá para quando eu quiser. Quando olho para ele sinto medo, mas ao mesmo tempo gosto de ver as ondas se formando e arrebentando. A espuma nas bordas vindo vagarosamente pousar aos meus pés. A areia fina e fofa cedendo, as conchas e as tatuíras enterrando-se a cada vez que o mar se recolhe. Aquele movimento de ir e vir ir e vir incessante dá uma sensação de segurança. Faz sentir-me parte do mundo, da melodia da natureza, das suas leis. E também me dá um pouco de esperança de que tudo que me foi tomado me será devolvido, porque é assim que acontece no mar. Uma onda após a outra, um ciclo que se fecha para logo em seguida outro se abrir.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Na praia


Hoje o dia foi de muito trabalho, muita faxina. Não parei desde de manhã... aff esta casa não via escova há muito tempo. Amanhã quero ver se levo o Fabian na praia para ele brincar na areia e quem sabe no mar. Comecei muito de fininho o desfralde. O moço não quer saber de fazer coco no penico, chora quando tiro a fralda e pede para por de volta. Por enquanto não tenho tempo para cuidar quando ele se prepara para fazer coco, porque ainda tenho mais uns dois dias de limpeza, mas depois sim vou começar mais a sério. Acho que vou tirar a fralda e deixar ele de calção até para perceber quando faz xixi. Mas tenho que ir com calma, ele não é uma criança qualquer. Ele anda sentido como nós por esta situação, isto deixa-o inseguro o fato de a gente estar constantemente mudando-se. Quando ele viu que estava arrumando a mala ontem, disse para mim: mamãe, mamo mudá di casa? 
Bem vou indo que hoje to cansada mesmo! Só quero saber de por os pés para cima :)

sábado, 24 de novembro de 2012

Conviver

Existe alguém fácil de conviver? Para mim todo mundo é difícil de conviver. Até a gente mesmo. Quantas vezes me deixo falando sozinha e vou ouvir música, tomar banho, sair para correr? Para conviver há que ter jogo de cintura, não é com tango que se preserva a paz, é com rumba, é com samba. Precisamos saber calar, mas também precisamos escolher que guerras vamos sustentar a fim de que nossa personalidade não perca o viço. Precisamos errar, discutir, sacudir a poeira para por tudo nos eixos outra vez. Coisa que admito tenho dificuldades, pois quando vejo já vai o trem desgovernado rumo ao precipício.  
Quando comecei a me interessar por espiritualidade, imaginava que tinha de ter uma tarefa neste mundo, algo que fosse grandioso, que fizesse melhor a vida de muita gente. Hoje onde vou reparo nas pessoas pela rua, fazendo o seu trabalho, nos vendedores, nos mecânicos, nos varredores na calçada. Penso que missão, que tarefa terá cada um deles. Mas alguém tem de servir, de arrumar os carros, de dirigir um ônibus. Alguém tem de recolher o lixo. Mas e não estamos todos aqui por algum motivo? Percebi que não está destinado a ninguém algo grandioso, salvo excessões como Gandhi, Jesus, Buddah, etc. O que nos é pedido não é nada além de fazer o bem para a gente ao nosso redor. É fazer o favor de convivermos em paz. A própria palavra conviver implica em contato, em intimidade de certa forma. Se convivermos com harmonia com os nossos já estamos mudando o mundo. E não quer dizer que por ser simples que seja fácil. Mas é um consolo saber que não é esperado nada além do nosso alcance, que a missão grandiosa está em conviver, conosco principalmente. E não, ninguém é fácil de conviver. Então melhor aprender a sambar. E a cantar ao mesmo tempo. Diz-se que quem canta os males espanta. Os males não sei, mas pode-se evitar algumas discussões enquanto mantém-se os ouvidos ocupados pelo som da própria voz. 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

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