sábado, 8 de dezembro de 2012

Confissões de uma noveleira assumida

Estranho mesmo é olhar para as novelas e ver os atores mais moços que há vinte anos atrás. É ver as caras inchadas quase sem expressão quando a profissão que escolheram exigem-na, aliás, grita por rostos com sentimento, por movimentos credíveis, por sorrisos e beijos apaixonados. Mas não. Muitas vezes penso que os zumbis tem melhor atuação. 
Outra coisa é o fato da mocinha com mais de 30 passar direto para mãe de adolescentes, depois para mãe de filhos adultos quando atinge a idade da loba (quem vê novela sabe). E aos 50 é só a vovó da turma ou a solteirona ah e como poderia esquecer, também pode ser vilã. Raros são os exemplos em que uma mulher madura tem grande protagonismo, as exceções devem ser Fina Estampa (Lília Cabral) e Senhora do Destino (Susana Vieira). A tv não combina com rugas. Pelo menos é o que faz crer estes últimos anos de cultura noveleira. É o que tem de certa forma obrigado não só atores, como também artistas a se fantasiar de jovens com AVC. É triste, empobrece. E o problema de quem começa é mais ou menos como tatuagem: já viu alguém parar nas estrelinhas no pé?

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Domingo de chuva

Ela balançava os pés sobre a poça de água que se formara com a chuva do dia anterior. Vez por outra molhava a ponta dos sapatos mary jane e a cada vez que passava-os pela poça eles ficavam brilhantes para logo após arrastarem no barro que circundava a água turva. Ficou assim por longos minutos a observar as pombas caminhando com seus pescoços para frente e para trás. Estava triste. Antes. Mas agora não sabia o que sentia e se sentia. Mas sentia sim, um vazio. Tudo dentro dela parecia branco. Um oco. Um eco. Poderia ouvir-se a gritar por dentro se houvesse voz. Mas não havia. Então pensou que talvez sentisse saudade de si. Queria visitar-se e não sabia como. Havia muito tempo que não se via, que não se falava. Talvez já nem lembrasse mais o seu endereço. 
Mais pombas voavam e voltavam. Algumas eram corridas pelas maiores quando encontravam comida. A inveja, a cobiça, também existem na natureza, não é privilégio nosso. Nós apenas damos nomes. Complicamos. Escondemos, enquanto deveríamos aceitar que em algum momento seremos o vilão da história dos outros. 
 As pombas bicavam-se por miolos de pão. Algumas pessoas fazem o mesmo por dinheiro e atenção. E enquanto todo mundo fingia que isto tudo é pecado, ela concordou em perdoar sua ausência para ser feliz. Ela vestiu-se da cabeça aos pés, preenchendo-se do vazio. E enquanto todos teimavam em ser uns para os outros, ela foi embora pensando que não havia nada mais triste do que alguém abandonado por si mesmo. E agora não sentia-se triste. Não sentia saudade. Mas sentia. Sentia-se



Acontecenavidareal#

O Fabian e o pai foram no mercadinho da esquina comprar tomate. Chegando lá entra e diz para a moça do caixa: Tomati.
A dona do lugar que sempre derrete-se quando ele vai lá diz para o marido:
- Ele é teu filho?
- Sim...apesar de parecer mais meu neto. Mas já estou acostumado.
- Não...não é por isto. É que ele é tão bonitinho!
O marido com sorriso amarelo:
- É que puxou a mãe.


Ps: hahahah o que eu to incomodando ele até agora por causa do "bonitinho"!

Mais ou menos isto lol!


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