terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Eu to ficando velha, eu to ficando louca



É assim...28 anos, mas eu quase diria que se pode inverter os números lol. Ao menos o dia é meu, todo meu e ainda bem que não conheço ninguém que faça aniversário hoje, o que reforça a crença de que o dia é mesmo só meu. Parabéns para mim então! E nem vem tirar meu riso frouxo com algum conselho, que hoje eu passei batom vermelho..."eu queria ter a alegria como dom e em cada canto ver um lado bom".

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Odeio ser mãe

Além do que já tinha dito aqui sobre as pessoas procurarem no google "porque quero ser mãe" e virem parar aqui, descobri ha pouco tempo que também vem quando digitam "odeio ser mãe". Como imaginava quando escrevi isto, não sou a única a não gostar de ser mãe. Eu gosto do meu filho, sei que não tem em absoluto a ver com ele. Sou eu simplesmente. É como se algo em mim estivesse quebrado, ou seco. Descobri-me incapaz de dar amor. Não tem só a ver com egoísmo, com a vontade de ser eu, o eu que era antes dele. A verdade é que 90% do tempo não gosto de ser mãe. E repito, não é por ele, é por mim. Agora estando aqui com a minha mãe, tenho reparado no quanto me irrita alguém depender de mim. Fico revoltada, irascível muitas vezes. Não gosto de dar de mim. E pergunto-me o porque. Não fui uma criança mal amada, sempre tive cercada dos meus avós e padrinhos, e embora ache que a minha mãe não deu o que eu achava que merecia, sei que no fundo, do jeito dela, gosta de mim. 
Um filho muda tudo, isto muda. Meu casamento não ficou horrível, mas ficou diferente. Antes tínhamos todo o tempo para nós. Eu tinha um marido que me mimava, que fazia todas as minhas vontades e hoje tenho que dividi-lo com o meu filho. E tantas vezes tenho que contentar-me com o tempo que sobra quando o Fabian dorme. Mas isto acontece com todos os casais e não é desculpa para sentir-me assim. Realmente queria poder ajudar estas mães que como eu, sentem-se desenquadradas e doloridas  pelo fato de não conseguirem o que é suposto serem. E dói muito. Porque sentimentos não são coisas que se podem forçar. Existe um processo de conformismo, mas é um longo caminho para se chegar à aceitação e sabe-se lá ao amor. Será que por não amarmos nossos filhos não conseguiremos amar ninguém? Será que só existe esta forma de amor incondicional? Porque machuca tanto vermos esta filosofia espalhada descaradamente de que ser mãe é a melhor coisa do mundo, de que só depois de ser mãe se descobre o que é amor, de que existe algo qualquer de maravilhoso a que não fomos incluídas e para isto não se tornar mais vergonhoso, temos de fingir? Porque a saída é fingir e não ir ao fundo destas questões? Atenção que aqui não falo de mães modernas que sentiram-se "obrigadas" a ter filhos, falo de mulheres que queriam ter desde o início, mas que por motivos diversos não gostam desta experiência. O que podemos fazer a respeito disto? Um grupo de ajuda? Existe alguma forma de luz no fim deste túnel? Alguma espécie de odeio-ser-mãe anônimas? Digam qualquer coisa se há alguém aí nesta blogosfera a escutar-me.

* as meninas que estiverem interessadas, temos um grupo secreto no facebook. Mandem email ou comentário com o link do perfil para serem adicionadas. Obviamente não será publicado. Não esqueçam de olhar na pasta "outras" de mensagens do facebook, pois como o grupo é secreto, preciso adicioná-las ao meu perfil.

Editado:

POR FAVOR olhem na pasta outros das mensagens no facebook! Muitas meninas mandam os links mas não obtenho resposta...

A criatividade dos publicitários


Você percebe que é diferente quando...


As histórias que inventava para as bonecas passam pela Barbie trair o Bob com o Ken, a Skipper andar a se atirar ao tio, o Tommy ser uma peste de criança, e o Ken depois de descobrir tudo, virar alcoólatra. Deve ser por isto que as minhas amigas não se cansavam de brincar comigo.
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