quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Facebookeando


A academia e as minhas esquisitices

Quando penso em academia, a primeira imagem que me vem à cabeça é isto.

O marido ri das minhas músicas, eu aqui acho-me muito eclética e orgulho-me disto. Há de tudo, rock, reggae, samba e pop, muito pop. Sabem porque? Desculpem-me os taradinhos do jazz, da música clássica, da bossa nova, mas para mexer o bumbum só mesmo coisas com pegada. Aliás é só procurarem na net que está mais que provado que as músicas que auxiliam no aumento do ritmo cardíaco devem ter as batidas mais rápidas. 
Outro ponto, procuro sempre ir nos horários menos movimentados. Detesto aquela dança das cadeiras, detesto gente que usa um aparelho e deixa suas marquinhas de suor. Eu limpo sempre. Tenho muito em mente o que não gostaria que me fizessem.
Tenho o cuidado de tomar banho antes. Simplesmente não consigo suar sabendo que já suei antes e que talvez o desodorante possa ficar vencido. E coloco na virilha também. Sim, tem gente que acha que é só por na suvaqueira que o negócio fica resolvido. Mas não. É só ir ali no abdutor e adutor para verem que é mesmo necessário um jeitinho ali nas partes.
Quando estava magra ia com roupa curtinha, hoje tenho espelho e vou de short mais comprido e nada de barriga de fora (por enquanto).
Evito olhar para os espelhos. A mim parecem aquelas coisas de atração em parque. Achatam até não poder mais, as tantas ando a procurar o pescoço e as pernas ficam ali entre o pernil de porco e os braços, dois salames dos gordos. Não. Olhar para os espelhos da academia é uma morte à auto estima. Parece que quanto mais fazemos mais gordos e disformes ficamos. 
Maquiagem na academia? O Jhonny Depp entende disto!

Não entendo quem vá malhar e suar como se fosse para uma festa. É rimel borrado, é batom vermelho, é perfume daqueles de deixar qualquer cristão tonto, é brinco exagerado, argolas até o queixo. Será que enquanto se está de quatro a levantar caneleiras isto lhes confere alguma dignidade? Acordem moças, ainda não inventaram um longo em suplex, adivinhem porque!
Quando estou lá na elíptica ou correndo (morrendo) na esteira, sou invadida por dois pensamentos tal como se de um mantra se tratasse. Realiza uma morena linda, escultural a correr soltinha de biquini branco ao lado daquele mar caribenho. Ela é leve como uma gazela a pular e a correr, ela não transpira, não tem mau cheiro, o seu cabelo é macio e o biquini nunca entra no rego. Maravilha. Ela sou eu, em outra vida, claro! E o segundo é assim, imaginem uma morena outra vez, ela está de vestido justo, preto de vinil, atrás dela está um Ferrari ou qualquer um destes carros aumentadores de pênis. Ela tem os saltos altos, mas anda graciosamente. Pulam fashs e homens bonitos e confusos ante a beleza dos dois componentes da cena. Ela está maquiada, mas não como uma mulher vulgar e sim como aquelas modelos que desfilam de lingerie. Agora acordem e respirem. Não esqueçam de respirar que vem aí uma subida. Lembra dos peitos. É claro que tem silicone. Lembra do nariz, esculpido pelo Pitanguy. E lembra de por tudo no facebook porque não tem graça ficar assim gostosa sem que os outros saibam.
E é assim, às vezes fico imaginando o que os outros pensam quando estão lá naquela chatice de um pé para frente outro para trás sem sair do lugar. Vocês ao menos já sabem o que penso. Esquisitices à parte, o importante é recomeçar! E eu já vou na terceira vez.
(Feel like a boss) Quantos Rocky's foram mesmo?


quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Os sapos que engoli depois de ter filho


O mundo divide-se em quem tem filhos (pequenos) e os outros. Os que são ainda filhos. Os que já nem se lembram mais de como foi, mas acreditam piamente que seus filhos foram muito educados. Os que dizem "no meu tempo não era assim". Os que não suportam crianças barulhentas (ou seja, quase todas). Os impacientes. Os implicantes. Os doutores em educação com menção honrosa dada pela vida. Enfim, muitos outros. Mas há qualquer coisa em ser-se mãe ou pai de uma criança pequena e este argumento ninguém nos pode tirar: quem está ali  com a pedra no sapato, a moer-se de incômodo somos nós. Não eles. E isto faz muita diferença. 
Lembro-me de inúmeras vezes assistir ao show de alguma criança a berrar no supermercado ou em outro lugar público qualquer com um monte de gente a passar e olhar. Via aquilo e prontamente pensava "que criança mal educada", que horror! Quando tiver um filho, não vou passar por isto porque vou educá-lo bem. E como sempre o peixe morre pela boca, descobri depois de ter um que todas, mas todas as crianças saudáveis testam os pais. Não quer dizer que todas vão se atirar ao chão, mas em algum momento, estejam preparados para o pior: o olhar dos outros.
 Hoje percebo que a tal criança que se atira ao chão não é mal educada por ter tido esta atitude, antes observo a reação dos pais. Se eles fazem o que ela quer, ou se nada dizem, posso dizer que aí  está a chave para o reforço deste comportamento. Agora se os pais procuram conversar, distrair, dizer (como eu digo) pode chorar, não faço todas as tuas vontades, aí então posso dizer que esta criança está sendo bem educada. Mas claro,  é preciso ter a noção de que isto é apenas uma situação pontual. Não estamos presentes em vários momentos desta família para poder "rotular" a educação que ela recebe. E é por isto que as pessoas que não tem filhos ou que não tem filhos pequenos, não entendem o que se passa nesta questão de educação/birras. Primeiro porque como já disse, temos tendência a julgar com base no que vemos naquele momento. Ora uma criança não pode ter um dia não? Um pai não pode naquele momento lhe fazer a vontade e depois voltar à hábitos mais rígidos? Um pai não pode estar com a cabeça cheia de problemas e justo naquela situação lhe faltar as forças e a vontade para dar-lhe um corretivo ali na hora, quando o que mais lhe apetece é mandar tudo a puta que o pariu?
Quando convivemos mais tempo com uma criança, podemos de fato fazer conjecturas a respeito de sua educação, se é bem ou mal gerida e como faríamos nós naquela situação. Acontece que é apenas uma idealização, não somos nós ali 24 horas por dia, não somos nós que ficamos, somos (eu era) os que viram as costas e voltam para a nossa casinha bem arrumada, silenciosa e sem birras. Esta é uma daquelas coisas na vida em que se diz: depois que passares por isto, conversamos. Não adianta meus senhores andarem a criticar e a julgar com base em futuro do pretérito ou estarem colados ao passado (a nossa mente tem uma tendência para desvio a fim de confirmar nossas crenças). Agora uma coisa posso dizer:  preparem a vossa garganta para os sapos que eventualmente passarão por ali.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

As fraldas e os filhos (agora aguentem)

Há uma crença geral de que se a criança está em uma creche convivendo consequentemente com outras crianças ou se está rodeada de irmãos, será mais fácil imitar o comportamento de deixar sua "manufatura" no lugar devido. Acontece que do pouco, que acreditem já é o bastante, que tenho visto e lido, relativiza esta crença. O coco e o xixi, suas primeiras obras primas, estão muito mais simbolizadas individualmente através da maturação emocional e por sua vez pessoal do que relacionadas única e exclusivamente ao meio social em que esta se encontra. Portanto minhas caras, não é lá por ter irmãos ou por ter outras crianças para brincar que isto será mais rápido. Ele até tem um irmão para lhe ensinar, mas o irmão tem 28 anos e está sentado no computador com sua barba espessa, acho que pouco lhe diz sobre imitação. 
Os xixis são muitos, às vezes ele nem se importa se está molhado. Estas últimas não avisou. O coco é sempre embaixo da mesa. Já tentei que fizesse no vaso, mas ele não quer de jeito nenhum, tranca. Resolvi deixar ele fazer na calça mesmo. Depois que cai no chão, eu junto e pego ele pela mão para que veja o coco indo para a casinha dele. Sinceramente não sei se estou fazendo certo, só sei que cansei de esperar que chegasse a hora, porque a hora não ia chegar antes de vir o inverno.  
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