sábado, 26 de janeiro de 2013

Como eu me sinto quando procuro as ex do marido na net


Eu: Tu transaste com isto? E achavas bonita?
Ele: Mas ela era bonita. Ainda é um pouco...
Eu: Uuuui! Um arraso...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Eis aqui alguém que não se esconde


Chegamos naquela salinha improvisada, ele esperou que entrasse e chaveou a porta. Ali ficamos, mede isto, afasta aquilo, aperta ali, escorrega lá. Até me sentir completamente enquadrada em números. Mas faltava aquele, o terrível, do qual não podia me esquivar. Então como vai ser?, pergunto-lhe. E ele: com meias por favor. Está preparada? E eu, sim, como sempre. Não sou uma mulher de rodeios, subi com firmeza e já antevia o resultado. Ele exclamou, "pô". Um pô assim, seco. Não era de muitas conversas. Também eu olhei para baixo timidamente. Um número saltava e ele anotou. 76.6 quilos de medo, 28.5% de ansiedade. Sim, no meio disto não esqueceu dos meus 55 quilos de paciência (afinal havia alguma) misturada entre ossos e músculos. E água. Sou assim uma pessoa com sobre peso, ainda não obesa de angústias, mas com prescrição para chegar no mínimo aos 66 de bom senso. Avisei o professor de que esta se tratava não da primeira, não da segunda, mas da terceira vez que isto me acontecia. Tenho tendência para o desatino disse a ele. Ou talvez não, disse a mim mesma. 
Não sei o que se passa comigo. Tenho ânsia de tempo. Quero que ele passe, mas ao mesmo tempo quero que congele. Dá para entender? Não? Então vou explicar como aquele chocolate me chama assim, de fininho, pede-me que lhe segure e lhe ponha na boca. Sentiu? É doce, não como a vida. Muito melhor que servir nas calças naquele momento. Não, não consegues perceber. É a forma como ele se derrete na boca, a língua que lhe massageia entre o céu, transformando-lhe em um pouco de alegria pastosa. Aí ele desce garganta abaixo. E eu preciso de mais. É um doce, mas também pode ser um salgado. E o tempo, diria-me ele. O que tem o tempo a ver com isto? Ah, já esqueci-me. Está vendo, é por isto que preciso de manter a boca ocupada. Há qualquer ligação nos canais bucais com a passagem do tempo. Se estão ocupados, o tempo não tem vez. Não é simples? Agora deixa-me explicar como saíres disto, disse ele. Eu, como? Não, não come. Fecha a boca, assim. Mas então...e o tempo? Ele sacudia os ombros: deixe apenas que passe. Deixe que o tempo passe.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Facebookeando


A academia e as minhas esquisitices

Quando penso em academia, a primeira imagem que me vem à cabeça é isto.

O marido ri das minhas músicas, eu aqui acho-me muito eclética e orgulho-me disto. Há de tudo, rock, reggae, samba e pop, muito pop. Sabem porque? Desculpem-me os taradinhos do jazz, da música clássica, da bossa nova, mas para mexer o bumbum só mesmo coisas com pegada. Aliás é só procurarem na net que está mais que provado que as músicas que auxiliam no aumento do ritmo cardíaco devem ter as batidas mais rápidas. 
Outro ponto, procuro sempre ir nos horários menos movimentados. Detesto aquela dança das cadeiras, detesto gente que usa um aparelho e deixa suas marquinhas de suor. Eu limpo sempre. Tenho muito em mente o que não gostaria que me fizessem.
Tenho o cuidado de tomar banho antes. Simplesmente não consigo suar sabendo que já suei antes e que talvez o desodorante possa ficar vencido. E coloco na virilha também. Sim, tem gente que acha que é só por na suvaqueira que o negócio fica resolvido. Mas não. É só ir ali no abdutor e adutor para verem que é mesmo necessário um jeitinho ali nas partes.
Quando estava magra ia com roupa curtinha, hoje tenho espelho e vou de short mais comprido e nada de barriga de fora (por enquanto).
Evito olhar para os espelhos. A mim parecem aquelas coisas de atração em parque. Achatam até não poder mais, as tantas ando a procurar o pescoço e as pernas ficam ali entre o pernil de porco e os braços, dois salames dos gordos. Não. Olhar para os espelhos da academia é uma morte à auto estima. Parece que quanto mais fazemos mais gordos e disformes ficamos. 
Maquiagem na academia? O Jhonny Depp entende disto!

Não entendo quem vá malhar e suar como se fosse para uma festa. É rimel borrado, é batom vermelho, é perfume daqueles de deixar qualquer cristão tonto, é brinco exagerado, argolas até o queixo. Será que enquanto se está de quatro a levantar caneleiras isto lhes confere alguma dignidade? Acordem moças, ainda não inventaram um longo em suplex, adivinhem porque!
Quando estou lá na elíptica ou correndo (morrendo) na esteira, sou invadida por dois pensamentos tal como se de um mantra se tratasse. Realiza uma morena linda, escultural a correr soltinha de biquini branco ao lado daquele mar caribenho. Ela é leve como uma gazela a pular e a correr, ela não transpira, não tem mau cheiro, o seu cabelo é macio e o biquini nunca entra no rego. Maravilha. Ela sou eu, em outra vida, claro! E o segundo é assim, imaginem uma morena outra vez, ela está de vestido justo, preto de vinil, atrás dela está um Ferrari ou qualquer um destes carros aumentadores de pênis. Ela tem os saltos altos, mas anda graciosamente. Pulam fashs e homens bonitos e confusos ante a beleza dos dois componentes da cena. Ela está maquiada, mas não como uma mulher vulgar e sim como aquelas modelos que desfilam de lingerie. Agora acordem e respirem. Não esqueçam de respirar que vem aí uma subida. Lembra dos peitos. É claro que tem silicone. Lembra do nariz, esculpido pelo Pitanguy. E lembra de por tudo no facebook porque não tem graça ficar assim gostosa sem que os outros saibam.
E é assim, às vezes fico imaginando o que os outros pensam quando estão lá naquela chatice de um pé para frente outro para trás sem sair do lugar. Vocês ao menos já sabem o que penso. Esquisitices à parte, o importante é recomeçar! E eu já vou na terceira vez.
(Feel like a boss) Quantos Rocky's foram mesmo?


Web Statistics