quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Meus vizinhos mafiosos



Aqui ao lado vendem droga. Todo mundo sabe. Vem de carro ou à pé, encostam rápido, chamam no portão e lá vem um dos filhos do casal com um pacotinho. Recebe o dinheiro, recebe o pacote e vão-se embora os dois. Não há violência, não há revólver na cintura, esqueçam o vaporzinho e os outros cargos do tráfico em filmes do Rio. Há pura e simplesmente um negócio, que pelo que vi hoje, de família. Quando estava abrindo a janela do quarto, deparei com a transação ali à minha frente, do velho a observar e a velha a receber o dinheiro. Uma coisa que caracteriza o ilícito é a caricatura do ato. Se fosse uma coisa vulgar era ela a pegar o dinheiro, a contar, a conversar distraidamente enquanto o põe no bolso do avental. Mas não. Aquele pegar ligeiro da mão do outro um maço de notas amassadas, a fazer tudo em modo estranho denuncia o crime. 
Pensam que é só no Brasil e só na classe baixa? Deixa-me contar dos meus outros vizinhos mafiosos de um prédio em Estoril de classe média (alta?). A família possuía cinco carros, sendo dois comerciais e populares e três carros de luxo (Mercedes e BMW). As mulheres só saíam com "seguranças", eram dois: um a dirigir e outro a acompanhar em um carro popular. Quando não estavam em serviço, os homens passavam mais de 8 horas a olhar fixamente para o nosso antigo prédio e nem faziam questão de disfarçar. A polícia já bateu a procurar o "chefe" algumas vezes, mas nada foi feito. A família de quando em vez dava festas barulhentas no último andar até horas impróprias e ninguém fazia nada porque tinha medo. O que e que tipo de drogas vendiam não sei. Mas as mulheres saíam com pacotes parecidos com um bolo a fazer "a entrega" com os dois seguranças no seu encalço que nem 20 cm deixavam de espaço entre um carro e outro. E depois era sempre a pressa, o pneu a gemer no asfalto como se aquilo fosse muito importante. E o descaramento de quem faz o que faz e não teme a ninguém.

Quero morrer minha amiga



Tenho um amigo antigo dos tempos de escola. Nunca nos perdemos de vista e agora depois das redes sociais fiquei sabendo que ele terminou o mestrado. Tem 28 anos, a minha idade praticamente, e agora tá se achando a bolachinha mais recheada do pacote. Tá certo, ele vai entrar agora no doutorado na área da medicina (ele é da engenharia informática) a fim de desenvolver um projeto com máquinas e leitura de novas formas de exames de rastreamento. Agora por último andou dando uma de professor universitário na faculdade em que fazia o mestrado e ganhou um prêmio de professor destaque do ano. Diz a má lingua da minha outra amiga que estudou lá, que eles dão para qualquer um, do tipo uni-duni-tê-escolhi-você. Tudo bem, vá que esteja errada, mas daí a dizer que ser professor mudou a vida dele, que é a melhor coisa do mundo e que todos deveriam experimentar esta sensação maravilhosa de fazer a diferença na vida de alguém, já é demais! Guri, realizo tu em uma sala com 30 pivetinhos de 15 anos que não querem nada com nada e jogam papelzinho na tua cabeça enquanto tu escreves no quadro. Mas eu sou boazinha, és meu amigo e por isto vou te dar um conselho: não comas mais nem um hamburguer quarteirão* que senão vais explodir! A sério!! Ainda tens um ataque cardíaco antes de ser doutor e para isto não preciso ser nenhuma máquina para prever. Cara, és o estresse em pessoa, ligado nos 220, qualquer hora entras em curto, entendeu?! Quem avisa amigo é.

* o meu amigo almoça e janta no Mac Donalds.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Porque não sou tão certinha assim



E nem tão egoísta! Foi-se a época em que se alugava filmes e muito torci ansiosamente para que alguém liberasse tal filme ou para ver se o meu nome que estava na fila para alugar, já era o próximo. Hoje com a internet, isto parece um pesadelo distante. Há quem "alugue" filmes sem pagar e há quem baixe da net. Há ainda quem pague para ver filmes? De qualquer forma, se um filme é mesmo bom, faço questão de vê-lo no cinema, mas se é do tipo "ahn...nhé" não tenho dúvidas e baixo (toma lá Twilight). Então agora depois de termos nos desfeito (abandonado) a nossa coleção de filmes originais em dvd comprados na Fnac, não tenho lá qualquer sentimento de culpa quanto a isto. De certa forma é a vida me devolvendo o que era meu!
Para aqueles amigos não puritanos e sem medo de ir para o inferno, recomendo este site para quem é apaixonado por filmes e séries e morre de medo de contrair algum vírus por este "pecado". É um ótimo  site, bem completo e com legendas em português do Brasil. Tem vários formatos, inclusive Blu ray e quando ainda não está bom, eles avisam. E o melhor: é gratuito. Como diria a minha avó: aprende enquanto sou viva.
Importante dizer que é preciso ter um programa para baixá-los: Utorrent ou Bitcomet por exemplo.


Últimas aquisições:
Ana Karenina - 2012
Lincoln - 2012
Fligth - 2012
Les Miserables - 2012

Todos com ótima resolução.

Les Misérables



Pena, a fotografia está linda, o Hugh Jackman é um ótimo ator, mas não passamos da primeira cena. Ok, passamos, mas paramos na hora em que o padre desmente o roubo e dá dois castiçais para o Jean Valjean. Se sabia que era um filme musical? Sabia, mas achava que era mais do tipo Disney, em que há umas cenas em que cabe bem uma música e lá aparece os personagens cantando. Não imaginava que era todo o tempo. E o marido diz: imagina como seria chato se  cantássemos a todo momento? E saca lá um tenor: O Fááááábian já se cagoooooouuuuu. E tá muito fedidooooo! Sim, e imagina uma briga de bar assim: Levaaaaaa este vagabunddoooo daquiiii! Ele não quer pagaaaaarrr, que vá cair em outro lugaaaaaar! Eu não vou. (Ele não vai) Os bêbados cantam em coro. Eu não vou. (Ele não vai). Eu nãããããooo vooou. Antes vou-te aos beiços, porque ninguém come a minha mulheeeer sem apanhaaaaaaar. (Realiza um agudo no fim, que é o grito da mulher atrás do taberneiro). 
Back to reality, oh lord! Vejam os Miseráveis em francês, tem outro encanto. E a mini série é muito boa mesmo, é de prender até o fim.
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