sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Não sei lidar bem com a sem vergonhice disfarçada de loucura

Para mim gente que não gosto tem cheiro de vinagre. Tem gosto de vinagre. E para ficar perto tenho de respirar pela boca e concentrar-me para não sentir o seu cheiro. Não gosto do meu cunhado. Não gosto de estar perto dele. Por muitos motivos, não só pelo fato de que já mencionei, mas porque me irrita simplesmente! Primeiro porque é daqueles artistas ou que se acham artistas, ele até pode tocar razoavelmente bem violão e guitarra, mas pelamordedeus é um martírio andar sempre a dedilhar um canção. Assim como a passar o dia todo a cantar trechos de músicas chatas. Deve ser por isto que mãe e filho dão-se lindamente. Um a cantar música chata, outra a cantar música chata religiosa. 
Ponto dois: chegou aqui na terça pela manhã sem avisar. Tem problemas com álcool (e drogas) e estava em uma reabilitação em um sítio de freiras, mas estas mandaram-no sair mesmo sem saber se tinha alguém em casa. Estamos falando de 9 meses de reclusão em que as saídas são liberadas uma vez a cada dois meses apenas por uma semana e é para ficar em casa. Foi a surpresa mais amarga que já tive nos últimos meses. Estávamos nós começando a curtir uma certa privacidade (meu enteado ficou aqui uma semana e volta na próxima quinta) e chega este coiso. E ao invés de ir para a praia com a mãe dele, não, vai ficar aqui até amanhã e volta domingo à tarde e fica até terça. 
O caso do meu cunhado merece uma explicação melhor, até porque eu mesma não sei como classificar esta figura. Como já mencionei nunca trabalhou na vida. Teve uma filha e quem pagava a pensão era a mãe dele. Anda sempre com umas ilusões de que é um grande músico, as tantas alguém contrata ele e a sua banda e vão nos dois primeiros dias e depois nunca mais aparecem. A sogra já alugou uma sala na paróquia para que ele desse aula de violão para crianças, ele nunca apareceu para dar aulas nas horas marcadas, a sala servia para reunião de seus amigos lunáticos metidos a músicos. E a mensalidade ele ficava com o dinheiro para ele. A sogra pagou a carteira de motorista e deu-lhe um carro. Ele todos os meses tinha multa e por último sofreu um acidente que deixou o carro sem perspetiva de conserto. O carro era usado para ir e levar os amigos para a praia, não preciso dizer quem pagava a gasolina nem o seguro. Um policial disse para um amigo dela que o carro já estava visado, que sabiam que transportava drogas e estavam à espera da próxima vez. 
Nestes problemas de álcool (que drogas a sogra não admite), o dito já fez horrores. Bateu, ameaçou, pegou para vender, incomodou até não poder mais. E agora andava internado. Se disser que não tenho medo, estarei mentindo. Mas o meu medo anda de mãos dadas com a repulsa que sinto. Não é cristão, não é certo, mas é o que sinto. Sinto repulsa e sinto raiva porque ele faz o que quer e nunca há consequências, há sempre alguém para lhe passar a mão na cabeça.
Se parece um louco? Um esquizofrênico? Parece muito! Mas então vamos tratar as coisas pelo nome e oferecer tratamento. Mas o que me irrita profundamente é que se trate como uma pessoa normal, mas na hora do aperto consideram que afinal ele não é bem bom da cabeça. Ora, cá para mim, uma sujeito assim devia ser internado para sempre ou então: rua! Ainda bem que vai embora amanhã...

Repita comigo: nunca mais reclamo do meu corpo pós-gravidez




Para uma chinesa de 27 anos, o tempo parece ter passado mais rápido que para outras pessoas. A mulher, identificada apenas como Wu, adquiriu uma aparência de idosa, com rugas e flacidez na pele do rosto, depois que deu à luz o filho, no ano passado.
Em entrevista a uma emissora de televisão local, Wu disse que evita sair de casa, com medo de enfrentar os olhares dos outros. Ela quase não encara espelhos e fica arrasada quando alguém se refere a ela como se fosse uma idosa.


Reportagem aqui: http://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/chinesa-de-27-anos-adquire-aparencia-de-idosa-apos-dar-luz-7374508.html#ixzz2Jb6WS65k

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Meus vizinhos mafiosos



Aqui ao lado vendem droga. Todo mundo sabe. Vem de carro ou à pé, encostam rápido, chamam no portão e lá vem um dos filhos do casal com um pacotinho. Recebe o dinheiro, recebe o pacote e vão-se embora os dois. Não há violência, não há revólver na cintura, esqueçam o vaporzinho e os outros cargos do tráfico em filmes do Rio. Há pura e simplesmente um negócio, que pelo que vi hoje, de família. Quando estava abrindo a janela do quarto, deparei com a transação ali à minha frente, do velho a observar e a velha a receber o dinheiro. Uma coisa que caracteriza o ilícito é a caricatura do ato. Se fosse uma coisa vulgar era ela a pegar o dinheiro, a contar, a conversar distraidamente enquanto o põe no bolso do avental. Mas não. Aquele pegar ligeiro da mão do outro um maço de notas amassadas, a fazer tudo em modo estranho denuncia o crime. 
Pensam que é só no Brasil e só na classe baixa? Deixa-me contar dos meus outros vizinhos mafiosos de um prédio em Estoril de classe média (alta?). A família possuía cinco carros, sendo dois comerciais e populares e três carros de luxo (Mercedes e BMW). As mulheres só saíam com "seguranças", eram dois: um a dirigir e outro a acompanhar em um carro popular. Quando não estavam em serviço, os homens passavam mais de 8 horas a olhar fixamente para o nosso antigo prédio e nem faziam questão de disfarçar. A polícia já bateu a procurar o "chefe" algumas vezes, mas nada foi feito. A família de quando em vez dava festas barulhentas no último andar até horas impróprias e ninguém fazia nada porque tinha medo. O que e que tipo de drogas vendiam não sei. Mas as mulheres saíam com pacotes parecidos com um bolo a fazer "a entrega" com os dois seguranças no seu encalço que nem 20 cm deixavam de espaço entre um carro e outro. E depois era sempre a pressa, o pneu a gemer no asfalto como se aquilo fosse muito importante. E o descaramento de quem faz o que faz e não teme a ninguém.

Quero morrer minha amiga



Tenho um amigo antigo dos tempos de escola. Nunca nos perdemos de vista e agora depois das redes sociais fiquei sabendo que ele terminou o mestrado. Tem 28 anos, a minha idade praticamente, e agora tá se achando a bolachinha mais recheada do pacote. Tá certo, ele vai entrar agora no doutorado na área da medicina (ele é da engenharia informática) a fim de desenvolver um projeto com máquinas e leitura de novas formas de exames de rastreamento. Agora por último andou dando uma de professor universitário na faculdade em que fazia o mestrado e ganhou um prêmio de professor destaque do ano. Diz a má lingua da minha outra amiga que estudou lá, que eles dão para qualquer um, do tipo uni-duni-tê-escolhi-você. Tudo bem, vá que esteja errada, mas daí a dizer que ser professor mudou a vida dele, que é a melhor coisa do mundo e que todos deveriam experimentar esta sensação maravilhosa de fazer a diferença na vida de alguém, já é demais! Guri, realizo tu em uma sala com 30 pivetinhos de 15 anos que não querem nada com nada e jogam papelzinho na tua cabeça enquanto tu escreves no quadro. Mas eu sou boazinha, és meu amigo e por isto vou te dar um conselho: não comas mais nem um hamburguer quarteirão* que senão vais explodir! A sério!! Ainda tens um ataque cardíaco antes de ser doutor e para isto não preciso ser nenhuma máquina para prever. Cara, és o estresse em pessoa, ligado nos 220, qualquer hora entras em curto, entendeu?! Quem avisa amigo é.

* o meu amigo almoça e janta no Mac Donalds.
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