Continuo tendo imensa dificuldade em encontrar literatura sobre a maternidade, não sobre o quanto é maravilhosa, um mar de rosas ou sobre padecer no paraíso. Tenho sentido dificuldade em encontrar sobre quando a maternidade "não dá certo", quando as mulheres não realizam-se neste novo papel. Será por serem poucas? Será por ser um estigma social moderno? Será pela falta de interesse sobre o assunto ou sequer ser lembrado e estudado com mais afinco? Enfim, hoje encontrei isto:
"É apenas no séc. XVIII (no último terço) que
se dá uma revolução de mentalidades que conduz
a uma alteração na imagem de mãe, no seu
papel e na sua importância.
Só após 1760 surgem publicações que recomendam às mães que cuidem pessoalmente dos
filhos e os amamentem elas próprias.
O séc. XIX é, consequentemente, um importante marco na origem de uma «nova mulher»:
educadora, mãe, criadora da sociedade futura.
Passou a esperar-se uma quase omnipotência
por parte da mulher.
Cria-se assim à mulher a obrigação de, antes
de tudo o mais, ser mãe.
Segundo Badinter (1980) este é o início do
mito que, ainda hoje, quase duzentos anos mais
tarde, continua vivo – o do amor maternal enquanto amor espontâneo." (Grifo meu).
É apenas um começo. Quem tiver curiosidade, é um artigo que faz um panorama sobre a maternidade, é curto, mas interessante.
Podem conferir aqui.