domingo, 17 de fevereiro de 2013

Tudo eu, tudo eu



Às vezes fico pensando o porquê do jornalismo ser assim tão maçante na forma de nos entupir de tragédias, de corrupção, de mortes, de assaltos. Como se quisessem que nos sentíssemos mal por estarmos neste país de merda. Porquê a imprensa quer-nos tão frustrados a ponto de achar que isto não tem solução? Sou burra às vezes para estas coisas, mas é por isto que viver em outro país nos ajuda a ter uma perspetiva melhor sobre a nossa realidade. Descobri que em Portugal acontece o mesmo, embora com menos violência, é verdade, mas com os mesmos problemas (dos) políticos, de casos pontuais de mães que acabam com a vida dos filhos, de pobreza e crise. 
A bola da vez não é de hoje, baseia-se na crença de que o ano só começa no Brasil depois do carnaval. É certo, o país pára, ou melhor, fica em stand by, porque ainda há muita gente a trabalhar para que as coisas funcionem minimamente. São férias escolares, é verão, é a busca pelas praias, é a busca por descanso depois de um ano intenso de trabalho. Ah pára! Devíamos fazer como a Alemanha. Prontos, provavelmente quem o diz nunca esteve lá e não sabe que eles tem mais férias que nós e que se trabalha menos ainda que nós, com menor carga laboral que nós. Peraí, então em julho e agosto não desce Portugal inteiro para o Algarve? Os americanos não vão também em busca de suas praias ou da Disney? Para nós calha  o carnaval bem no fim das férias, acho natural que depois disto comecemos o ano, ou deveríamos fazer igual a quem?  Bem, já estou cansada de bater contra as rochas da ignorância e dos que adoram este sentimento de espezinhar sua terra. Não acho que devemos ser cegos para nossas mazelas, só acho que devemos abrir os olhos para o resto. E o resto é bom.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Tenho um nó na gartanta

Tempo, pode desatá-lo por favor?

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

É complicado (não me digam que não)

ver o mundo sobre os olhos dos outros. Sentir e entender o que faz uma mulher querer ter assim tantos filhos. Empatia é uma coisa rara por estes (meus) lados.

Raivinha miúda

Aflijo-me. Não gosto de ser mãe, mas gosto do meu filho. Não queria, talvez, era que ele o fosse, acho que merece coisa melhor. Agora a pouco o marido trouxe o Fabian nos braços a berrar. As crianças do outro lado da rua (da tal que tem 10 filhos) não querem brincar com ele. Andam de bicicleta os mais velhos, o mais novo não empresta nada. Não estranho, estranho é estarem o tempo todo a pedir que ele vá brincar e depois quando vai, não deem a mínima. Mas o que me fez ficar triste é o fato de ser aniversário de uma das crianças e não permitirem que o Fabian sequer se aproxime do quintal. Poxa...até eu que tenho um coração dos duros não deixaria que um pequenino (que nem dá tanto prejuízo em doces) fique só a olhar. Bravo a esta mãe que nada faz. Bravo a este pai que só faltou dizer em palavras para que esperasse do lado de fora que os outros iam cantar parabéns. Bravo para a besta aqui que acha é péssima mãe!
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