segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Não sou de nhê nhê nhê

Graças a Deus não tive uma filha, porque acho que de tanto falar, a vida ia me presentear com uma daquelas meninas mais chatas e sonsas que odiei na minha infância. Não tenho paciência para aquelas meninas que se encostam nelas começam logo a chorar. As minhas primas eram assim. Sempre. Sou tão boa em inventar brincadeiras e elas sempre estragavam quando caíam ou batiam com o joelho ou coisa assim. Iam correndo contar para a minha tia que já tratava de as entupir com melhoral infantil, sim, aquelas "balinhas" cor de rosa. 
Não era uma joãozinho, mas era das fortes. Das que gostavam de brincar de pega ladrão, de elefante colorido, de caçador e por conta disto, alguns roxos nas pernas e tampas de joelho para acabar. Continuava correndo até o ar explodir nos pulmões, até sentir aquela dor de faca na barriga. E pergunto-me se estas meninas choronas foram felizes, afinal são elas quem dizem sentir saudades de quando eram crianças. Talvez porque naquela época ainda fosse aceitável se desmanchar em lágrimas só porque sim.

Porque nunca vou entender as pessoas (verídico)

Compartilhas uma reportagem sobre os efeitos prolongados da tortura sofrida por uma criança de 1 anos e 8 meses durante a ditadura brasileira: 0 comentários (não vou por curtidas porque isto seria o supra sumo da falta de sensibilidade).

Teus amigos compartilham uma foto cheia de putas amigas na balada, todas com copos na mão: 10 curtidas 7 comentários

Tuas amigas compartilham simplesmente: Fui no shopping : 27 curtidas 35 comentários

domingo, 17 de fevereiro de 2013

As despedidas

A criança pequena chorava. Chorava. Chorava e seu lamento era tão forte e monótono que a certa altura parava de incomodar. A criança maior lhe puxava a saia, um pouco escondida pelos raios do nascer do sol. Ficaram a ver a diminuta embarcação ficar cada vez menor e mais diminuta a medida que o horizonte a engolia.
- Mãe, porque temos de ficar aqui a olhar toda vez que o pai vai embora?
- Tens de aprender filho. A vida é feita de despedidas.
- E reencontros... - Completou o menino sonolento.
- Sim, filho. Mas temos de aprender a dizer adeus.
- Tu não amas o pai? Não queres que fique conosco?
- Eu amo. E é por amor que ele também se vai. 
- Já me disseste que é preciso trazer o peixe. Precisamos do peixe para comer e para vender. Para comprar roupas e outras coisas.
- É verdade. Olha, já passou da arrebentação. 
O menino encara o mar de um profundo azul escuro depois de todas as ondas furiosas que o pai passara. Mal suspirava. Tinha medo. E se o pai não voltasse desta vez?
- Filho, olha. 
- Não entendo o porquê de ficar a olhar! - Explodiu em lágrimas. A mãe abaixou-se e lhe agarrou um ombro.
- Toda vez que o teu pai vai embora eu finjo gostar um pouco menos. Finjo amá-lo um pouco menos...que é para que não doa tanto. Aprende, filho. Quanto maior a despedida, maior o preço da  afeição. Maior são as possibilidades dos deuses nos arrancarem os nossos. É por isto que uma despedida é sempre uma entre as outras da tua vida. Melhor que sejam pequenas a uma só: grande e definitiva. 
O menino limpou as lágrimas no dorso dos braços salgados do mar. Seu mar interior. A mãe levantou-se, agarrou a criança pequena que chorava ainda e voltou para a tapera. Enquanto isto, o horizonte engoliu o pai.

Como o corno, o último a saber

Fez tempo que tenho ouvido falar da tal série Game of Thrones, mas eu lá meio entretida com os meu walking dead, deixei passar. Adoro séries e filmes com fundo histórico ou mágico, vi Roma, mas com muita pena, pararam pela segunda temporada. Parece que esta é uma série americana, mas filmada no estilo inglês de Senhor dos Anéis. Ainda bem, porque aquilo que os americanos quiseram fazer com os gladiadores era realmente uma porcaria, só sangue e sexo sem qualquer enredo. Parece mesmo que foi feito para a mente de um adolescente de 13 anos. Adiante, Game of Thrones é simplesmente vi-ci-an-te, devorei duas temporadas em dois dias e não conseguia parar. Não é só por ter uma história que prende, não é só por ter aquele sotaque charmoso, não é só pela fotografia, pelas roupas, pelo sexo, pelas ironias de um anão inteligente. É por tudo e pela sensação de que afinal há gente muito bonita na Inglaterra (pelo menos querem fazer crer que sim), o que me surpreendeu de fato. É ainda mais por um tal Khal Drogo que pelamordedeus, isto é um homem ou um deus? Eu que nem sou de homem de barba e cabelo comprido...enfim. Vejam.
ps: há no filmescomlegenda.tv


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