segunda-feira, 11 de março de 2013
A crise
Nesta noite tive um sonho: alguém me dizia que a crise serve para as pessoas se mexerem. A princípio pensei que se referia à crise que me fez abandonar Portugal, mas agora acho que não. De certa forma todas as pessoas que conheço estão em alguma forma de crise, seja financeira, seja de saúde, seja familiar. A crise gera mudança, empurra para algum lugar mesmo que não desejemos. Eu acho que 2012 foi um ano de crise para muita gente, acho mesmo que são os novos ventos, a transformação está no ar. É saber abrir os olhos.
Porque os homens preferem mulheres mais novas?
Acho que há uma falsa ideia de que a medida que se envelhece, as mulheres ficam mais maduras, mais inteligentes, mais felizes com o seu corpo. Cá para mim elas ficam mais chatas, mais picuinhas, mais frustradas e acabam por colocar esta frustração contra pessoas que não tem nada a ver com isto. Explico-me. Quando jovens somos mais inexperientes, temos problemas com o corpo, com aceitação deste, temos mais dúvidas que certezas, estamos mais dispostas a aprender, mais abertas e condescendentes com os relacionamentos. A partir do momento que as mulheres iniciam a saída da juventude, no fim dos trinta, as mudanças começam a ocorrer...a flacidez toma conta, não se emagrece com tanta facilidade, já não há mais tanta paciência para os homens e suas toalhas molhadas, o seu futebol no domingo, o espelho salpicado de pasta de dente. As mulheres hoje tem uma suposta independência financeira, digo suposta porque não é lá todo mundo que pode encher a boca para dizer que é independente: uma coisa é trabalhar, outra é ser independente. Já disse que aqui no Brasil é preciso mais que 1500 reais para se manter? Pois.
Hoje também a separação é comum e, mulheres que vivem sem companheiro, que nunca tiveram um relacionamento de juntar as escovas, são muitas. Elas andam por aí a reclamar que os homens preferem as guriazinhas. Ora deixa ver porque...porque em tese tem um corpo mais durinho (sexo lembram? Quase a primeira e última coisa que um homem pensa durante o dia). Ponto dois: as mulheres mais jovens são complicadas com relação a si mesmas, talvez tanto que não sobre tempo para complicar com o amante/namorado/marido. Ponto três: senso de humor. Atenção que toda regra tem exceção, mas as mulheres bem humoradas não devem andar de ônibus (penso eu que não vi nenhuma). E depois é a questão de estar tanto tempo sós e muitas vezes já ter o seu canto, que aturar a presença de um macho que bebe cerveja, arrota e peida, nem sempre nesta mesma ordem, não é dos seus pontos fortes. Vejo que há uma tendência para as mulheres de 40 em diante, e ainda solteiras, não serem as preferidas da ala masculina porque são pessoas que vem com muita bagagem. E a gente sabe que isto nem sempre quer dizer que seja bom. Muitas mulheres vem machucadas de outros relacionamentos, muitas aprenderam a ser desconfiadas com o amor, muitas foram traídas, muitas nunca gozaram na cama, muitas foram abandonadas. Os homens são criaturas simples de entender e são criaturas que vivem no presente. As mulheres, infelizmente, carregam mágoas demais, complicam demais, brigam e discutem demais. Do passado. As mulheres exteriorizam mais o que pensam e sentem, talvez daí a diferença com os homens. Não é que eles não tenham também (e muitas vezes tem) os seus esqueletos no armário, mas tão e só os deixam lá a pegar pó.
Isto surgiu a propósito de uma conversa com o marido sobre a nova vizinha de quarto, que beira os 50 anos estar a infernizá-lo por causa do ronco. Se ela tivesse a paciência de aturar o ronco masculino (que vamos combinar que tá para nascer homem que não ronca), de repente algum jovem pudesse lhe resolver o problema de falta de foda. Porque também tem isto, até por uma simples trepada, a mulher madura complica.
domingo, 10 de março de 2013
Fiquei mesmo feliz
A minha amiga do outro post é socióloga, mas trabalha em uma escola do município como professora de história, geografia e filosofia, não ao mesmo tempo, claro. Há uns tempos atrás tinha me falado de um dos alunos que tinha uma das histórias mais tristes da sala. O menino tem só onze anos, foi abandonado pelo pai e depois pela mãe. Os irmãos estão perdidos para o tráfico de entorpecentes e ele mora com uma vizinha que lhe dá ao menos um prato de comida. Para ajudar em casa e ter dinheiro para passagem, faz faxina na vila, cobrando 20 reais apenas ( custa em média 80 um dia de limpeza). Acontece que o rapaz é muito estudioso, é inteligente e responsável. Tem o caderno em dia, participa nas aulas, faz as tarefas de casa. É quase um adulto no corpo de uma criança...dá o que pensar. Quando ela me contou a história deste menino, fiquei com um nó na garganta, porque em comparação com tantos outros que além de não ter família presente são preguiçosos, sim, mesmo preguiçosos, ele que tem tão pouco, já trabalha e ainda tem tempo para estudar. Às vezes não tem o que vestir...chegava o inverno e não tinha casaco e ia com calça furada para a escola. Minha amiga cansou de fazer campanha entre os professores e lá arrecadavam agasalho e material escolar. Hoje ao falar sobre o trabalho dela, contou-me que foi convidado para uma feira de ciências no colégio militar, um dos mais fortes e exigentes da cidade. Chegando lá, os coronéis ficaram sabendo de sua trajetória e de como apesar de tudo era um ótimo aluno, ofereceram-lhe o curso para se preparar para a prova de admissão no colégio. Nossa, fiquei muito, mas muito feliz por aquele menino!!! E ainda vai receber as passagens e algumas ajudas para que possa ter mais tempo para o estudo. Espero que ele seja mais um caso de superação, e vai ser de certeza, porque uma cabecinha boa destas não se deve perder por aí.
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