terça-feira, 12 de março de 2013

Nunca acreditem



Acho muito desconcertante quando um jornalista entrevista um cantor recém chegado no país e faz a pergunta de praxe: então o que achou do Brasil? E dos fãs brasileiros? Peraí né gente, chega a dar vergonha alheia, pelo jornalista, claro. O artista fica lá a coçar o queixo e tentar um sorriso amarelo e sai um... ah muito bonito, muito belo, gracias. As pessoas ainda acham que falamos espanhol! Sério, o máximo que os caras conhecem é o aeroporto e o hotel e olhe lá. Muitos sequer provam da nossa comida, os mais neuróticos trazem toda a sua, inclusive cozinheiro próprio e só consomem daqui industrializados. Só acreditem que gostaram mesmo do país, quando vierem por conta, sem shows agendados. O Lenny Kravitz por exemplo, em sua turnê pela Argentina e Brasil, fez questão de viajar de ônibus, conviver com o povo, independente de conhecerem ele, nadar nas nossas cachoeiras, etc. Este sim, conheceu, gostou e sempre que pode anda por aí. Porque convenhamos, os famosos vem um dia antes, só saem do hotel para o local de apresentação e depois voltam, dormem e rapam nos seus jatinhos no dia a seguir. Além do que, lá de cima só veem braços a balançar, cabeças espremidas e ofuscadas pelas luzes, lá de cima é tudo  igual, tanto faz brasileiros, mexicanos, chineses. E porque fica muito chato decepcionar os chatos dos repórteres,  servem-se daquela bandeira nacional que alguém do staff dá para ele enrolar nas costas.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Me abraça devagar, me beija e me faz esquecer...



Música colada na cabeça.

A crise

Nesta noite tive um sonho: alguém me dizia que a crise serve para as pessoas se mexerem. A princípio pensei que se referia à crise que me fez abandonar Portugal, mas agora acho que não. De certa forma todas as pessoas que conheço estão em alguma forma de crise, seja financeira, seja de saúde, seja familiar. A crise gera mudança, empurra para algum lugar mesmo que não desejemos. Eu acho que 2012 foi um ano de crise para muita gente, acho mesmo que são os novos ventos, a transformação está no ar. É saber abrir os olhos.

Porque os homens preferem mulheres mais novas?



Acho que há uma falsa ideia de que a medida que se envelhece, as mulheres ficam mais maduras, mais inteligentes, mais felizes com o seu corpo. Cá para mim elas ficam mais chatas, mais picuinhas, mais frustradas e acabam por colocar esta frustração contra pessoas que não tem nada a ver com isto. Explico-me. Quando jovens somos mais inexperientes, temos problemas com o corpo, com aceitação deste, temos mais dúvidas que certezas, estamos mais dispostas a aprender, mais abertas e condescendentes com os relacionamentos. A partir do momento que as mulheres iniciam a saída da juventude, no fim dos trinta, as mudanças começam a ocorrer...a flacidez toma conta, não se emagrece com tanta facilidade, já não há mais tanta paciência para os homens e suas toalhas molhadas, o seu futebol no domingo, o espelho salpicado de pasta de dente. As mulheres hoje tem uma suposta independência financeira, digo suposta porque não é lá todo mundo que pode encher a boca para dizer que é independente: uma coisa é trabalhar, outra é ser independente. Já disse que aqui no Brasil é preciso mais que 1500 reais para se manter? Pois.
Hoje também a separação é comum e, mulheres que vivem sem companheiro, que nunca tiveram um relacionamento de juntar as escovas, são muitas. Elas andam por aí a reclamar que os homens preferem as guriazinhas. Ora deixa ver porque...porque em tese tem um corpo mais durinho (sexo lembram? Quase a primeira e última coisa que um homem pensa durante o dia). Ponto dois: as mulheres mais jovens são complicadas com relação a si mesmas, talvez tanto que não sobre tempo para complicar com o amante/namorado/marido. Ponto três: senso de humor. Atenção que toda regra tem exceção, mas as mulheres bem humoradas não devem andar de ônibus (penso eu que não vi nenhuma). E depois é a questão de estar tanto tempo sós e muitas vezes já ter o seu canto, que aturar a presença de um macho que bebe cerveja, arrota e peida, nem sempre nesta mesma ordem, não é dos seus pontos fortes. Vejo que há uma tendência para as mulheres de 40 em diante, e ainda solteiras, não serem as preferidas da ala masculina porque são pessoas que vem com muita bagagem. E a gente sabe que isto nem sempre quer dizer que seja bom. Muitas mulheres vem machucadas de outros relacionamentos, muitas aprenderam a ser desconfiadas com o amor, muitas foram traídas, muitas nunca gozaram na cama, muitas foram abandonadas. Os homens são criaturas simples de entender e são criaturas que vivem no presente. As mulheres, infelizmente, carregam mágoas demais, complicam demais, brigam e discutem demais. Do passado. As mulheres exteriorizam mais o que pensam e sentem, talvez daí a diferença com os homens. Não é que eles não tenham também (e muitas vezes tem) os seus esqueletos no armário, mas tão e só os deixam lá a pegar pó. 
Isto surgiu a propósito de uma conversa com o marido sobre a nova vizinha de quarto, que beira os 50 anos estar a infernizá-lo por causa do ronco. Se ela tivesse a paciência de aturar o ronco masculino (que vamos combinar que tá para nascer homem que não ronca), de repente algum jovem pudesse lhe resolver o problema de falta de foda. Porque também tem isto, até por uma simples trepada, a mulher madura complica.
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