sexta-feira, 15 de março de 2013

O homem que copiava

Bah mas hoje eu to bem saudosista! Este filme deu um pontapé inicial ao ator Lázaro Ramos, que falei em outro post e foi filmado aqui em Porto (Alegre). Acho que já vi umas cinco vezes, mas gosto sempre de repetir. Sabe o que é? No Brasil não há tanta abertura para o sotaque gaúcho e quando vemos alguma coisa que nos representa, por assim dizer, tem outro gosto. Quem quiser ver tem disponível no youtube o filme completo. 

Gauchês


Um das coisas que sentia mais saudade era de ouvir a "minha língua" ou as expressões que o povo do sul fala. Por exemplo, aqui não se diz semáforo, diz-se "sinaleira", pechada é acidente de carro, nega maluca é bolo de brigadeiro, sendo que brigadeiro aqui é negrinho. Por falar nisto, foi inventado aqui e pelo menos temos direito de dar o nome não?
Depois tem o famoso "Bah" que tanto serve para admiração, surpresa, medo, tristeza e outros, dependendo da entonação. E o "tri" qualquer coisa: tri bonita, tri legal, tri fácil. Para gaúcho tudo é tri. Depois tem o "te larguei", o "não me faz te pegar nojo", "to louco então", vem "na manha" (quer dizer devagar, na malandragem). O "não te fresqueia" é clássica. Quando alguém dá piti, fica "amarelando" com uma situação, solta lá um não te fresqueia, problema resolvido. 
Também tem o tchê (lê-se thíê), usado como o Bah: tchê me alcança o chimarrão? Tchê, esta picanha tá de lamber os beiço.
Guria e guri, então é só aqui (ficou parecendo slogan). É como menina/o, já piá serve para ambos e quer dizer criança. O mesmo que o tal moleque.
Maloqueiro vem de maloca, casas indígenas, mas agora passou a designar as casas precárias das favelas e portanto, favelado para o resto do país, para nós é maloqueiro. 
Fora a história de só falarmos o tu, tu, tu. Não existe você a não ser na escrita. No resto do país é o contrário, só você e o tu é falado pelos marginais, pelas pessoas de pouca instrução. Tantas diferenças, às vezes até parece um dialeto...


Ah os homens

Invejo a sua auto-estima.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Existe algo pior do que ter uma mãe histérica e neurótica?

Existe. Morar com uma mãe histérica e neurótica. E se podemos pensar que não podia ficar pior, esta mãe como avó nos comprova que sim. Coisas básicas que tenho de lidar diariamente:
Voz estridente
Surdez seletiva
Aquele velho hábito da defesa e do ataque, em que falamos a e entende b, sendo b extremamente   ofensivo e apresenta-se um sermão da montanha por isto.
Mania de que é mãe do meu filho, decidindo sobre coisas que eu tenho direito, como sobre se deixo ou não ver tv, se come ou não doces.
Desautorizar-me nas ordens que dou ao meu filho
Mania de discutir por qualquer coisa e desatar a falar e mandar como se fosse criança
Isto é engraçado porque trata-me como criança e quer que seja adulta. Tenho de ter uma imensa paciência e lhe mandar se foder apenas em pensamento, pois é falta de educação falar alto não?
Hoje ouvi dizer que uma moça perdeu a mãe jovem com câncer e dei por mim a pensar, que sorte a dela! Não tenho qualquer sentimento positivo com relação a minha mãe, tanto que se tudo der certo, viro as costas pro Brasil e não volto aqui antes de conhecer todos os lugares possíveis que desejo. E só volto para ficar em hotel, casa dos outros nunca mais!!
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