segunda-feira, 1 de abril de 2013

Desejo pós Páscoa

Que as chatas e exibidas de plantão engordem mais do que eu. Amém.

A desgraça é sua

Domingo à tarde é um carnaval de programa ruim. Pilota-se o controle remoto e temos o campeonato de futebol do Ceará, entrevistas com abobrinha, vídeo cassetadas, funk e o pior de todos para mim: o programa chore você também, no maior estilo veja a desgraça alheia. A única coisa que consigo sentir, é vergonha alheia enfim. Para começar escolhem a família que come todos os dias o pão que o diabo cuspiu depois de amassar. Debulham a vida das criaturas em um mar de lástimas em que o marido trabalha, a mulher cuida dos seis filhos, às vezes a comida é arroz com três ovos e a mãe deixa de comer para o marido ter força para o trabalho. Aham. Esta dieta não tá adiantando muito, fia. Que tu tá é bem gordinha. Ah e sempre há tv, roupas boas e até desconfio que o computador portátil é escondido às pressas na casa do vizinho. Sabe porque que não acredito em um pingo? É porque cada criança tem direito a uma bolsa por frequentar a escola (Lula não é?), tem direito a bolsa família e depois a mulher com muita saúde pode muito bem pegar um emprego de diarista ou coisa que o valha já que as crianças são todas maiorzinhas, acima de quatro anos. Mas não, é muito mais fácil choramingar e contar misérias. Depois, as igrejas tanto católicas, evangélicas quanto os centros espírita, oferecem sopa todos os fins de semana e cesta básica para este povo. É só levantar o rabo do sofá e ir em busca. Mas não é só: a música lamurienta de fundo, as crianças de olhos compridos, o close nas lágrimas das mulheres é algo assim para o inexplicável. Se era para sentir pena, sorry, que a minha vida também está uma merda duma novela mexicana e não tô aí para dar audiência para ninguém. Eu tenho é nojo e raiva desta gente. Para começar para que meu Deus por no mundo esta cambada de filho? O governo dá camisinha, dá anticoncepcional, dá injeção de hormônio, dá vasectomia e laqueadura de trompas. Se são pobres e não podem sustentar nem dois filhos porque botam lá mais quatro? Não é por si só uma atitude egoísta sabendo de antemão que não serão capazes de os criarem com dignidade? Ah esqueci, é que se criam com amor, não é assim que funciona? Toma lá Uélinton, duas conchas de amor para você.
Depois do canavial de desgraças, entra em cena o apresentador do programa e qual um gênio da lâmpada sai mandando um banho de loja, de salão de beleza e por fim, ganham uma casa mobiliada, um novo emprego para o marido e uma máquina de fralda para a mulher. Eles são tv de plasma de 42 polegadas, quartos com ar condicionado, jardim e cadeiras e mesas, cama queen size, sofá com recosto reclinável. É mole? 
Tudo assim de mão beijada, até que podia mandar uma carta para o gênio da Record. Vá que?...
Mas tenho cá para mim que pobre que é pobre não tem esta sorte.
Aí depois dizem que não consigo ver os outros felizes, não é verdade. Consigo e muito genuínamente por quem lutou e tá se esforçando por uma vida melhor, até penso que muitas coisas eu mesma não era capaz de fazer e admito e admiro esta força de vontade nos outros. Agora para isto é que não há mesmo paciência, é o que chamamos de desgraça que podia ser evitada, primeiro com anticoncepcionais e depois com trabalho e vontade de uma vida melhor. Mas o problema é que ainda existem estes programas que eu chamo de loteria dos pobres, isto perpetua o estado de sofá destas mulheres , esta esperança ínfima de que um dia possam lhes mudar a vida como um passe de mágica.

sábado, 30 de março de 2013

Este não é um blog de culinária

...mas hoje vou mostrar o resultado de mais uma receita aprendida que o meu dindo passou: arroz com camarão. Estava uma delícia!


quinta-feira, 28 de março de 2013

Aquela sensação indescritível quando finalmente entendem que só quero cortar as pontas (!!!)



Às vezes acho que devia ser obrigatório um desconto quando "só queremos cortar as pontas".Pensando bem, é quase como aquilo que dizemos em uma loja: só estou dando uma olhadinha. Qualquer cabeleireiro que tenha o mínimo de experiência   sabe que pontas são fáceis de cortar, é só ter um pouco de coordenação motora e ir fazendo ou um V ou um U ou uma linha reta. Não há qualquer dificuldade. Não estou pedindo uma das versões punk da Rihanna, tão e simplesmente quero me ver livre das pontas espigadas que me fazem nó. Paguei 25 reais e fiquei muitíssimo satisfeita ao ver o meu singelo pedido de manter 95% do cabelo atendido. Volto lá...daqui há 7 meses. É verdade, fazia 7 meses que não cortava o cabelo. Ah e este era o mais barato que encontrei, porque já cheguei a pagar 60 reais só para me cortarem as pontas. No fim a mulher achou que estava pagando demais por aquele serviço e me cortou metade do cabelo. Linda! Quase fiz uma macumba para ela.
Sinceramente devia existir uma especialização para cabeleireiros, assim como os professores universitários deviam aprender didática. O curso podia ser dado por um psicólogo na área do coaching e das emoções. Até imagino os tópicos a serem abordados:
- Como respeitar o cabelo da cliente
- Cabelo e auto-estima, uma narrativa histórica pelo feminino
- Saber gerir frustrações: o que você quer não é de todo o que a pessoa que lhe paga está pedindo
- Treinar o ouvir
- Interpretação de linguagem corporal
- Como identificar e tratar a síndrome da tesoura obssesivo-compulsiva
E prontos, acho que só lhes ia fazer bem. Em nome de todos os fios compridos, meus cabelos agradecem.
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