quarta-feira, 17 de abril de 2013

Fobia de tesoura?


Hoje foi dia de tosar o Fabian, não bem tosar, na verdade foi tipo a mãe: só as pontinhas. Quis dar um corte "principezinho", uma variação do cogumelo. Porém de todas as vezes que cortamos foi o estilo bem curto com um topete pequeno, por isto os fios cresceram uns maiores que os outros e a cabeleireira teve de fazer uma franja à lá Angelina Jolie em Garota Interrompida. A intenção é ficar conforme a foto, mas o rapaz ainda deu um baile, berrou e esperneou na cadeira, sumiu com o avental do pescoço e nem com uma bala na boca e duas na mão conseguiu sossegar. Entrou a mãe em ação e agarrou-lhe os braços e o queixo para que não se movesse um cm. Um fiasco só. Não sei o que está havendo porque desde o primeiro corte que se portou como um gentleman, tem sido cada vez pior e temo que daqui a pouco nem conseguir levá-lo, vou. E logo eu que odeio cabelo comprido em meninos...

terça-feira, 16 de abril de 2013

Dizem que...



devemos ignorar tudo o que for dito antes de um mas.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

O velho continente

Quem diria, será que para nós a solução é mesmo investir todas as fichas na França? Em pouco mais de um mês, o marido já teve o dobro de entrevistas que tivera em dez meses no Brasil. Como disse antes, nosso país é jovem, exige mão-de-obra jovem, e por sua vez o preconceito com a idade é grande. Se disser que não fiquei chateada é mentira. Fiquei e ainda fico quando este pensamento vem à baila. Afinal desistimos de tudo e viemos para cá com um punhado de esperança de que aqui as coisas iam dar certo e a vida iria finalmente ser vivida, deixando de ser apenas uma sucessão de dias cinzentos. E não deu. Paciência, engole teu orgulho mais uma vez e tenta de novo. Mas me magoo com o meu país, quase como se de um parente se tratasse. Tento ser justa com ele, não cuspo no prato que comi como o fazem tantos brasileiros depois que viram as costas para o terceiro mundo. Falo bem quando tem que falar e critico o que precisa mudar, mas sobretudo, tenho respeito por ser a terra que nasci, que vivi boa parte da minha vida, a qual pertenço como identidade gravada na pele, uma tatuagem culturalmente indelével. 
Brasil, meu Brasil brasileiro, meu mulato inzoneiro, abriste-me a cortina do passado e mostraste-me que não pertenço mais aqui. Aquelas fontes murmurantes nas quais matei a minha sede, já estão secas, ao menos se fazem secas para mim. Continuo a gostar de ti, com aquela reverência que se faz a um velho tio, mas sei no fundo que a nossa história está aos poucos se desalinhando e os fios separam-se. Sei que de minha parte nunca os irei cortar, mas levarei para longe e prometo, quando a saudade aumentar e transbordar, venho lhe visitar. Nem que seja em pensamento. 

Está confirmado

A tia tem mesmo leucemia, só falta saber o tipo. Quarta feira chega o resultado da biópsia de medula.  Com três crianças e uma casa, a vó não tem como ficar sozinha muito tempo. Eu poderia ajudar se não tivesse o Fabian para carregar, mais uma criança para juntar ao quadro. É complicado, quem poderia ajudar hoje foi afastada pelo marido dela, que a isolou de tudo e todos, inclusive da família. Temos pena, mas e agora tia o que se há de fazer?
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