sexta-feira, 26 de abril de 2013

Até as flores eram mais exuberantes no passado

Paris - 2005

Paris - 2013 - Recebi do marido esta semana: "tá faltando ela"...

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Coisas ridículas

Curling



Estava há horas pensando em escrever sobre isto. Se tem um esporte que me deixa mais irritada é este tal de curling. Certo dia um bando de donas-de-casa estavam sem ideias sobre o que fazer, uma vira para as outras e pergunta: o que daria se juntássemos um ferro de passar roupa e um rodo?  O curling. Aquilo parece coisa de gente neurótica, valha-me Deus. Não é à toa que no formulário de inscrição um dos requisitos é ter TOC para limpeza. 

Ombreiras


Disseram-me que as ombreiras estão de volta, espero que não passe de um boato. Vindas diretamente da década que mais rendeu vergonha alheia nos álbuns de fotografia, sim sim, dos anos 80. Nunca vestir-se de soldadinho esteve tão na moda, ostentar uma caixa toráxica pouco feminina, nem nunca os gays estiveram tão felizes com a suposta falta de concorrência. Enquanto andávamos a marchar cabelos mullets e ombreiras, conjugadas com blusas brilhosas e maquiagem histérica. A mulher nunca esteve tão mal representada do que nesta época, por isto sempre que dizem que os 80 estão de volta, tenho vontade de mandar longe, bem longe. A moda devia ser proibida de tentar isto, anos 80 devia ser tabu.

Alparcatas


Jebus, como diria o Homer Simpson, volta pro mar oferenda! Isto é feio como um raio! Até entendo quem goste de coisas com um quê artesanal, mas isto é demais: é uma mistura de tapete com uns restos de pano da saia da avó. Puseram uns grampos e oh que fashion! E depois com o uso vai alargando e se tornando disforme. De sapato vira chinelo, pois que as pessoas tendem a dobrar aquela parte do calcanhar e ficam com um andar parecido com os elegantes usuários de crocs (não confundir com outras coisas mais pesadas).


Transformar o carro em uma boate ambulante


Meu amigo, se som alto chamasse mulher, o tio da pamonha tava cheio! Ainda estes dias estava saindo da casa da vó e vejo o meu primo entrando com o carro e tudo, tudinho mesmo que estava num raio de dois metros dele, começou a tremer. Quase nem distingui a música, apenas o dummmmm dummmmmm. É ridículo não importa a idade do condutor. As pessoas acham que estão abafando quando na verdade o resto só pensa em quando este filho da puta vai baixar a música.  Oh primo, as mulheres não olham por causa do som, olham para ver quem é o ridículo com tanto mau gosto que está passando na rua delas. Te liga e desliga (o som)!

Levar o celular para o treino


Aí você está lá no meio de uma corrida, super empolgado e de repente toca o celular do cidadão ao seu lado. Ele a bem dizer nem estava muito a fim de se puxar na corrida, pára e fica um tempão ali falando com a namorada, a mãe, o amigo, o vizinho, etc etc. Aí depois dos abdominais, você vai correndo para o supino inclinado e tá lá o sujeito com a toalha alugando o lugar e dê-lhe trolóló no telefone. Se é para ficar falando fica em casa, mas acho que estes caras gostam de ficar se fazendo em uns tênis mizuno amarelo-caganeira, pagando de gostoso e ainda fazem cara de cansado quando deixam a academia. Depois se perguntam porque não emagrecem, mas só malham o ouvido porra!

Poder de sedução

Para mim nada é mais sedutor em um homem do que a voz grave, rouca. Apaixonei-me pelo marido primeiro pelas poesias que trocávamos e depois pela voz, muito antes de ter qualquer foto. Não sei explicar, mas a voz vem do interior da alma, se formos bons observadores, podemos ler quando é verdadeira, quando treme de amor, quando mente, quando omite. Até hoje quando o escuto pela internet (que infelizmente não é a mesma coisa que pelo telefone) fico mexida. Lembro-me a primeira vez que escutei a sua voz, foi em uma tarde de julho, fiquei horas a tremer os joelhos de tão nervosa, qual animalzinho assustado. Como naquela época não tínhamos webcam, o que nos ligava era a voz. Aquela voz morna e rouca me acalentou meses a fio quando estava carente, quando tive medo, quando tudo o que queria era fugir. Por detrás dela estava o homem por quem me apaixonei, mas no princípio era só ela, como se tomasse corpo e me abraçasse, como se fosse a única coisa a provar que não era tudo minha imaginação. E agora depois de quase uma década, aqui estou outra vez à espera que sua voz me envolva e me cale as preocupações. Que sua voz me sustenha e que nunca me diga adeus.

Juro que não sei

Não entendo porque as pessoas aqui não usam o home bank. É tão, mas tão mais prático do que andar em filas para pagamento, andar em trocentos bancos em um só dia, fora que no fim e no início de cada mês é um Deus nos acuda. Quando estava em Portugal tinha algumas contas em débito direto e o resto pagava pela net. Nunca tive problema algum com isto, tem-se os códigos ou o sms dependendo do valor a ser pago e é um sossego. Guardava todos os comprovantes separados por mês e por serviço, em uma tarde tinha tudo despachado e podia ficar tranquila até o próximo mês. O pessoal daqui é desconfiado, decerto acham que vão ser roubados por hackers ou coisa do gênero. Já eu acho que é muito mais provável isto acontecer quando saem do banco... Já desisti de convencer a minha mãe a fazê-lo, se bem que ela quer é uma desculpa para andar sempre na rua.
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