segunda-feira, 29 de abril de 2013

Instagram


domingo, 28 de abril de 2013

É tudo uma questão de roldanas

Quando estou entre séries fico a pensar em tantas coisas, entre as numerosas bobagens que me passam pela cabeça,  lembrei de olhar para o peso que estava levantando: 100 quilos. Uau quando pensei que ia levantar 100 quilos na vida? Claro que esperava não serem os MEUS 100 quilos. Neste mesmo exercício lá nos meus tempos áureos, levantava apenas a metade e agora como podia a recém estar (re)começando a treinar conseguir este feito?! Claro, a culpa é das roldanas. Quanto mais roldanas tiver, mais leve fica para levantar, oh que me serviram as aulas de física! Enquanto a maioria dos aparelhos antigos tem entre uma e duas, este tem quatro (dizem que é para evitar lesões musculares).
Ora então se me pusesse a levantar 100 quilos no duro, não ia conseguir, com uma roldana talvez fizesse uma série apenas e com quatro, aquilo ainda me parece leve, mas não quero abusar. A realidade é como estas barras numeradas, existe, posso tocar e tentar levantar, mas para isto, tudo vai depender da minha força, e também das roldanas que tenho disponíveis no momento. Acho engraçado quando gabam-se de dizer "verdades", ora ninguém consegue perceber a verdade porque ela não é mensurável por si mesma. Depende do nosso crivo pessoal, das nossas crenças, das nossas roldanas que vão fazer a minha perceção mais leve ou pesada no meu olhar sobre o outro. 
Acho muito educativo observar pessoas que gostam de dizer verdades. Pura e simplesmente porque quanto mais verdades elas dizem, mais revelam a sua fragilidade e os seus entraves sociais. Pessoas genuinamente  maduras nunca se ofendem se são chamadas de infantis. Pois que são maduras e maturidade implica em saber relevar muitas coisas e saber escolher as brigas que valem a pena enfrentar. Por outro lado, o que aponta o dedo revela muito mais de sua personalidade do que a sua suposta verdade sobre o outro. É por isto a célebre frase de Freud: quando Pedro fala de Paulo sei mais sobre Pedro que de Paulo. Penso mesmo que somos todos espelhos uns para os outros, portanto a verdade tão reclamada por estas pessoas, é tão e só a sua verdade e que serve para ela mesma, com tudo de bom e ruim que a sua própria imagem reflete.

sábado, 27 de abril de 2013

Tudo vale a pena se a mente não é pequena



Parafraseando Fernando Pessoa para falar de subemprego. Ahn? Como assim? É isto, de acordo com o dicionário subemprego é definido por: 

"Emprego não qualificado e que mal satisfaz as necessidades de sobrevivência.
Aplicação (de valores) com rendimento baixo e sem garantia: subemprego de capital.
Situação em que a mão-de-obra só encontra trabalho periodicamente ou em que o número de oportunidades não alcança o de pessoal habilitado." 

Então é assim, não sou contra os brasileiros irem ganhar o mundo e fazerem coisas que em sua terra jamais fariam, tais como lavar o chão de hotel, ser empregada doméstica, babá, etc, etc. Não sou contra viver em subemprego se a pessoa tiver um objetivo de vida, seja juntar dinheiro para comprar sua casa, seja estudar, ter um curso superior, seja viajar, conhecer novas culturas ou simplesmente aprender uma outra língua. Todos os motivos são válidos. Por exemplo, tive uma amiga em Portugal que foi trabalhar de promotora em supermercado (na época que ainda se pagava relativamente bem), ela juntou a grana e pagou toda a faculdade com este dinheiro. Ela tinha um fim que era sair daquele degrau e avançar, crescer, mudar. Agora uma coisa que nunca vou entender é quem saia de "casa" para viver com mais dez brasileiros em um apartamento, que trabalhe de dia para comer de noite e fique estagnado naquilo como se fosse a melhor coisa do mundo. Ah claro, posta fotos na net para os outros dizerem, olha o fulano tá ná Europa. Mas ninguém sabe o que o fulano faz. O fulano não conta que trabalha por turnos e que limpa merda de desconhecidos. E o fulano não tem qualquer perspetiva de vida a não ser viver um dia após o outro e pagar de vip em sua terra natal. 
A minha definição pessoal de subemprego é aquilo que está conjugado entre se esta ocupação proporciona meios para além da sobrevivência e o fator de  realização pessoal.  Por acaso não conheço ninguém que um dia acordou e disse que seu sonho era ser lixeiro. Nada contra a profissão que é digna, mas sejamos honestos quem é que sonha isto para a sua vida ou a de seus filhos? Principalmente vindo de alguém que estudou e que tem dicernimento suficiente para render mais? 
Não quero entrar na separação das profissões que são valorizadas em detrimento de outras, tais como medicina, advocacia, em relação à camareira, a atendente de mesa, etc. Eu mesma como já disse, trabalhei em uma fábrica. Não me orgulho e também não me envergonho. Eu mesma candidatei-me a uma vaga de camareira, não tenho qualquer vergonha nisto, mas é uma solução temporária, pois que valorizo a educação e esforço que tive e também reconheço que consigo mais e melhor. Não é a profissão em si que faz alguém ser mais que os outros, o que me refiro é uma separação óbvia entre a pró-atividade dos sujeitos. Não há nada de mal em ser empregado do Mc Donalds, nem em ser faxineira. O que está mal é ver uma pessoa com curso superior se contentar em ser isto indeterminadamente. Para uma pessoa que não possui quase instrução e que digamos bem a verdade nem tem vontade de crescer, varrer as ruas da cidade está de bom tamanho. Agora estranho, muito estranho é uma pessoa que teve uma boa formação se contentar em subempregos para o resto da vida. E pior, ainda achar que a culpa disto tudo é de seu país, o que é no mínimo incoerente. Mas lá está, nem sempre instrução anda de mãos dadas com maturidade emocional.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Que bom seria...

se as coisas fossem mais simples, se não gostas de uma pessoa, exclui do teu perfil, bloqueia os seus disparates. Se fizeres o sujeito delicado, então é só cancelar a assinatura, assim como quem está ao lado e abstrai-se da conversa. Se fosse fácil, proibirias de publicarem no teu mural, assim como se protegesse a tua porta de desaforos e raivas. Mas a vida infelizmente não é assim, tanto que ainda somos pela ironia obrigados a cruzar com as mesmas pessoas que deletamos do pensamento tempos atrás. O mundo dá voltas e nada garante que um desafeto não está lá ao virar da esquina. Eu por hoje safei-me de alguém, embora com muita pena minha, apenas virtualmente.
Web Statistics