domingo, 5 de maio de 2013

Contradições de revistas e sites para mulheres



Quando uma receita hiper calórica e atrativa nos deixa a babar, para logo abaixo aparecer uma nova dieta da alface! Olha que legal, não passe fome, a alface pode ser ingerida a qualquer hora, só tem 14 calorias!


Ham ham, quando vamos deixar de ser assim hein?


Relógio sem bateria


Ando sem tempo
não sei se fui eu que o perdi ou ele que me quis perder
ando sem tempo
sem hora nem minutos
com os segundos todos espalhados ao chão
não dou-me ao trabalho de juntá-los
nunca o fiz e não vai ser agora que irei começar
ando sem tempo e ando leve
às vezes pego o tempo emprestado dos outros
porque a vida não é só olhar a sombra que o sol desenha
e a andar sem tempo
tenho aprendido a deixar as coisas no seu tempo
tenho me desprendido do tempo
mas ainda guardo o medo de que ele passe e deixe-me só
leve as pessoas que amo, leve o mundo afora
deixando-me leve do que me importa
até que ele mesmo caia no esquecimento
que ele e também eu não passemos de memórias
de alguém que levou o tempo que era para mim.

*À propósito, vou buscá-lo amanhã.

Bobagens testosteronísticas

Se tem coisa que não entendo é o fascínio que a ala masculina tem em escutar entrevista de jogador de futebol. Principalmente quando o juíz apita, termina o jogo e lá vão os repórteres atrás deles suados, mais preocupados em tirar a camisa do que no resto. Se ganham é sempre um: ah e tal demos tudo de nós,  100%, o time trabalhou para isto, fomos com tudo em cima do adversário e levamos a melhor. Se perdem: a gente deu tudo que tinha, mas não deu, o adversário estava melhor em campo, melhor preparado, vamos em cima, temos que focar mais no resultado e fazer de tudo para ganhar no próximo jogo". Acho até que deve existir um cursinho básico para entrevista, devem decorar umas frases e já está.
É sempre a mesma coisa!!! E aqueles programas de comentário sobre as rodadas? Comentar o que? Já ninguém viu o resultado? Quem ganhou ganhou, quem perdeu perdeu. Ponto. Depois falam que as mulheres que gostam de bater sempre na mesma tecla.

Então o que você achou Roberson? - É, eu acho que o time tava unido, mas fizemo muita cagada, aí pronto, o  Anderson levou treis em nóis.
Sinceridade: o que todos nós queríamos.

Sábado de manhã

Sábado é dia de Muay Thai, assim como terça e quinta. Eu como sempre ando morrendo pela elíptica, com o olhar distraído entre os vidros que ocupam toda a fachada da academia e os meus colegas esforçados (ou nem tanto) nas esteiras. No princípio tive curiosidade  e até ponderei entrar na aula, logo eu que não gosto de aulas de grupo! Mas depois vi que aquilo se encheu de tal forma que os chutes tinham de ser dados com muito cuidado para não dar na bunda do colega da frente. O engraçado é observar as pessoas durante o aquecimento e depois na luta propriamente dita. As mulheres são evasivas, exitantes nos chutes e socos. Os rapazes são ansiosos por se mostrarem melhores que o seu adersário. Acho que esquecemos que apesar de tudo temos muito de animal irracional em nossos genes. E eles nos dizem que as mulheres não nasceram para lutar, nem tem reflexos para isto (salvo raras exceções), os homens tem músculos desenvolvidos e a rapidez necessária para derrubar outro oponente ou uma presa. Basta olhar para um grupo de adolescentes, no modo como passam grande parte do tempo a empurrarem-se para impressionar as meninas, em uma brincadeira de fingirem uma luta entre risos e palavrões. Como diria uma amiga "é mesmo que ver" os filhotes de leão ou qualquer outra espécie a treinar para futuros combates. 
Interessante é ver que ali não há raiva, mas mesmo não havendo raiva o olhar deles muda: ficam focados no adversário. Cada investida encontra uma resposta, uma defesa e posterior ataque. Cada olhar busca uma fraqueza, busca derrubar o outro no chão. De toda a turma, apenas um está avançado, ele é um homem muito feio, alto, cabelo cortado deixando o topo da cabeça mais comprido e tingido de loiro. É afoito, sabe que por enquanto é o melhor. Mas está no meio entre os outros alunos e o professor. Já as meninas estão parelhas, talvez ainda pelo medo de se machucarem, mesmo sabendo que estão todos devidamente protegidos com caneleiras e faixas. Entre elas, cada tentativa uma risada, pensam demais, analisam demais. Talvez a fulana devesse usar uma calça menos berrante ou um top maior...e...e...acabou o tempo. Próxima dupla, grita o professor.
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