quinta-feira, 9 de maio de 2013

A cartomante

Nunca fui de acreditar muito nisto, acho que há para aí muito charlatã(o) a tentar enganar pessoas desavisadas e inseguras. E foi com desdém que recebi a noticia que uma amiga tinha ido a uma cartomante. Já tinha sido indicada por uma colega de trabalho que lhe havia falado maravilhas desta pessoa. Eu andava muito preocupada com esta amiga, já que estava em fase de separação de um casamento que nunca chegara a sê-lo. Não que ache que morar junto não seja o mesmo que casar, muito pelo contrário, mas porque a pessoa em causa tinha uma família antes (mulher e 5 filhos adultos) e nunca fizera o mínimo esforço para oficializar a separação da primeira mulher. Sempre lhe perguntei o porque de ainda aturar isto (a ex fazia de tudo para controlá-lo), mas via nela um medo muito grande da solidão, uma crença que mal estava, mas que não iria arrumar alguém melhor, talvez nem pior. Achava que não iria mais ser desejada por outra pessoa. 
Esta amiga de partida em breve para a sua casa própria, estava na dúvida se levaria ou não o traste junto, qual peça de estimação se tratasse. A torcida contra era grande, segundo ela, eu e mais toda a do flamengo (ou melhor, do Internacional que é o nosso time). Sentia ela balançar e ceder à possibilidade dele estar sozinho e necessitar de apoio, de uma pena fingida que só queria proteger a si mesma. Falei com ela depois da consulta à cartomante e olha, tenho que dar minha mão à palmatória. Se é verdade ou não que a mulher é médium não sei, pode até ser, mas só dela lhe ter garantido que ela ia se separar e mais tarde encontrar uma pessoa que ia lhe fazer feliz, já valeu e muito! Como se diz por aqui, a minha amiga é muita areia pro caminhãozinho dele, se é!

Tenho saudades


Tenho saudades daqueles passeios que dávamos aos finais de semana, mesmo quando não tínhamos carro íamos quase sempre que tivesse tempo bom. Andávamos pelas ruas tortas e quase desertas de Lisboa, pelo Chiado, pelas casas de portas pequeninas e ceroulas balançando ao vento. Andávamos de mãos dadas, um puxando o outro, o outro puxando o um. As vezes tropeçando pelas pedras e lembro em muitas ter me valido teu braço forte quando ao invés de folgadas as pedras se tornavam zombeteiras e escorregadias. Olhamos as vitrinis, perturbamos as pombas, corremos atrás de estátuas e certa vez ficamos (não, fiquei) fã de uma torrada que se fazia em uma tasca. E lá como somos pessoas de hábitos íamos sempre sentar à mesma mesa e pedir a mesma coisa com um suco de laranja. Ficávamos a observar cães passarem, assim como as conversas alheias e ríamos a olhar um para a cara de espanto do outro. Sim, lembra daquela senhora e do neto a elogiarem os óculos de um tal de António, ou seja lá como se chamava o pobre iludido do homem? Ó mas com estes óculos é que se vê mesmo bem! Dizia o rapaz que sequer precisaria de um. E toca o seu António a pagar a companhia o consumo das duas criaturas que fingiam pior do que uma criança de dois anos. 
Depois continuávamos à pé a descida até o Cais do Sodré, passávamos pela loja de animais, o que sempre rendia uns "óinnn que fofo", viu aquele? E aquele? Sim, eu também lembro que algumas vezes insistias para atravessarmos a rua antes, ao que só me sentia menos triste por não ter de suportar o fedor de peixe ao lado da loja. Chegávamos e seguíamos a viagem de meia hora até o Estoril. Eu sentava à janela para ver o mar e as pessoas caminhando no paredão. Tu apertavas a minha mão e a beijava com os nossos dedos entrelaçados e assim víamos o pôr do sol, com pena de ter de voltar a nossa casa. Sim, quando ainda tínhamos casa. Éramos muito felizes e sabíamos.

Gosto muito

Pois é, como já disse acho pouca graça no frio que se aproxima, aliás faz três dias que descemos para mínimas de 5º, mas de uma coisa eu gosto: o retorno dos sapatos mary jane. Sou completamente apaixonada por este estilo, já tive um na cor caramelo que usei até ficar beeem gasto. Tenho um em  plataforma, mas tenho usado pouquíssimo salto desde que voltei a engordar. Ainda tenho um em preto com salto mais fino, social, porém usei apenas duas vezes. Não me dou bem com saltos assim, acho que devia comprar uma almofada de silicone para não doer tanto quando tirar, é que aquilo parece que fica pegando fogo! Será só comigo?








quarta-feira, 8 de maio de 2013

Acabou

Pois é, acabou finalmente a adaptação do Fabian! Aleluia!




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