sexta-feira, 17 de maio de 2013

O tempo (não) pára

O que o fulano vai ser pai? O outro vai ser pai do segundo filho? Li bem isto? Sim, do segundo. O outro casou, o outro noivou. É assim minha cara de espanto quando vejo que meus ex-colegas da escola estão envelhecendo (tal como eu). As meninas já acho mais natural, embora a maioria não tenha filho nem marido. Parece-me um fato que as mulheres amadurecem mais cedo, no entanto quando vejo que algum dos rapazes anuncia que a cegonha lhe visitou a casa, fico com a pulga atrás da orelha. É como se o tempo tivesse congelado, só consigo imaginá-los naqueles uniformes sujos de poeira e suados a jogar futebol no recreio. Não me parece que o menino que ainda ontem jogava vídeo game esteja preparado para avançar de fase. Deve ser o mesmo que acontece quando pessoas mais velhas se admiram em como crescemos, nos formamos e nos tornamos mulheres. Mas apesar de admirarem-se com a evidência, continuam a nos por uma fôrma de criança ou adolescentes, conforme o período em que ficamos congelados. A minha madrinha é assim, até hoje sonha comigo apenas  com nove anos de idade. E apesar de saber que casei e tenho filho, ainda me olha de maneira maternal (o que diga-se de passagem tem um lado bom). 
Tenho reparado que uma imagem mental é difícil de se refazer. Quantas e quantas vezes nos sentimos frustrados porque mudamos certas atitudes e não obtemos reconhecimento? As pessoas já estão com o olhar viciado de nossa personalidade. Está cristalizada a crença de que ninguém muda. As pessoas são assim e pronto. É por isto que temos de nos acostumar a não esperar que tenham o clic, há pessoas que já se acostumaram à escuridão do pensamento e qualquer mudança ao invés de as fazerem enxergar melhor, as cega completamente. 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

E um pouquinho de sorte não vai?

Submeti minha declaração de IRS no dia 4 de maio e hoje, dia 15 ainda se encontra aguardando validação central. Ora isto não me parece nem um pouco normal. Lembro-me de em todos os anos que o fiz, esta situação mudava em no máximo dois dias. É um dinheirinho que viria em ótima hora, claro. Sempre é uma boa hora para dinheiro! Só estou com medo que tenha acontecido qualquer coisa e eu aqui longe e o marido também sem ter como resolver. Com vocês foi tão demorado assim?

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Esta mania de bigode


Não entendo nem porque entrou na moda esta história de bigode. Tem alguma mulher que goste de homem de bigode? Sinceramente as que conheço torcem o nariz. Ah mas um bigode no pescoço já é fofo. Jura? Um bigode na caneca branca, um bigode estampado na camiseta, um bigode de papel para adornar o lápis. Deu, chega! Já enjoou. Qual vai ser a próxima moda? A das carecas? Eu aqui aposto nas perucas. Sempre!

Coisas que eu não gosto

Sempre foi um fato que a escolha da escola do Fabian não passou de uma imposição da minha mãe. É uma escola que cobra o dobro da mensalidade das outras, é longe, e em virtude de ser o dobro ele só pode ficar meio turno. As possibilidades de horários são: no turno da manhã das 7:30 até o meio dia; turno da tarde da uma até as seis e semi-integral das 9 até as 16:30.  Eu entendo que a escola tenha uma proposta diferente em que prioriza o tempo que a criança passa com a família, que dá muito valor ao pátio, às brincadeiras livres ao invés da sala e dos trabalhinhos. Não me incomoda que meu filho aos dois anos não saiba contar até dez, nem que não saiba o nome de todos os bichos, tais como o ouriço e o peixe palhaço. Nem que venha com um cômoro de areia em cada sapato e as roupas sujas de terra e grama. O que me incomoda é que eles não estabelecem um horário para o sono, o qual ainda acho que é muito importante para a idade dele. O Fabian necessita dormir uma hora que seja à tarde, se não consegue fica agitado, agressivo e às sete da noite não se aguenta em pé. No período que fiz a adaptação dele me incomodava de ver as mulheres carregarem as crianças menores que ele e só as levarem quando estavam a dar para o lado. Não existe aquela coisa de todos almoçarem, escovarem os dentes, trocarem fraldas e depois todo mundo deitado para descansar. Eles acham que "respeitam" o sono e o ritmo da criança, mas o que acontece é que tendo o pátio e as brincadeiras, tudo que os pequenos querem é aguentarem ao máximo e alguns até nem sequer dormem porque as outras crianças estão na rua. Quando se rendem tanto pode ser às 14, às 15 ou às 16 horas da tarde. Não há rotina do sono e com o Fabian é ainda pior, pois ele tem mais resistência que um bebê de um ano, ainda que não tenha a de uma criança de quatro que já não tem necessidade de sestear. 
Outra coisa que me incomoda são os lanches naturais. Um dia ele não comeu nada, só tomou suco porque o lanche foi uma tigela de arroz integral com brócolis. Não gosto de radicalismo alimentício, principalmente porque isto me faz lembrar tão bem da minha infância. Quando tínhamos nossa casa, comprávamos os legumes e frutas na feira biológica, mas também comíamos carnes branca e vermelha e iogurtes com açúcar. Não vejo qualquer problema nisto, é uma opção de vida. Não consigo sequer pensar em ser uma natureba ecolouca destas. 
Irrita-me e esta é umas das coisas que estamos com problemas em gerir porque tem me sido muito duro aceitar estas intromissões da mãe na minha vida. Cansa porque para convivermos sempre tem de ser eu a ceder e sei que não faço de boa vontade, fico remoendo e guardando muita mágoa por ela não respeitar nenhuma decisão que tome. Por enquanto o Fabian tem dormido depois do almoço e depois o levamos na escola, mas agora ela determinou que a partir de amanhã levará à uma hora e ele que durma lá se lhe der vontade. Já discutimos, mas o problema é que vitimiza-se, acha que eu sou dura por simplesmente exercer um direito meu que é estabelecer regras para o meu filho. Tem horas que eu já nem sei o que fazer, nem como agir, se fico batendo murro em ponta de fca ou se cedo para não me incomodar. A minha mãe é a pedra mais dolorida que já tive no sapato e não vejo a hora de expulsar esta pedra de vez.
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