domingo, 9 de junho de 2013

Eu e a meditação


Pensava eu que era impossivel conseguir o feito de silenciar minha mente a fim de meditar. Quem já tentou enveredar por estes caminhos, sabe que a melhor forma de no início tentar acalentar ou nas palavras mais usadas na cultura oriental "controlar" a mente, é imaginar algum objeto, um vaso, a chama de uma vela por exemplo, e concentrar toda a atenção nisto. Tentei também estar consciente da minha respiração, do ar saindo e entrando, ocupando todos os pulmões. Pois parece que não consigo mais de alguns segundos, meu pensamento escapa para as coisas mais absurdas (ou não) e quando vejo, estou relembrando um sonho anterior e tentando achar uma explicação para ser a quinta vez que sonho que ando com o Fernando à procura de um quarto de motel com uma banheira rosa em forma de coração. WTF?!! Porque sonho repetidamente com isto? (Fora a razão da falta de sexo não vejo nenhuma explicação sensata, até porque já sonhei com isto quando estava muito bem satisfeita neste quesito). Eis que engano-me, afinal consigo meditar. Pena ter descoberto no caminho da academia para casa, fugindo de uma diarreia fenomenal. Claro, não deve haver criatura neste mundo que se desconcentre do cu nestas horas!!

Facebookeando


Sangue para mim não quer dizer nada

As minhas primas e a família dela do interior tem um jeito de ver as coisas que não compreendo. É que elas consideram até as primas em décimo grau como parente, e é um tal de primo para cá, primo para lá que chega a fazer impressão. Já disse por aqui que tenho um meio irmão. Não, na verdade tenho dois: o Matheus e o Lucas (que coisa original, parece aquela dupla sertaneja lol). Há uns tempos atrás andei fuçando no google o nome do primeiro e o sobrenome que meu pai biológico negou-me. Só então fiquei sabendo que tenho outro irmão. Eles devem ter 25 e 23 anos respetivamente, fazem faculdade de engenharia informática e são uns nerds. Novidade! Só entram em redes sociais para jogarem e comecei a imaginar uma forma de me aproximar do mais velho, visto que para mim fazia mais sentido. Descobri facinho o email dele da faculdade e lhe mandei uma pergunta apenas: oi, você é filho do .....? Não esperei grandes respostas, bem na verdade até esperava, mas não queria criar expetativas. Depois de uns dias ele confirmou-me e me perguntou quem era. Prontos, fisguei. Contei-lhe da minha história, tipo novela mesmo, sou tua irmã e tal, to casada e moro em Portugal, me formei na ufrgs, etc. Depois de um tempo, um smile e uma frase. Era só eu perguntar e ele respondia monosilabicamente, mesmo deixando claro que não queria um centavo da herança do pai deles. Se tem coisa que me irrita talvez mais do que as pessoas curtas e grossas, são estas que a gente puxa assunto e eles não desenvolvem. As tantas ficamos falando para as paredes e desistimos. Acho que era a sua intenção desde o início, embora nunca chegou a ser mal educado comigo. A sério que não entendo, imagino eu no seu lugar, se com esta idade alguém me dissesse que tenho um irmão e que quer me conhecer, ver afinidades. comparar narizes e boletins. A sério que não entendo a falta de interesse, a sério que mandei-lhe a merda em pensamento. Às favas com a porra do sangue! E com desgosto vi que na única foto que ele tem na net, temos algumas semelhanças... 
Para mim bastou de ilusões, a minha família é o meu marido e o meu filho. A estes devo a minha preocupação e atenção. E fico muito satisfeita que nisto estamos em sintonia, que o marido pense exatamente como eu. Para que família? Para retratinho de Natal? Para intromissões? Para fofocas? Não obrigada. Família é aquela que cabe dentro da nossa casa, e a propósito, pouquíssima gente agora vai ter o prazer de visitá-la. Questão de poucos dedos de uma mão (tá bem, só a minha avó, vá).

sexta-feira, 7 de junho de 2013

As "pampufas" e o amor (coisas da escolinha do Fabian)

Na salinha deles não usam os sapatos, logo que chegam vão correndo pegar as pantufas na cesta de vime e a professora guarda os que tem calçados em uma sapateira de pano. Nos primeiros dias o Fabian andou de tênis ou de meias (dependendo de como estava o tempo), isto porque um dos meninos insistia que era dele a pantufa dos carros e a professora na dúvida deixava assim. O Fabian nem se importa de emprestar as coisas quando lhe dão algo em troca, e o mal entendido só foi desfeito quando avisei que já havia trazido as dele. A partir daí o menino não pôde mais colocar as tão adoradas pantufas do Macqueen e desatava a berrar por isto. A situação repetia-se tanto que teve a mãe de ir ao mercado urgente e  trazer-lhe umas pantufas iguaizinhas ao do meu filho. 




Tenho uma amiga a quem chamo de Ju. Um dia disse para o Fabian que ia sair com a Ju, que voltaria logo e que ele ficaria com a vó enquanto isto. Ele disse magoado: a minha Ju não!! Na sala dele tem uma menina chamada Julia, a quem todos apelidaram de Ju. É uma menina linda, loira de chiquinhas e olhos azuis expressivos. É quase tão alta quanto ele e tem um sorriso muito doce de menina recatada. Hoje ao falar com a professora, fiquei sabendo que para o Fabian todas as meninas da sala são Ju e que quando ela vem (agora anda doentinha em casa), ele só quer brincar com ela e faz mil e uma coisas para agradá-la. Ora meu filho tem muito bom gosto! Mas pensei cá pra mim, coitado do meu guri, não tarda vai ser feito de gato e sapato pois que as quietinhas são as piores (bem diz o pai dele). É o meu lado sogra a falar, eu sei, mas filho, aprende que por mais que lhes faça, as mulheres são eternas insatisfeitas. As mulheres querem dizer milhões de coisas com um humhum e quando dizem que está tudo bem, não acredita, filho. É porque não está!! Mas ainda vais a tempo de aprender, aproveita esta fase, hoje a faz feliz uma comidinha caseira, talvez amanhã seja um nº 5 ou uma viagem ao Camboja.
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