terça-feira, 11 de junho de 2013

Fabionices



Ao ver que na água da banheira subiram umas bolinhas, pergunto ao Fabian:
- Tu fizeste pum?
- Naum fizi pum, mãe. To fazendo bauio com a bunda!


Grande desculpa inventaste para o teu pai! lol

Tomar partido

"C'est lui pour moi, 
moi pour lui dans la vie"..



No sábado à noite a mãe saiu com pressa a fim de falar com a sua tia, queria saber mais sobre o irmão que o vô teve fora do casamento (ou melhor, antes do casamento) com a minha vó. Não entendo porque este desespero súbito por saber da história toda, já que ela teve mais de cinquenta anos para isto. Enfim... Depois contou-nos que o vô tinha sido nas palavras dela um "cagão" ao não assumir aquele filho. Ainda doeu-me o peito do estômago (como lhe chamo o lugar onde dá aquela dor na barriga), não gosto quando falam mal dos meus. Sim, ele foi um cagão da mesma forma como o foi o meu pai biológico, mas ele tem a desculpa por assim dizer, que se fosse tratá-lo como um Costa teria de comprar uma briga feia com a minha vó. Ele preferiu deixar como estava e a falta de interesse por parte da mãe do C. por  nunca o ter procurado, reforçou a maneira como se levava o assunto. 
Posso compreender meu avô, acredito até que há uma tendência quando os filhos se "intrometem" nos assuntos de casais, que o homem tome partido da mulher e a mulher penda mais para os filhos. Talvez por ter uma opinião menos apaixonada sobre a maternidade, confesso que meu marido está sempre em primeiro lugar, nunca imaginei ser de outra forma. Os filhos crescem, vão a sua vida, constituem família, e passam a ter as suas prioridades. E às vezes se não soubermos resolver os atritos, destruímos uma relação em nome de que mesmo? De alguém que mais cedo ou mais tarde vai alçar voo e descobrir por si mesmo como é delicado relacionar-se. As mulheres infelizmente acham que existe algo de muito forte e sobrenatural que lhes liga às crias e não há ninguém no mundo que possa cortar este fio. Disse-me a minha mãe quando tem lá os seus ataques de choro em que me abraça em convulsão, de que eu e o neto somos tudo o que ela tem. Na verdade devíamos nos bastar, devíamos ser completos sem ajuda de ninguém, mas já que não é possível, devíamos ao menos ser mais justos conosco e valorizar quem está do nosso lado. Acho mesmo que neste e em outros aspetos tenho um cérebro masculino, vejo a vida com outra lógica, com menos sentimentalismo e mais objetividade. E claro, talvez, com mais egoísmo.



O sonho

Estava sentada no sofá quando uma mulher se aproximou. Ela vinha sorrindo, nunca a havia visto na vida nem no sonho. Sabia, tinha a certeza de que se tratava da primeira vez em que nos olhávamos. Ela sentou. Tinha o corpo arredondado e os cabelos castanhos um pouco abaixo dos ombros. Ficamos um tempo nos observando, até que ela quebrou o silêncio. Estendeu as mãos para mim e disse: 
- Obrigada! Obrigada por me trazer o meu filho!
Fiquei embevecida com aquele sorriso tão sincero. Acho que nunca obtive tamanha gratidão de alguém. Estendi-lhe por minha vez, as mãos em concha para dentro das dela.
- Teu filho não. Nosso filho. - Sorri. 
E foi assim que soube que aquela doação de óvulos dera frutos, ou melhor um fruto, um menino. Hoje deve andar quase a fazer um ano e sinto-me muito feliz por ter ajudado a realizar o sonho deste casal. Sinto como uma intuição mais forte do que qualquer lei física, que aquele encontro realmente aconteceu em outro plano e que aquela mulher, aquela mãe, teve a vontade de expressar toda a felicidade que sentira cinco meses depois de engravidar.

Para emagrecer basta...



Se você completou a frase com "fechar a boca", enganou-se. Pois é, como se já não bastasse o sofrimento que é estar de boca fechada para tudo que é bom, a ciência deu mais uma ajudinha à mãe madrasta natureza. O médico Nikolas Chugay descobriu que se atasse na língua uma atadura abrasiva usada para reparar érnias, provocaria tanto desconforto para comer que obrigaria a pobre criatura a uma dieta de líquidos. A técnica promete a perda de até 13 quilos por mês, bah eu já ficava feliz! Mas com aquela coisa na língua não fica um pouco difícil de falar? É que sem comer e sem falar e o marido sem (imaginem), o resultado ia ser uma gostosa separada e deprimida! 
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