sexta-feira, 14 de junho de 2013

Lixo é você!


Esta semana circulou um vídeo de um cara dirigindo nos Eua. Ele falava em suma sobre o alto custo de vida no Brasil, com um monte de palavrões no meio (que eu não tenho nada contra isto), mas chamar o seu país de merda é indigno demais. Sinceramente eu não sei porque a vida aqui é tão cara, ou melhor, claro que sei, altos impostos, corrupção, um povo culturalmente passivo. Porém há uma coisa que me incomoda nestes emigrantes deslumbrados: os Eua tem um custo de vida mais baixo? Tem carros mais acessíveis? Tem! É inegável. Mas e quanto ao resto? Quanto ao ensino superior, sabem que um estudante tem de pagar 100 mil dólares para poder se formar? O que é basicamente antes de ter qualquer retorno profissional já estar devendo até o pescoço. E quanto a segurança? Ótima diga-se de passagem. Os altos impostos vão principalmente para fins bélicos, portanto é óbvio que a sua polícia muito melhor treinada e equipada será mais eficiente. E quanto a saúde? Se alguém não tiver plano de sáude é simplesmente expulso do hospital! Inclusive há uma cena chocante em um dos filmes do Michael Moore em que um doente sai só com o avental completamente desorientado. O nosso Sus é uma questão de sorte, mas hoje existem várias unidades de atendimento conveniadas com hospitais privados, não é a mesma coisa, mas tem muito mais dignidade, nem dá para comparar.
Ah e já ouviram falar do Prism? É o sistema que vigia tudo que um cidadão faz na internet a nível mundial. Imaginem as vossas conversas no Facebook, no skype e falecido messenger invadidas. Mas não se preocupem porque é só se vocês forem suspeitos de um crime ou terroristas, o problema é que o governo americano é um pouquinho assim para o paranóico.  Alguém já disse que os fins justificam os meios, não é?! Nada não, é que sou assim muito ingênua e pensava que isto só acontecia na ditadura.
Eu não tenho nenhum ódio de estimação com relação aos Eua, a sério. Só acho um bocado injusto estes emigrantes enxergarem a realidade de forma tão mas tão dicotômica. E ridícula. Exaltar uma realidade de carros bons, ótimo policiamento e estradas, tudo bem! Seria muito legal se o Brasil também se equiparasse a isto. Falar que o futebol é o ópio do povo, concordo, tem toda a razão. Mas não seria esta pseudo igualdade material também uma forma de deixar o pobre iludido enquanto a elite tem muito mais privilégios? Digo eu que leio tanto sobre o alto grau de racismo contra "espanos" e "afro-americanos" e que vejo que também há segregação em favelas ou melhor bairros sociais (já que favela é só coisa de terceiro mundo). Para já não falar que é extremamente de lamentar que alguém se referira a sua terra como "lixo". Pois eu acho muito bem que quem pense desta forma se mude! E assim vá aos poucos percebendo que será muitas vezes  tratado como lixo, com subempregos, com precariedade no que diz respeito a segurança laboral e claro, com preconceito.  É  a tal síndrome do vira-lata, em que se endeusa europeus e norte-americanos. Eu até acho desculpável que os brasileiros que nunca tenham saído do país pensem assim. Na minha opinião, pessoas que já conhecem outra cultura, deveriam alargar horizontes, tornarem-se mais maduras e abertas, deveriam relativizar seu preconceito e ver que cada lugar tem coisas boas e ruins. Acho que meu problema é ter grandes expetativas sobre os emigrantes. Deveria rever isto.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

É dia dos namorados...


E eu aqui sozinha! Buááááá!!!

terça-feira, 11 de junho de 2013

Fabionices



Ao ver que na água da banheira subiram umas bolinhas, pergunto ao Fabian:
- Tu fizeste pum?
- Naum fizi pum, mãe. To fazendo bauio com a bunda!


Grande desculpa inventaste para o teu pai! lol

Tomar partido

"C'est lui pour moi, 
moi pour lui dans la vie"..



No sábado à noite a mãe saiu com pressa a fim de falar com a sua tia, queria saber mais sobre o irmão que o vô teve fora do casamento (ou melhor, antes do casamento) com a minha vó. Não entendo porque este desespero súbito por saber da história toda, já que ela teve mais de cinquenta anos para isto. Enfim... Depois contou-nos que o vô tinha sido nas palavras dela um "cagão" ao não assumir aquele filho. Ainda doeu-me o peito do estômago (como lhe chamo o lugar onde dá aquela dor na barriga), não gosto quando falam mal dos meus. Sim, ele foi um cagão da mesma forma como o foi o meu pai biológico, mas ele tem a desculpa por assim dizer, que se fosse tratá-lo como um Costa teria de comprar uma briga feia com a minha vó. Ele preferiu deixar como estava e a falta de interesse por parte da mãe do C. por  nunca o ter procurado, reforçou a maneira como se levava o assunto. 
Posso compreender meu avô, acredito até que há uma tendência quando os filhos se "intrometem" nos assuntos de casais, que o homem tome partido da mulher e a mulher penda mais para os filhos. Talvez por ter uma opinião menos apaixonada sobre a maternidade, confesso que meu marido está sempre em primeiro lugar, nunca imaginei ser de outra forma. Os filhos crescem, vão a sua vida, constituem família, e passam a ter as suas prioridades. E às vezes se não soubermos resolver os atritos, destruímos uma relação em nome de que mesmo? De alguém que mais cedo ou mais tarde vai alçar voo e descobrir por si mesmo como é delicado relacionar-se. As mulheres infelizmente acham que existe algo de muito forte e sobrenatural que lhes liga às crias e não há ninguém no mundo que possa cortar este fio. Disse-me a minha mãe quando tem lá os seus ataques de choro em que me abraça em convulsão, de que eu e o neto somos tudo o que ela tem. Na verdade devíamos nos bastar, devíamos ser completos sem ajuda de ninguém, mas já que não é possível, devíamos ao menos ser mais justos conosco e valorizar quem está do nosso lado. Acho mesmo que neste e em outros aspetos tenho um cérebro masculino, vejo a vida com outra lógica, com menos sentimentalismo e mais objetividade. E claro, talvez, com mais egoísmo.



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