quarta-feira, 10 de julho de 2013

Fabionices

O Fabian olha para as bananas que estavam separadas por estarem podres e enegrecidas. Toca com o dedo indicador e vê que dali sai uma meleca. 
Fabian vira-se para a minha mãe:
- Vó, feizi pum na manana? 



terça-feira, 9 de julho de 2013

A educação "realista"

Como já disse, não há certo nem errado, há o que achamos que funciona melhor em nossa rotina. Em um dos emails um pai disse que ensinava o filho a retribuir a agressão com beijinhos e abraços. Sério? Sinto pena desta criança porque eu mesma fui ensinada a não retribuir com tapas e o que estiver mais à mão, o que teve como resultado esta enorme agressividade passiva que trago ainda hoje. Não, para mim nunca deve-se começar uma briga, como diz um ditado aqui do sul: dou um boi para não entrar numa briga, mas dou uma boiada para não sair. Temos de ensinar as crianças a não serem agressivas, mas a saberem defender-se quando necessário. Não é retribuindo com beijinhos e abracinhos que as coisas mudam. Isto é irreal! Que tipo de adulto que este pai está preparando para o mundo? Alguém que vai viver no mundo dos pôneis cor-de-rosa?? Entre elefantes de bolinhas?? Pelamordedeus, não a educação positiva, sim, um grande sim à educação que leva em conta todos os aspetos da essência humana e um deles é a violência. Saber direcioná-la através de um esporte, de atividade artística como é óbvio, mas nunca negá-la e varrê-la para baixo do tapete. o resultado pode ser o oposto.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Facebookeando


Nem mais.

A imagem mental


Estou encurralada entre uma onda após outra. A onda é furiosa, um punhado de água com vontade própria. Bate-me nas costas, na cabeça, na barriga. Tento defender-me e quando consigo respirar em uns segundos de sossego, ela ataca novamente. Eu debato-me, as mãos e pés instintivamente, procuro permanecer viva. É isto, trata-se tão e somente de sobrevivência. E nestes momentos quem já passou por isto sabe que a cabeça pouco pensa: quem assume o controle é o corpo. Se fossem apenas as ondas...mas não, de um lado as ondas, do outro as rochas. Sinto-me a afogar em medos, mágoas e desilusões. A raiva de permanecer em um lugar cuja convivência beira o insuportável. A minha inércia ante as ondas, a minha raiva perante elas, inócua, pois dou socos incessantes sem obter qualquer sucesso. As rochas castigam-me com a sua rudeza, e reviro-me contra elas também indignada por não me oferecerem a saída para este pesadelo. Debato-me, protejo-me. E tenho a sensação de que nunca é suficiente. Tudo parece querer derrubar-me ao fundo. A tão sonhada paz e segurança se faz longe, angustia-me a solidão, a exclusão social e linguística. O desconhecido, os desconhecidos. O medo de enclausurar-me entre quatro paredes e andar por ali a construir muros e brincar de fossos e cercos, de ataque e defesa. Quando é que irei parar de procurar a idealidade nas coisas? O futuro brinda-me com duas escolhas: permanecer ou abandonar. Na dúvida convivo com as duas, as ondas e as rochas. E elas vão me minando o juízo aos bocados, deixando-me o corpo cansado e a mente em processo de permanente estado de emergência. Crescer dói. Mudar dói. Amar dói. Perder dói. Pensar dói. Lutar dói. Principalmente quando sente-se o mundo todo a empurrar para uma decisão.
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