sexta-feira, 12 de julho de 2013

É caso para dizer: finalmente!


Temos as passagens na mão!! Saímos daqui dia 27 de agosto, chegamos dia 28 pela manhã em Lisboa. Vamos ficar na casa de um casal amigo recarregando energias e colocando a conversa em dia. Saímos de Portugal no dia 29 e chegamos três horas  depois em Paris, onde o Fernando nos espera. Ficamos o dia e dormimos em Paris para aproveitar o serviço de bagagens do trem. No outro dia seguimos de tgv até Strassbourg em uma viagem de duas horas e meia. Depois pegamos o tram até Schiltgheim e 20 minutos depois mais uma pequena caminhada...ufa! Finalmente em CASA! 

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Calhou-me o leão na rifa

Tenho a certeza de que isto começou por culpa do biólogo. Naquele exato momento em que olhou para o microscópio em uma busca metódica pelo melhor nadador. Posso sentir como exitou quando percebeu que ali não havia qualquer concurso de quem nadava melhor, ou de quem chegava mais depressa na borda da placa de petri. Estavam todos boiando ao sabor da maré. O biólogo não se deu por vencido e procurou com mais afinco, deu umas sacudidelas com a pinça e voilà, surgiram dois frenéticos e hiperativos salva-vidas. Acho que foi assim que tudo começou. 
O Fabian não foi um bebê daqueles de dormir a noite toda ou boa parte dela aos dois meses (nem aos doze). Também não foi daqueles que ficam mais de dez minutos em uma espreguiçadeira. O Fabian não foi daqueles bebês que podem ficar brincando ao chão por algum tempo, nem dos mais calmos entre os colegas de creche. O Fabian sempre foi exigente e agitado, fujão e desobediente. Às vezes olho para ele e pergunto-me se fora a casca genética se há algo nele que seja como eu. E não consigo encontrar. Ele é alegre, efusivo, eu era tristonha e calada. Ele não pára um minuto, eu brincava com as corujas de louça da minha madrinha. Ele brinca de empurrões, eu brincava de fazer chá. Ele não suporta estar muito tempo sem um adulto a distraí-lo, eu ficava horas a desenhar e brincar de boneca. Ele disputa para ser o rei do pedaço, eu não gostava e não gosto até hoje de protagonismo. Tão, mas tão diferentes... que se eu acreditasse que a personalidade vem do corpo e não da alma, deixava a culpa toda ao biólogo! Não podia lá o homem pegar um daqueles calminhos? Aprendia a nadar aqui fora, ora bolas.

Fabionices

O Fabian olha para as bananas que estavam separadas por estarem podres e enegrecidas. Toca com o dedo indicador e vê que dali sai uma meleca. 
Fabian vira-se para a minha mãe:
- Vó, feizi pum na manana? 



terça-feira, 9 de julho de 2013

A educação "realista"

Como já disse, não há certo nem errado, há o que achamos que funciona melhor em nossa rotina. Em um dos emails um pai disse que ensinava o filho a retribuir a agressão com beijinhos e abraços. Sério? Sinto pena desta criança porque eu mesma fui ensinada a não retribuir com tapas e o que estiver mais à mão, o que teve como resultado esta enorme agressividade passiva que trago ainda hoje. Não, para mim nunca deve-se começar uma briga, como diz um ditado aqui do sul: dou um boi para não entrar numa briga, mas dou uma boiada para não sair. Temos de ensinar as crianças a não serem agressivas, mas a saberem defender-se quando necessário. Não é retribuindo com beijinhos e abracinhos que as coisas mudam. Isto é irreal! Que tipo de adulto que este pai está preparando para o mundo? Alguém que vai viver no mundo dos pôneis cor-de-rosa?? Entre elefantes de bolinhas?? Pelamordedeus, não a educação positiva, sim, um grande sim à educação que leva em conta todos os aspetos da essência humana e um deles é a violência. Saber direcioná-la através de um esporte, de atividade artística como é óbvio, mas nunca negá-la e varrê-la para baixo do tapete. o resultado pode ser o oposto.
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