segunda-feira, 26 de agosto de 2013

C'est lui pour moi, moi pour lui dans la vie...


Já fiz uma série de posts sobre isto, mas como sou insistente, lá vai mais um: as pessoas decepcionam-me. É verdade, e eu reconheço minha parcela de culpa nisto. Queria ser daquele tipo de gente que não tá nem aí, que não espera nada de ninguém...algo do gênero monge budista que acredita que o desejo é o maior obstáculo para a felicidade. No entanto há algo que me impulsiona para isto, eu acho que as pessoas deviam ter alguma consideração pelas lembranças que deixaram em meu passado. E quem retorna ao seu país é como se entrasse em um túnel do tempo em que ninguém mudou, nada mudou, só nós mesmos. E esperamos encontrar o que talvez nunca tivesse sido. Agora vou parar de ser evasiva e vou direto ao ponto: as minhas primas por exemplo. Moram há quatro horas e meia de viagem e sabem quantas vezes nos econtramos neste um ano que estou aqui? Uma! E se fosse só isto, mas não é...quando querem realmente vir a uma festa por exemplo, ou como agora na semana Farroupilha, os piquetes e desfiles gaúchos, elas vem. E o que me irrita é depois a hipocrisia de mandar recados dizendo que tem saudades e que nos amam muito. Amam o cacete. Já falei das amigas, não disse? Esqueci de dizer da desculpa que uma me deu sobre a chuva, mas não percebeu que minutos antes postou umas dez fotos na casa da irmã com as sobrinhas. Ou seja, para vir me dar tchau é ruim por causa da chuva, mas para estar de visita em outro lugar já não é?
As pessoas decepcionam-me e esta talvez tenha sido a maior lição de todas. A de que somos eu por ele e ele por mim pela vida. Não há cá amigos, parentes, o diabo a quatro. Às vezes nem nos momentos felizes podemos contar com os outros que dirá nos tristes. Eu chamo agora de amizade/relação de conveniência. É isto, vou passar a usar as pessoas quando sentir-me só, quando quiser dar uma passeada no shopping. Aliás o que era também uma boa era existir alguma coisa como "amigo de aluguel". Será que os chineses ainda não inventaram? Aí a gente aluga literalmente alguém por umas horinhas e já está. Sem expetativas, sem jogos de ilusão, sem cobranças... ah que o mundo seria bem mais fácil. E honesto.

Eureka!

Conheço gente que só atualiza quando emagrecer cinco quilos...daí já viu né?

Descobri a fórmula de likes facebookeanos. Para quem anda chochinho porque está sendo ignorado na famosa rede social, aí vai duas dicas: seja muito muito bonito e gostoso ou...coloque uma foto a cada ano bissexto. Sucesso na hora.


Não é uma Brastemp

Ai ai, põe no mute que começou a propaganda. Era assim, não era? Errado! Não sei porque mas antigamente as pessoas viam mais os intervalos, acho que às vezes este era tão ou mais interessante que o próprio programa que assistíamos. Prova disto são os modismos que até hoje escutamos, como quando alguém diz que tem vontade de comer pipoca. Lá salta um a cantar eu quero ver pipoca pular, pipoca com guaraná, eu quero ver pipoca pular pulaaaaar, soy loca por pipoca e guaraná!  E a época do "tomou"? Ai anos 90....duvido quem não lembre da propaganda da Parmalat e dos mamíferos em que no final um pergunta para o outro com um bigode de leite: tomou? E o tomou serviu para muita coisa. Assim no estilo "bem feito", "viu,só", e no tão famoso "eu não te disse?", tudo traduzido em uma só palavra: tomou? 
E aquela coisa assim que não é muito boa, mas também não é ruim de todo...não é uma Brastemp, mas dá pro gasto. Esta tinha umas quantas, mas gosto mais daquela em que a mulher senta no sofá e passa a máquina de lavar trovejando pela sala. A mulher olha em tom desolado: ela vai...mas ela volta. Claro, não é uma Brastemp! Acho que é por isto que as pessoas veem cada vez menos propagandas: os publicitários de hoje também não são lá uma BrastempPurum bop bop bop.*


*vejam o comercial para ententer :)


domingo, 25 de agosto de 2013

Amizade à prova d'água

Dizem que podemos contar nos dedos de uma mão aqueles que são amigos de verdade. Pois eu digo que não sei se tenho amigos (o marido não conta). Penso assim, amigos de emails, de recordações, de conversas, eu tenho: uns dedos de uma mão. Mas aquele amigo com "A", acho que não. Ou melhor, tenho emprestado do meu marido,  a quem a amizade estendeu-se  a mim como por convenção masculina. O M. é talvez o único amigo que temos, aquele que se for preciso, tira as calças para nós vestirmos. O mesmo não podemos falar da mulher dele, enfim...isto é outra história.
E isto porque? Hoje tinha preparado um pudim e bolo de chocolate para receber as minhas amigas, duas da faculdade de História e uma dos tempos de escola e ainda a ex-professora do Fabian, que acabou por tornar-se um pouco amiga. Pois eu sei, chove há três dias sem parar, mas caramba, tirando uma, elas tem carro! E eu vou embora e sabe-se lá se ainda me veem nesta encarnação! Não vou até São Paulo e já volto, vou para a França! E isto devia significar alguma coisa, ou talvez até signifique. Significa que a nossa amizade não vale um banho de chuva, porque meu filho, quem quer realmente uma coisa dá um jeito, ainda mais nós brasileiros, né? E quem não quer arruma desculpa e já to farta de desculpas, além de farta de muitas outras coisas. E pergunto-me: afinal quantos amigos eu tenho? Quantos resistem a uma chuva? A um inverno ou a um verão? Tirando o M, acho que mais ninguém. Porque já disse que o marido não conta...

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