sábado, 7 de setembro de 2013

Porque nunca seria uma fashion blogger?

Bah Katiezinha, calças dobradas eu usei até os nove anos! E com sandálias e meias e calças boyfriend...uhh tantos paradigmas  quebrados em uma só foto...O pior da moda é que ela serve  para nos envergonhar a cada dez anos.
Nunca vi mulher mais desligada com bolsa do que eu. Sério. Não é que não goste, até acho algumas bonitinhas, mas entre gastar o mesmo dinheiro em uma e comprar um jeans por exemplo, eu compro...o jeans. Bolsas estão lá pelos últimos itens da lista, atrás de meias e tênis. A prova disto é que a única bolsa que tinha ficou no Brasil perdida em uma das inúmeras mudanças que fiz e a que usava por quebra galho, era uma muito muito muito velha da minha mãe. Tinha lá o seu charme, podemos chamar de vintage até. 
Então sou uma mulher sem bolsa e sem carteira também. Ando nas ruas de mãozinhas ao léu, e deixo o marido encarregado de levar na mochila dele os meus documentos e gloss. 
Também vario de estilo assim tipo nunca. Gosto das mesmas coisas por anos e anos a fio. Não quero saber se o que está na moda é agora os shorts-centro-peito com a porpa da bunda de fora se eu gosto é de vestidos soltos e saias plissadas. Se o verde limão é o novo preto, se bolinhas amarelas é que é o must-have do verão com chinelos de cupcake. Não, o meu gosto não muda a cada estação e tenho até orgulho em dizer que não sou escrava da moda. Calças boca-de-sino cadê vocês??! E é por isto que nem fotos de unhas teriam graça, pois que ando com elas nuazinhas ao bom cor-de-rosa natural há um bom tempo. Outra razão porque nunca seria uma fashion blogger, é porque não tenho paciência para tirar mil fotos no espelho com o look do dia e boquinha de pato. Só uma pergunta: virou fashion ser ridículo?

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Primeiro dia?

A escola

Chegamos e nos posicionamos no corredor que dá para a porta da escola. Muitas mulheres das arábias e francesas que ora iam para o "saí agora de uma boate" ou para o "levantei, coloquei os chinelos e vim". Quando soou a campainha senti-me em um daqueles concursos em que as equipes saem a procurar objetos no prazo de meio minuto. A sala do Fabian afinal era embaixo, tínhamos de descer as escadas e o nome dele já estava em um cabide. Ficamos ali em reunião com outros pais que também se despediam dos filhos, nesta hora o Fabian abriu o berreiro e não foi porque não queria ficar, simplesmente não queria por o crachá que todos devem usar. O pai entrou na sala com ele no colo e em alguns minutos já estava distraído com os brinquedos. Como combinado voltamos às 11:30 para buscá-lo. A escola não tem cantina, por isto teríamos de trazê-lo depois à 13:30 quando ficaria até às 16 hrs. E ao voltar, descobrimos que o diretor não explicou direito, ao que parece o Fabian frequentará o maternal por apenas três horas, pois eu não trabalho. E fiquei pensando que acho muito estranho, o horário da escola faz com que os responsáveis fiquem disponíveis o dia todo para a criança e se assim o é, como conseguem as outras mães trabalhar? Pude contar apenas três ou quatro pessoas mais velhas que poderiam ser avós, a maioria era de mulheres jovens e com um ou dois filhos menores pendurados em carrinhos. E eram justamente as mesmas pessoas que vieram buscar as crianças para o almoço...acho mesmo que não há mais vagas por uma questão de atraso na inscrição e não porque ainda não trabalho. Sinceramente até me custa pensar que patrão dará emprego para uma mulher que tem de sair antes das 16 horas e que possivelmente teria de passar duas horas em período de almoço para ficar com o filho. Mas para a nossa situação atual, é o que podemos fazer de melhor. Ao menos ele convive com outras crianças e vai aprender alguma coisa de francês. Hoje ele veio com o nome de um amigo: Salle, acho que era isto, e já disse que amanhã queria ir novamente!

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

É amanhã

A blogosfera tá rodeada de assuntos que giram sobre o mesmo: a volta às aulas, adaptação, birras, etc, etc. Não sou uma mãe estressada e coruja e meu filho também não é daqueles de fazer chororô por causa de escola, penso que ao menos nisto tive sorte. O Fabian é comunicativo, curioso, adora a companhia de outras crianças, o meu medo é mesmo a adaptação à língua. Tenho receio de que ele sinta-se frustrado ao ver que não é entendido, principalmente por outras crianças. Ao mesmo tempo tenho esperança que encontre consolo em filhos de outros imigrantes que como pude ver na lista fixada à porta, são alguns. Ontem o levamos na frente da escola e ele ficou maluco para entrar e ir brincar no trem de madeira. Depois fomos para a praça ao lado e lá tentou interagir com duas crianças em situações diferentes, mas ao que parece nenhuma lhe deu a mínima. Diz-me o marido que é normal dos franceses, eles só brincam/conversam/convidam para frequentar sua casa, quem conhecem há muito tempo, geralmente amizades bem consolidadas, enfim, não há povo como o nosso não evitei pensar. Que diferença do parque que o Fabian ia, onde o que contava era a brincadeira, os gestos, os sorrisos... Só me resta esperar e torcer para que dê tudo certo. Enfim, quem nunca foi imigrante na vida não sabe o que é o peso da solidão.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Coisas que ainda tenho que me acostumar

- O gosto da água. - Como sou pessoa de beber mais de 2 litros por dia tem sido difícil. O gosto é estranho e tal como a de Portugal já notei que tem calcário e os meus cabelos já se ressentiram por isto.
- Aos 500 canais de tv sendo que nenhum, mesmo nenhum presta. - Volta Discovery Health!! Até descobri que aqui também há "Casa dos segredos".
- Ao vaso sanitário separado do banheiro. - Não adianta, estou sempre a ir para lá, ás vezes literalmente de calças na mão!
- Ver mulheres de burka na rua. - Ainda mais pelo calor que faz, não sei porque, mas tanta roupa me dá comixão! 
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